Candidata a ser a palavra do ano de 2021, o tema “metaverso” ganhou grande relevância desde quando o Facebook Inc., que comanda o Facebook, WhatsApp, Instagram entre outras empresas, atraiu muitos olhares de vários entusiastas da tecnologia e anunciou a grande mudança do seu nome para “Meta”.
Esse conceito de metaverso, que o novo nome faz referência, já era de grande interesse de Zuckerberg há sete anos, desde 2014, quando o bilionário adquiriu a Oculus, responsável por criar o headset de realidade virtual Oculus Rift, que tem agora o nome de Oculus Quest.
Adquirida em 2014, o equipamento é a porta de entrada para o metaverso. (Foto: Divulgação/Facebook/tecmundo)
Se por um lado o criador da rede social mais famosa do mundo quer tornar o conceito mais inteligível e acessível para nossa realidade, o mundo ainda vê e aborda a conversa sobre metaverso como um episódio de um futuro distante.
O que seria, então, o metaverso? Esse conceito aborda uma utopia futurista onde há a conciliação entre o mundo real o virtual. Com suas inovações tecnológicas, a prática funciona da seguinte forma: imagens são produzidas por hologramas e pelo uso de óculos de realidade virtual, conectando com as interações entre humanos.
Um dos exemplos mais clássicos, e que se aproxima do conceito do termo, é o jogo Second Life, lançado em 2003. A diferença é que o jogo não possuía essa interação do usuário entre o real e o virtual. O jogo simulava a vida social de um ser humano em um ambiente virtual, e tridimensional, com a interação entre os avatares.
Jogo que foi grande sucesso em 2003 seria precursor do metaverso. (Foto: Reprodução/Linden Lab/canaltech)
Agora, o Facebook traz o conceito de volta e compreende que o metaverso é um mundo virtual e pode sim, ser utilizado no mundo real. Em agosto, Mark surpreendeu e desenvolveu um serviço em que oferecia uma sala para reuniões online para as empresas. Nas salas, cada usuário tem seu avatar, sendo um substituto para a chamada de vídeo convencional.
A sua ideia é criar um mundo novo e completamente virtual, onde as pessoas possam interagir entre si e com as marcas, propriedades virtuais e empresas, emulando seu cotidiano.
Metaverso e o mundo cripto
Nessa corrida disruptiva, o Facebook assume a dianteira desta corrida e pode estar prestes a mostrar algo concreto. Desta vez, a concorrência não será uma rede social, mas sim criptoativos e aplicativos DeFi (finanças descentralizadas).
Plataformas que já estão no metaverso, como a Decentraland e MetaHero, são as primeiras concorrentes que confrontam o universo que o Meta está construindo. A MetaHero, durante o evento Future Blockhain Summit 2021, que aconteceu em outubro, em Dubai, apresentou seu protótipo onde cerca de 200 câmeras Sony fotografaram itens e pessoas, tornando-os em modelos tridimensionais perfeitos, inseridos como objetos e avatares no universo em que construíram.
Há outra possibilidade de entrar nesse mundo. Trata-se do jogo em blockchain Star Atlas, desenvolvida na Solana. Mesmo ainda não lançado, o jogo já atraiu mais de 20 milhões de dólares de captação de investimento.
Ao invés de servidores como o do Facebook, os aplicativos rodam no blockchain e possuem código aberto, tendo a possibilidade de serem melhorados pela comunidade. Também funcionam de acordo com um sistema com incentivos parecidos com a rede do bitcoin, em que remunera com um token, ajudando a manter a rede estável por 24 horas.
Outros tokens como Axie Infinity e Yield Guild Games subiram entre 13% e 20% na expectativa de que essa nova tendência vá levar mais pessoas para os jogos em blockchain, que não necessariamente são potenciais metaversos, e sim que bebem dessa fonte.
Foto destaque: Reprodução/Shutterstock/thinkhubstudio/moneytimes