Inspiração: as unhas de Margot Robbie para a divulgação de “Barbie”

A estreia de “Barbie” está cada vez mais próxima. E a atriz que interpreta a boneca mais famosa do mundo, Margot Robbie, tem entregado diversas inspirações no melhor estilo Barbiecore. Para a press tour, a viagem de divulgação do filme feita por parte do elenco, Margot tem atraído a atenção dos fãs e da mídia ao usar roupas inspiradas em looks icônicos da boneca, com direito a apliques e resgates de coleções antigas de marcas de luxo.

Porém, não é só nas roupas que a atriz tem se aventurado. As unhas também são uma grande parte dos looks de Margot, e vão muito além do rosa. Os nails designers, como Tom Bachik, Cho e Jocelyn Petron trabalharam nas unhas curtinhas de Margot para combinar com os looks escolhidos e servir de inspiração para todos os fãs do Barbiecore.


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Margot optou por unhas renda de fundo rosado, combinando com o conjunto Versace de suéter e saia plissada usado em um evento para fãs na Austrália. Já o look Moschino da première no histórico clube Bondi Icebergs ,um vestidinho branco com estampas de morangos da coleção de Primavera de 2019, Margot combinou com unhas no estilo cromado com vermelho-cereja. Também cromadas, as unhas cor de rosa ficaram perfeitas em par com o vestido Versace da mesma cor usado na festa de comemoração do filme no Museu de Arte Contemporânea da Austrália.

Inspirada pela “Barbie Dia e Noite”, uma edição da boneca que conta com dois looks, Margot também usou dois looks no dia 2 de julho. E combinando com o look, as unhas escolhidas foram no estilo francesinha, com um rosa neon em uma base rosa bebê. Com o look da Moschino da Primavera de 2015, inspirado na boneca Barbie “Sparkling Pink Barbie” de 1964, as unhas da vez foram francesinhas metalizadas.

 

Foto destaque: Margot Robbie encarnou a boneca Barbie nas promoções do filme. Reprodução/CHUNG SUNG-JUN/GETTY IMAGES/Harper’s Bazaar

Entenda como o ciclo menstrual pode estar ligado ao desânimo no treino

O ciclo menstrual vem acompanhado de oscilações hormonais que podem, e muito, influenciar na hora de realizar exercícios físicos. Um estudo realizado pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP mostrou como as mulheres se sentem antes, durante e depois do exercício físico ao longo da menstruação. As participantes da pesquisa demonstraram mais esforço e menos prazer com a realização do exercício durante a fase lútea do ciclo.

Raul Prado, autor do estudo sobre exercício e ciclo menstrual e fundador da Academia de Estudos e Pesquisa em Ciência da Mulher, diz que “Se conseguir colocar a tarefa como prazerosa, afetiva, a adesão é maior. Vimos no estudo que, apesar de o exercício ter sido estímulo negativo na fase lútea, depois da sessão, as participantes ficavam mais positivas. Depois do exercício, vinha o prazer”. Por isso, é importante conhecer o ciclo menstrual e como adaptar os exercícios para que estes se tornem mais prazerosos.


 

As fases do ciclo menstrual. (Reprodução/Mundo Educação)


A menstruação é dividida em duas fases: a fase lútea e a fase folicular. A ovulação ocorre entre essas duas fases. Durante a folicular, há uma menor quantidade de hormônios em circulação. O estrogênio, hormônio responsável pela líbido e a autoconfiança começa a aumentar. É comum que durante essa fase, as mulheres se sintam mais cansadas, por isso, os exercícios físicos indicados para o início da menstruação são os mais leves.

Na ovulação, o estrogênio, hormônio sexual, atinge seu pico. Durante essa fase, é indicado que os exercícios sejam mais pesados, como corridas, musculação e resistência aeróbica. No entanto, algumas pessoas podem sentir dor durante essa fase, o que causa uma diminuição da vontade de realizar exercícios. Para essas pessoas, o ideal é procurar alguma atividade mais calma.

Já no fim do ciclo, durante a fase lútea, há um aumento da progesterona. O indicado é que as mulheres optem por exercícios mais introspectivos, como yoga, dança ou pilates.

 

Foto destaque: o ciclo menstrual pode influênciar na realização dos exercícios físicos. Reprodução/Pexels.

Vizinha de Eddy Jr. vira ré após chamar humorista de “macaco”

Elizabeth Morrone e o filho se tornaram réus, nesta segunda-feira, 3, pelo crime de ameaça e injúria racial contra o humorista Eddy Jr. Os dois eram vizinhos do humorista, e câmeras de segurança do prédio onde viviam, em Barra Funda, São Paulo, registraram a aposentada e o filho na frente da porta de Eddy Jr com uma garrafa e uma faca. O humorista contou ter sido xingado de “macaco, imundo, feio, urubu e neguinho perigoso”. Os vídeos gravados são datados de 1 e 7 de setembro de 2022.

O inquérito foi finalizado no dia 23 de março na Polícia Civil, sem indiciamento por crimes. A delegada responsável escreveu que a investigação estava concluída, e sugeriu uma “instauração de incidente de insanidade mental”. Então, o caso foi encaminhado para o Ministério Público.

A promotora Maria Fernanda Balsalobre Pinto citou que pairam “dúvidas a respeito da integridade mental dos denunciados” e entendia como necessária a instauração de incidente de insanidade mental. O juiz Fernando Augusto Andrade Conceição concedeu à defesa de Elizabeth a oportunidade de se manifestar sobre a instauração.

Um novo procedimento irá designar um perito para verificar se Elizabeth pode responder pelo crime. O filho já é interditado, e a defesa da aposentada alegou que ela trataria supostos transtornos psicóticos agudos e transitórios. De acordo com um atestado médico de 16 de dezembro de 2022 que foi apresentado em uma ação que Elizabeth tem contra o condomínio, ela tem um misto de ansiedade e depressão e faz tratamento em um Centro de Atenção Psicossocial desde outubro.


A aposentada Elizabeth Morrone o filho ameaçaram o humorista Eddy Jr. (Reprodução/G1)


Segundo o advogado de defesa de Elizabeth, as desavenças com Eddy Jr não teriam nenhuma motivação racial. A defesa alega que o humorista tem diversas multas por barulho, e que ela teria reagido às provocações de Eddy. Nos vídeos gravados, é possível escutar o filho de Elizabeth xingando Eddy, o ameaçando de morte e chutando a porta, com uma faca na mão. Em outro vídeo, é Elizabeth quem vai até o apartamento do humorista, com uma garrafa na mão.

 

Foto destaque: Humorista Eddy Jr, filho de Elizabeth e Elizabeth. Reprodução/G1.

Saiba quem são os presos por sequestro e estupro de menina de 12 anos

Na última quarta-feira, 28, o analista de TI Daniel Moraes Bittar, 42 anos, e a blogueira Gesiely de Sousa Vieira, 22, foram presos após sequestrarem uma menina de 12 anos. De acordo com a polícia, ele a raptou na saída da escola, com a ajuda da blogueira, que usou um pano com clorofórmio para dopar a menina.

Gesiely se autodenomina “Princesa Cristã”, e compartilhava em suas redes sociais diversas mensagens de cunho religioso, enquanto Daniel postava mensagens de cunho social, inclusive contra e pedofilia. “Pintou um clima? Não. Pedofilia é crime, denuncie”, disse em uma das postagens, em referência à uma fala do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, em que ele diz que “pintou um clima” entre ele e duas meninas venezuelanas.

Daniel também realizava trabalhos voluntários em hospitais, e exibia seu gosto por literatura. Ele também escreveu dois livros: “Segredos de Verão” e “Quando o amor bate à porta”. Gesiely, conhecida como Geisy, é mãe de dois filhos e, nas redes, se define como blogueira e cristã. No entanto, ela também posta fotos de roupas íntimas, e divulga seu perfil em um site de conteúdos adultos.

A vítima foi encontrada no apartamento de Daniel, seminua, algemada e com escoriações no corpo. A polícia também apreendeu máquinas de choque, câmeras, objetos sexuais, material pornográfico, e encontrou uma estufa para produção de maconha e um galão de clorofórmio. A polícia suspeita que Daniel tenha gravado o estupro.

De acordo com a polícia, o crime foi premeditado por Daniel, que monitorava a escola onde a menina estudava, inclusive fazendo uso de binóculos para localizar possíveis vítimas. A pré-adolescente teria sido escolhida por não estar acompanhada dos pais ou responsáveis.


Daniel foi pego em câmeras carregando a menina em uma mala coberta por um lençol (Foto: Reprodução/Estado de Minas)


A polícia foi notificada do desaparecimento da menina no início da tarde de quarta-feira. As investigações começaram no local onde ela foi vista pela última vez, próximo à escola onde estudava. Testemunhas contaram que a menina foi agarrada por um casal e colocada dentro de um carro preto. Os agentes pediram gravações das câmeras de segurança das redondezas, e conseguiram encontrar a placa do carro. Então, conseguiram descobrir a identidade do dono e o endereço dele.

Os agentes chegaram no apartamento do sequestrados por volta das 23h30 do mesmo dia, e encontraram a menina. Daniel foi preso em flagrante no mesmo dia, e Geisy, no dia 29, quinta-feira. A vítima contou aos agentes que Daniel usou uma faca para rendê-la, e então, a levou para uma mata, onde Geisy colocou o pano com clorofórmio em seu rosto. Ela foi levada ao apartamento do sequestrador desacordada, dentro de uma mala e com os pés algemados.

Geisy disse aos policiais que foi coagida por Daniel a participar do crime. Eles mantinham uma relação do estilo “sugar daddy”, em que Daniel oferecia dinheiro à Geisy em troca de encontros e fotos dela. “Ela diz que também foi ameaçada, que também foi vítima, mas totalmente infundadas as alegações dela. Se fosse vítima, no momento que foi liberada, deveria ter entrado em contato com a polícia informando que outra pessoa era mantida refém”, disse o tenente coronel Arantes, da Polícia Militar de Goiás.

Segundo as autoridades, Geisy e Daniel se conheciam há dois anos, e teriam morado juntos entre janeiro e fevereiro. Geisy não tem passagens na polícia. Na sexta-feira, 30, a prisão dos dois foi convertida para preventiva.

 

Foto destaque: Daniel e Gesiely foram presos pelo sequestro e abuso de uma menina de 12 anos. Reprodução/O Globo

Sítio arqueológico encontrado por “acidente” em prédio de 400 anos na Argentina

Durante as obras de restauração do Manzana de Las Luces, um prédio de 400 anos em Buenos Aires, Argentina, foram encontradas obras sanitárias que datam do século XVIII e XIX. Tratam-se de estruturas subterrâneas de esgoto em perfeita condição: uma cisterna com tubo de chumbo para ventilação, uma fossa e uma abóbada de 15 metros de profundidade funcionavam ali.

O achado aconteceu após as obras de revitalização levantarem o piso de um dos pátios internos para a troca e instalação de uma grade de escoamento pluvial. Os pesquisadores também encontraram fragmentos de pratos e vasilhames de produção local e europeia. Era costume do século jogar louças quebradas nas fossas.

O pátio será aberto para visitação do público em um mês, após os pesquisadores concluírem as classificações dos objetos encontrados.


Achados históricos na Manzana de Las Luces (Foto: reprodução/O Globo)


O Complexo Manzana de Las Luces foi estabelecido como Museu Nacional em 2013, e o projeto de valorização começou em 2020, mas foi paralisado pela pandemia. Em janeiro de 2022, a recuperação da fachada foi concluída após especialistas rasparem camadas de tinta até encontrarem o branco original. O prédio já abrigou as primeiras sedes de instituições, como a Biblioteca Nacional e a Academia de Medicina.

A primeira fase da obra consistiu em impermeabilizar os tetos, após a decisão de remover dois pisos em 1970 sem a cobertura externa adequada causou infiltrações. Agora, para a segunda fase, especialistas estão focando em recuperar as abóbadas originais do primeiro piso. A previsão é que as obras continuem por mais um ano. O Ministério da Cultura recebeu mais de US$ 3 milhões de dólares (R$ 14,3 milhões).

Entre os principais espaços já recuperados, estão a antiga Procuradoria Geral da República e a Casa Redituantes, que funcionou como o Congresso Nacional durante 1822 e os anos finais do século XIX. A Sala dos Deputados, que foi palco de diversos acontecimentos históricos, como o assassinato do governador Manuel Vicente Maza em 1839, fica localizada na Casa Redituantes.

 

Foto destaque: Manzana de Las Luces, Argentina. Reprodução/Perfil

Confira os looks das celebridades para o Serpentine Summer Party 2023

O Serpentine Summer Party 2023, evento organizado pela The Serpentine Gallery para celebrar a chegada do verão, aconteceu nesta terça-feira (27) e reuniu diversas celebridades no gramado da galeria de arte, no Kensington Gardens, em Londres.

O evento costuma reunir famosos de diversas áreas, como atrizes, cantoras e modelos. E, em 1994, recebeu a ilustre visita da Princesa Diana, que apareceu no extremamente famoso “revenge dress” (vestido de vingança, traduzido).


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As celebridades convidadas apostaram em looks estilosos e sexys, com muita transparência, paetês e vinil. A cor da noite, aparentemente, era o preto. Jourdan Dunn optou por um vestido preto longo, com uma fenda lateral e paetês. Anna Wintour, atual editora-chefe da Vogue, escolheu um vestido longo, verde, com flores coloridas. A tenista Venus Williams escolheu um vestido curto, preto, sem muitos detalhes, completando o cabelo cor de rosa.

Já a cantora Ellie Goulding atraiu olhares com um conjunto preto de vinil, aproveitando para exibir os novos cabelos loiros. A atriz Golda Rosheuvel, a Rainha Charlotte de “Bridgerton” e “Rainha Charlotte”, decidiu ir contra o preto da maioria, e apareceu deslumbrante em um conjunto turquesa, com luvas e bolsinha combinando. Também de “Brigderton”, Charithra Chandran optou por um vestidinho curto, verde com detalhes em dourado.

O ator Orlando Bloom escolheu um conjunto de calça e colete quadriculado cinza, sem manga, enquanto Andrew Garfield optou por um terno verde, de Richard James. O casal composto por Lori Harvey e Damson Idris posou junto para os fotógrafos. Lori com um vestido de manga comprida amarelo de seda e Damson com um terno cinza.

O vestido usado por Natasha Lyonne chamou atenção, criando paralelos com o vestido usado pela Princesa Diana em 1994. O vestido em questão era curto, preto, com os ombros caídos e uma decoração na barra em branco. Natasha completou o look com uma meia preta até os joelhos, e salto alto.

Foto destaque: Jourdan Dunn no Serpentine Summer Party 2023. Reprodução/Page Six

Cores de esmalte para arrasar no Inverno 2023

Para os fãs dos tons mais vibrantes e saturados, muito presentes durante o verão e a primavera, o inverno pode parecer sem graça, frio. Mas a verdade é que, pelo menos no quesito unhas, o inverno recebe as cores de braços abertos.

Seja no metálico, no perolado ou no mate, os esmaltes para o inverno variam entre cores claras, como o branco açucarado e os tons mais escuros, como o azul cobalto ou o marrom. A cor do ano de 2023, escolhida pela Pantone, não poderia ficar de fora das unhas invernais; é claro que o magenta também chega para arrasar.

Começando pelos tons mais escuros, temos o roxo, o marrom e o azul. O inverno é conhecido por seus tons mais frios e sóbrios. Mas, nas unhas, é legal apostar nas nail arts e nos efeitos, como o metalizado. O roxo metalizado, cintilante, é perfeito sozinho, assim como o marrom, mas o azul permite brincadeiras de formas, misturas e efeitos. Experimente usar um esmalte azul fosco como base, e uma francesinha de um azul cintilante.

Já para os tons médios, temos o magenta, novamente o azul, dessa vez presente em um tom mais acinzentado, o cinza e o verde. O magenta não é nem rosa, nem vinho, mas sim um avermelhado muito bonito que atrai atenção onde estiver, seja nas unhas, nas roupas ou nos acessórios, e é perfeito para quem deseja diversificar a paleta do vermelho.


A cor escolhida pela Pantone para 2023 é o Magenta, um tom avermelhado que não é nem muito rosa, nem muito vinho. (Reprodução/iStock)


Já o cinza é um tom muito subestimado, mas que carrega uma elegância e uma sofisticação. Quando combinado as coberturas cintilantes ou metálicas, cria um efeito espetacular. O verde também esteve muito presente durante o verão, mas, para o inverno, ele chega com um pouco menos de saturação, mais sóbrio, como por exemplo o verde militar.

E para os tons claros, temos um tom que foi o queridinho das celebridades no Festival de Cannes, que aconteceu mês passado, o branco açucarado. Esse tom, trazido à tona no ano passado por Hailey Bieber, consiste em uma unha completamente branca, um pouco mais leitosa, com uma cobertura de esmalte perolado por cima, mas que também combina bastante com o holográfico. E, para finalizar a lista, temos o verde azulado, ou azul esverdeado, que é perfeito por si só. Mas, seja combinando com um top coat cintilante ou um fosco, esse tom é perfeito para o inverno.

 

Foto destaque: As nail arts em azul cobalto são uma ótima pedida para o inverno de 2023. Reprodução/Itakeyou.

Governo sírio pode estar envolvido no tráfico da “cocaína dos pobres”

Uma recente investigação conjunta da BBC News Arabic e da rede de jornalismo investigativo OCCRP revelou ligações de membros da Força Armada da Síria e de familiares do presidente Bashar al-Assad com um esquema multimilionário de tráfico de drogas.

O Captagon, uma droga apelidada de “cocaína dos pobres”, é similar à anfetamina e é altamente viciante. Essa droga é conhecida por ser mais barata do que outras drogas, e oferece sensações de aumento de energia e produtividade, e supressão do sono e da fome. Os exércitos da Jordânia e do Líbano tentaram impedir que a droga fosse contrabandeada para seus países. No entanto, atualmente, a droga já está presente na Ásia, Europa e África.

No mês de março, a Grã-Bretanha, os Estados Unidos e a União Europeia impuseram sanções a uma lista de pessoas suspeitas de envolvimento na comercialização do captagon, que inclui dois primos do presidente Bashar al-Assad.

A BBC teve acesso exclusivo a um celular encontrado no quartel-general de Raji Falhout, líder de uma milícia, após uma invasão de um grupo rival. Além do celular, também foram encontrados sacos de pílulas que pareciam ser de captagon, uma máquina de prensar pílulas e a carteira militar síria de Falhout.


Faji Falhout e Abu Hamza (Foto: Reprodução/G1)


Neste celular, Falhout discutia a compra de uma máquina de prensar comprimidos e a transferência do maquinário do Líbano para a Síria com um contato a quem chamou de “Abu Hamza”. A BBC conseguiu determinar a verdadeira identidade de Abu: Hussein Riad al-Faytrouni, que tem uma ligação com o partido político libanês e o grupo militante intimamente afiliado ao governo sírio Hezbollah.

O Hezbollah tem sido um importante aliado do governo sírio em mudar a trajetória da guerra civil do país, e há muito tempo é acusado de ter ligações com o narcotráfico, embora sempre tenha negado. A BBC conseguiu acesso às Forças Armadas da Síria, e um soldado não identificado disse que o salário mensal pago aos soldados era menor de 150 mil libras sírias, em torno de 250 reais.

Ele afirmou que diversos soldados optaram pelo tráfico de drogas para complementar a renda: “Não tínhamos permissão para ir à fábrica”, disse. “Eles escolhiam um ponto de encontro e nós comprávamos do Hezbollah. Recebíamos as mercadorias e nos coordenamos com a Quarta Divisão para facilitar nosso movimento.”

A Quarta Divisão citada pelo soldado se trata de uma unidade de elite do exército sírio que é encarregada de proteger o governo de ameaças externas e internas. Desde 2018, é liderado por Maher al-Assad, o irmão mais novo do presidente Assad.

 

Foto destaque: A BBC teve acesso a um quartel militar sírio. Reprodução/G1

Entenda como funciona o Discord, aplicativo usado em caso de estupro virtual de menores

O aplicativo Discord se tornou muito popular entre os adolescentes, por se tratar de uma plataforma comumente utilizada para chats em jogos e transmissões ao vivo. No entanto, recentemente, o aplicativo foi utilizado por um grupo de criminosos que chantagearam meninas menores de idade com fotos íntimas.

Um dos acusados tem vários aparelhos de armazenamento de dados, e uma coleção de pastas de vítimas, com o nome “backup das vagabundas estupráveis”. Já são dezenas de meninas menores de idade vítimas dos crimes.

Até o momento, quatro pessoas suspeitas de envolvimento já foram presas.

Os criminosos faziam uso de um recurso do aplicativo que permite a comunicação via transmissão ao vivo de vídeos para chantagear as vítimas. Se elas se recusassem a cumprir determinados desafios, teriam suas fotos íntimas vazadas.

O Ministério Público de São Paulo está realizando investigações dos criminosos e do próprio aplicativo. De acordo com o Promotor de Justiça de São Paulo, Danilo Orlando, o MP está investigando a falta de segurança do Discord: “Nós estamos apurando, através de um inquérito civil, a falta de segurança da plataforma Discord. Crimes individuais sempre vão ocorrer na internet. O que diferencia é a detecção de que nessa plataforma está ocorrendo um discurso estruturado de ódio. Um local propício para que eles planejem ataques às vítimas e, principalmente, transmitam o conteúdo do crime”.


Aplicativo de mensagens Discord estava sendo usado por criminosos para abusar de menores de idade. (Reprodução/Tecnoblog)

 


O porta-voz do aplicativo Discord entrou em contato com o Fantástico e disse que a plataforma não tolera comportamento odioso. “Nós somos um produto gratuito para mais de 150 milhões de usuários ao redor do mundo, e de tempos em tempos, conteúdo mau e comportamento mau vão acontecer. Nós trabalhamos ativamente para remover esse conteúdo”.

“Gostaria de enfatizar que a vasta maioria das interações de brasileiros usando Discord são positivas e saudáveis. Nós somos proativos e investigamos grupos que podem estar envolvidos em ameaças a crianças e trabalhamos para tirar esses agentes ruins da plataforma”, finalizou.

Os criminosos não se satisfazem somente com ameaças online, e atraem as vítimas para locais onde elas são violentadas, agredidas e humilhadas. A idade dos acusados varia de 19 a 22 anos. Em material apreendido pela polícia, foram encontrados vídeos dos abusos, agressões e humilhações.

 

Foto destaque: aplicativo de mensagens Discord era usado por criminosos para aliciar, abusar e humilhar meninas menores de idade. Reprodução/Money Times.

Grupo Wagner interrompe avanços em direção à Moscou

Yevgeni Prigozhin, líder do grupo mercenário Wagner, suspendeu o avanço de suas tropas pelo território russo neste sábado, 25, para “impedir a escalada da situação”, após uma conversa com o presidente bielorruso Alexander Lukashenko.

O acordo aconteceu depois de as autoridades de Moscou terem criado uma ação antiterrorista em antecipação à chegada do grupo Wagner, o que causou o encerramento de alguns espaços públicos como a Praça Vermelha.

Pelo aplicativo Telegram, Prigozhin anunciou que o grupo retornará à base para evitar um confronto. O líder do grupo afirmou que foi “possível encontrar uma alternativa aceitável para desescalar [a situação] com garantias de segurança para os combatentes do Wagner PMC”.

A assessoria do presidente Lukashenko disse, em um comunicado, que “Prigozhin aceitou a proposta de Lukashenko para interromper o movimento (do grupo) Wagner em território russo e outras medidas para diminuir a tensão”.


Grupo de mercenários Wagner suspende avanço contra Moscou (Foto: Reprodução/O Globo)


Prigozhin também aproveitou para pontuar que o grupo Wagner “embarcou em uma marcha por justiça”, na sexta, 23, porque “queria dissolver o grupo militar”. “Em 24 horas, chegamos a 200 km de Moscou. Nesse tempo não derramamos uma gota de sangue de nossos combatentes. Agora chegou a hora em que o sangue poderia ser derramado. Compreendendo a responsabilidade (pela possibilidade) do derramamento de sangue russo de um lado, nossas colunas estão voltando aos campos conforme planejado.”

No entanto, não existem mais detalhes sobre o que foi oferecido a Prigozhin durante as negociações. A assessoria de imprensa de Lukashenko afirmou que as negociações foram feitas com o acordo do presidente russo, Vladimir Putin. 

Para o correspondente de segurança da BBC, Frank Gardner, a situação foi “um a zero para o presidente Putin.”. Ele diz que “Prigozhin esperava que as pessoas se levantassem e se juntassem a ele, mas isso não aconteceu. Putin não é alguém que vai perdoar isso.”

Para Gardner, o futuro militar e político de Prigozhin deve ter acabado. Ele também esclarece que foi “profundamente vergonhoso” para Putin ter o grupo Wagner ter conseguido cruzar a fronteira e tomar o quartel-general militar do Distrito Sul da Rússia, Dostrov-On-Don.

No entanto, mesmo após a suspensão dos avanços do grupo mercenário, o momento na Rússia continua sendo “altamente crítico e perigoso”, de acordo com Michael O’Hanlon, da Brookings Institution.

 

Foto destaque: grupo Wagner suspende avanço contra Moscou. Reprodução/CNN.