De acordo com o portal G1, o Governo do estado de São Paulo, por meio da Defesa Civil, irá investir R$ 4,6 milhões em sistema de sirenes que alertam a população sobre o risco de tempestades na região. A medida foi tomada em função da tragédia com a passagem do ciclone extratropical que deixou 37 mortos em 10 municípios no Rio Grande do Sul (RS) desde a última segunda-feira (4) e também das tempestades que aconteceram no início do ano no litoral paulista. As sirenes serão instaladas nas áreas de maior risco nas cidades de Guarujá e São Sebastião, as mais afetadas com os temporais de fevereiro.
Tragédia no Rio Grande do Sul
Na última quarta-feira (6), o estado do Rio Grande do Sul (RS) sofreu o maior desastre natural do estado nos últimos 70 anos em decorrência do ciclone extratropical que chegou à região e deixou 37 mortos em 10 municípios. O ocorrido superou os temporais de junho, que havia sido considerado, na época, a maior tragédia dos últimos 40 anos, ao atingir 40 municípios e deixar 16 mortos.
Tragédia no Rio Grande do Sul atinge mais de dez municípios e causa 37 óbitos (Foto: reprodução/Lauro Alves/Agência RBS)
Tempestades no litoral
De olho nos acontecimentos no Rio Grande do Sul, para fins preventivos, o Governo do Estado de São Paulo irá investir em sirenes ‘anti-temporais’, que serão instaladas nas regiões de maior risco de deslizamentos e danos causados por potenciais tempestades nas cidades de Guarujá e São Sebastião, cidades mais afetadas pelos temporais no primeiro trimestre do ano. Na madrugada do dia 19 de fevereiro deste ano, as tempestades atingiram o litoral norte de São Paulo e deixaram 65 mortos: 64 em São Sebastião e uma em Ubatuba. Outros municípios foram gravemente defasados como Bertioga, Caraguatuba e Guarujá, que tiveram moradores desalojados por conta de moradias destruídas.
São Sebastião foi o município que mais sofreu com deslizamento, desalojados e mortes em decorrência das tempestades de fevereiro de 2023 (Foto: reprodução/ André Luis Rosa/ TV Vanguarda)
As chuvas do litoral foram as maiores já registradas na história pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). A cidade de Bertioga superou Petrópolis em 2022 ao acumular 683 milímetros em 24h contra 534,4, respectivamente. Guarujá atingiu aproximadamente 400 milímetros suficientes para ser considerada a maior chuva do município em mais de 70 anos.
Foto destaque: agentes da Defesa Civil em conjunto com equipes de resgate a pessoas soterradas no deslizamento na Vila Sahy, em São Sebastião. Reprodução/Tiago Queiroz/Estadão Conteúdo
