A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou na última sexta-feira (7) a produção do insumo da vacina AstraZeneca contra o Coronavírus pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Com a produção aprovada, a fundação conseguirá fabricar a vacina em território nacional, descartando a necessidade de importá-la.
“Para essa decisão, a Anvisa avaliou os estudos de comparabilidade. Estes estudos demonstram que, ao ser fabricada no país, o insumo mantém o mesmo desempenho que a vacina importada”, informa a nota divulgada pela Anvisa.
Enfermeira extraindo dose da vacina contra o Coronavírus. (Foto: Reprodução/Tânia Rêgo).
O imunizante da AstraZeneca vinha sendo envasado no Brasil já no início do ano de 2021, mas com o insumo importado da China. O contrato entre a Fiocruz e a AstraZeneca antecipava o transporte da tecnologia para a fabricação total no país, contudo, o procedimento sofreu atrasos.
A estimativa inicial era a de que a fundação iniciaria a produção e distribuição dos insumos nacionais em agosto de 2021. Em seguida, houve um adiamento para outubro do mesmo ano.
Consoante as informações cedidas pela Fiocruz, o motivo do adiamento se deve a um atraso na assinatura do contrato de transporte da tecnologia, devido à prioridade dada ao registro emergencial e depois ao registro definitivo da vacina na Anvisa. O último acordo de transferência foi assinado em junho de 2021.
A expectativa é de que a entrega do primeiro lote das vacinas seja feita no mês de fevereiro. Segundo uma entrevista cedida à CNN Brasil, o diretor da Mio-Manguinhos/Fiocruz, o analista de gestão Maurício Zuma, indicou que a aprovação da Anvisa deve garantir a nossa independência na fabricação de vacinas contra o Covid-19.
Zuma complementa, acrescentando que a disponibilidade do insumo da vacina “dá mais garantia de que a gente vá ter o insumo farmacêutico ativo aqui, sem depender de problemas logísticos e de produção como em outros locais de fabricação”.
Foto de destaque: Reprodução/Anthony Devlin.