Após a repercussão de um caso em que alunos da Universidade de Santo Amaro (Unisa) simularam um ato obsceno de masturbação coletiva durante uma partida de vôlei feminino, o ministro da Educação, Camilo Santana, encaminhou ofício à instituição a fim de que sejam esclarecidas as circunstâncias do episódio e quais as providências foram tomadas para puni-los.
O político repudiou o episódio como “inadmissível” e determinou que, em caso de descumprimento da ordem, que está prevista para ser respondida em até 15 dias, sejam abertos procedimentos de supervisão e adoção de medidas disciplinares contra o estabelecimento de ensino. Além disso, o Ministério das Mulheres emitiu nota classificando a cena como algo que deve ser repreendido com o rigor da lei.
<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”pt” dir=”ltr”>Determinei que o Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres), notificasse a Universidade de Santo Amaro (Unisa) para apurar quais as providências tomadas pela instituição em relação ao episódio que envolveu estudantes +</p>— Camilo Santana (@CamiloSantanaCE) <a href=”https://twitter.com/CamiloSantanaCE/status/1703904307626623384?ref_src=twsrc%5Etfw”>September 18, 2023</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>
Data esclarecida e nota de organizações estudantis
Ao contrário do que foi divulgado nas redes sociais, a cena em que os jogadores do time de futsal da faculdade simulam uma “volta olímpica” não aconteceu no Intermed, mas sim no CaloMed, campeonato estudantil realizado em abril deste ano. Procurada, a organização do Intermed afirmou, em nota, que o episódio não aconteceu nas suas dependências e reforçou o repúdio ao ocorrido, que contou com cerca de 20 participantes.
O perfil da atlética de medicina da Unisa emitiu um pronunciamento em seu perfil no Instagram comentando o ocorrido: “As filmagens circuladas pela mídia não são contemporâneas e não representam os princípios e valores pregados”. Já o Centro Acadêmico Rubens Monteiro de Arruda, da mesma instituição, afirmou que o ocorrido pode ser classificado como um “retrocesso”, sem representar a universidade.
Políticos repreendem a cena
O fato gerou repercussão também no universo político. A deputada federal Marina do MST, do Partido dos Trabalhadores, disse que o episódio se configura dentro do crime de importunação sexual e questionou se serão essas as figuras que cuidarão da sociedade quando se formarem médicos. Outros deputados como Ivan Valente e Chico Alencar, do PSOL, também repreenderam a cena, que ainda não foi publicamente comentada pela instituição de ensino.
Foto destaque: Ministro Camilo Santana. Reprodução/Fernando Frazão/Agência Brasil