Do feed aos Reels: como o design sustenta a estratégia que fez o Instagram atravessar gerações

A estratégia do Instagram, construída ao longo de 15 anos, consolidou a plataforma como uma das mais influentes do universo digital. Desde seu lançamento, o aplicativo evoluiu de um simples espaço de compartilhamento de fotos para um ecossistema criativo multifuncional, no qual o design atua como motor de inovação, equilibrando simplicidade e adaptação às necessidades dos usuários e reforçando sua relevância global.

Design como motor estratégico e o Brasil como laboratório criativo

Ao longo de seus 15 anos, o Instagram construiu sua longevidade apoiado na capacidade de evoluir sem perder a identidade visual. Segundo Brett Westervelt, vice-presidente e diretor de design da plataforma, um momento decisivo ocorreu em 2015, quando o aplicativo deixou de restringir as imagens ao formato quadrado, mudança que ampliou a liberdade criativa e demonstrou o compromisso da rede com a inovação constante.

“Percebemos que o Instagram não era apenas um app de fotos quadradas, mas uma plataforma de criatividade e conexão. Cada novo recurso é introduzido com base nesse princípio, equilibrando inovação e usabilidade”, afirma Westervelt.

Essa filosofia de design sustenta a estratégia do Instagram, guiando transformações que reforçam a relevância e competitividade da plataforma mesmo após 15 anos de trajetória.


Instagram celebra 15 anos de sua plataforma em 2025 (Foto: reprodução/X/@WebDesignMuseum)

O Brasil teve papel central nesse percurso de 15 anos. Usuários brasileiros, reconhecidos pelo alto engajamento e criatividade, ajudaram a impulsionar tendências globais, especialmente no formato Reels. O comportamento do público local funciona como um termômetro cultural, influenciando a adoção de novas funcionalidades e reforçando como a estratégia do Instagram valoriza a relevância regional para decisões de design em escala global.

Equilibrando simplicidade e inovação

À medida que o aplicativo incorporou recursos como Stories, Reels, mensagens diretas e canais de transmissão, o desafio do design passou a ser integrar funcionalidades complexas sem comprometer a experiência intuitiva do usuário.

“Antes de lançar qualquer recurso, testamos múltiplas abordagens até encontrar a forma mais natural de integração. O objetivo é que novas ferramentas complementem a experiência existente, mantendo a identidade do Instagram intacta”, detalha Westervelt.

Esse cuidado estratégico garante que cada inovação contribua para o crescimento da plataforma sem sobrecarregar os usuários.

Design e inovação a serviço do bem-estar digital

Além de estética e funcionalidade, o design do Instagram desempenha um papel central no bem-estar dos usuários. Ferramentas como Faça uma Pausa, Modo Silencioso e Controle de Conteúdo Sensível oferecem controle sobre o tempo de uso e ajudam a reduzir a exposição a conteúdos potencialmente prejudiciais.

Esse compromisso reforça que a estratégia do Instagram vai além do engajamento: prioriza segurança, confiança e experiências digitais positivas. Ao completar 15 anos, a plataforma segue como uma das mais influentes do planeta, adaptando-se a novas gerações e formatos sem perder sua essência visual. Do feed estático aos vídeos verticais, design e estratégia caminham juntos: a estética evolui, mas o propósito permanece, conectar pessoas por meio da criatividade.

Ouro atinge recorde inédito e se firma como refúgio diante da turbulência nos mercados internacionais

Ouro atinge recorde histórico ao ultrapassar US$ 4.000 por onça, refletindo fatores econômicos e geopolíticos que aumentam a procura pelo metal como ativo de proteção. A expectativa de cortes na taxa de juros do Federal Reserve (Fed), somada à paralisação parcial do governo americano, intensifica a instabilidade nos mercados e eleva a percepção de risco entre investidores.

Os contratos futuros de ouro para entrega em dezembro avançaram cerca de 1,3%, atingindo US$ 4.058, enquanto o ouro à vista negociava próximo de US$ 4.036. Especialistas afirmam que a valorização evidencia o papel do metal como proteção frente à volatilidade cambial e às oscilações financeiras, atraindo atenção de investidores institucionais e privados.

Expectativa de cortes de juros impulsiona valorização

Analistas apontam que a perspectiva de redução da taxa básica de juros nos EUA é um dos principais fatores por trás da alta do ouro. Um corte de 25 pontos-base neste mês, seguido por outra possível redução em dezembro, estimula a demanda pelo metal, que historicamente se valoriza em períodos de juros baixos, preservando valor mesmo sem gerar dividendos.

Peter Grant, vice-presidente de metais, afirma que o ouro atua como um refúgio seguro em tempos de incerteza, destacando que a demanda de investidores institucionais fortalece sua importância estratégica.

Paralisação do governo reforça recorde histórico

A paralisação parcial do governo americano, agora no sétimo dia, interrompeu a divulgação de indicadores oficiais, obrigando investidores a recorrer a dados alternativos e projeções independentes para avaliar o ritmo de cortes de juros. Assim, o cenário reforça a atratividade do ouro, que atinge recorde histórico e segue valorizando-se em períodos de instabilidade política.


Ouro alcança valor recorde no mercado internacional (Vídeo: reprodução/YouTube/G1)

Crises geopolíticas em países como França e Japão pressionam os mercados internacionais, consolidando o metal como principal ativo seguro frente a ações e moedas tradicionais. Enquanto isso, investidores ajustam carteiras para proteger capital e aproveitar oportunidades de valorização.

Compras estratégicas e crescimento do ouro atinge recorde histórico

Valorização do ouro atinge recorde histórico em 2025, acumulando alta superior a 50% no ano, superando os mercados acionários e reforçando sua posição como ativo de destaque. Compras estratégicas de bancos centrais, somadas a aportes em fundos de índice (ETFs), sustentam essa trajetória de valorização.


         Ouro alcança valorização de 50% (reprodução/X/@DocRoger)


A prata acompanhou parcialmente o movimento, registrando crescimento de 2,4% e aproximando-se de seu próprio recorde histórico. Outros metais, como platina e paládio, apresentaram variações mais moderadas, mantendo o foco dos investidores no ouro como principal porto seguro.

Cenário futuro e perspectivas do ouro atinge recorde histórico

Segundo analistas, a evolução do ouro atinge recorde histórico nos próximos meses e dependerá de três fatores: decisões do Fed, paralisação governamental e volatilidade global. Um corte mais profundo de juros ou a extensão da instabilidade política poderia impulsionar ainda mais o metal, consolidando seu papel como refúgio seguro.

Além disso, a demanda deve permanecer elevada, impulsionada por investidores individuais e institucionais que buscam diversificação. Mercados monitoram indicadores alternativos, já que a paralisação limita dados oficiais.

Portanto, ajustes estratégicos em carteiras são esperados, aproveitando oportunidades de valorização e mitigando riscos de desvalorização. A expectativa é que o ouro continue desempenhando papel estratégico, oferecendo proteção contra incertezas econômicas e turbulências geopolíticas.

Consequentemente, especialistas reforçam que a evolução do metal pode impactar ativos correlacionados, como prata, platina e ETFs de metais preciosos, tornando o ouro um termômetro confiável da percepção de risco global. Também, variações no preço do metal influenciam decisões de alocação de capital em mercados internacionais, afetando estratégias de investidores institucionais e privados, fundos de investimento e políticas de reservas de bancos centrais.

Casa Branca aposta em libertação de reféns para selar acordo histórico de paz em Gaza

O cessar-fogo em Gaza pode avançar com a libertação imediata dos reféns mantidos pelo Hamas. Segundo Israel, 48 reféns permanecem em Gaza, dos 251 capturados pelo grupo durante seu ataque de outubro de 2023, sendo que 20 estão vivos e os demais morreram. A informação foi divulgada neste domingo, 5 de outubro de 2025, reforçando a urgência das negociações internacionais.

A secretária de imprensa Karoline Leavitt destacou que uma ação rápida é crucial para que o plano de paz do presidente Donald Trump, negociado no Egito, se transforme em um marco histórico no Oriente Médio. Ela afirmou que a libertação dos reféns é apenas o primeiro passo de um processo maior, que inclui medidas humanitárias e políticas para Gaza e Israel.

Leavitt ainda ressaltou que, embora a situação exija cautela, é necessário agir com rapidez para gerar confiança e estabilidade na região. “Cada dia conta, e queremos ver progresso tangível o quanto antes”, afirmou, sublinhando a prioridade do governo norte-americano em avançar no cessar-fogo em Gaza.

Cessar-fogo em Gaza depende de ação rápida

Segundo Leavitt, Trump acompanha de perto as negociações e busca que cada etapa seja executada com agilidade. As equipes técnicas, incluindo o enviado especial Steve Witkoff e o assessor Jared Kushner, concentram-se nos detalhes da libertação dos reféns e na revisão das listas de prisioneiros.

“Queremos agir com rapidez. A libertação dos reféns é o primeiro passo para garantir que o cessar-fogo em Gaza avance de forma eficaz, reduzindo imediatamente os riscos à segurança de Israel e dos Estados Unidos”, afirmou Leavitt.

Além disso, a Casa Branca acredita que o impulso gerado pela libertação dos reféns pode acelerar negociações adicionais. Analistas internacionais observam que o sucesso dessa fase inicial será decisivo para criar um ambiente propício a um acordo mais amplo, incluindo medidas humanitárias, de segurança e iniciativas como estabelecer Gaza como uma região livre de atividades terroristas, conforme propõe o plano de Trump.


Secretária de imprensa dos EUA Karoline Leavitt (Foto:reprodução/Getty Images Embed/Alex Wong)

ONU pronta para ampliar ajuda humanitária em Gaza

Enquanto isso, a ONU declarou que está preparada para atuar assim que o cessar-fogo em Gaza for aprovado. O porta-voz Stephane Dujarric informou que milhares de toneladas de suprimentos estão prontas para serem entregues, garantindo assistência imediata à população.

Segundo Tom Fletcher, coordenador de ajuda de emergência, US$ 9 milhões já foram destinados para manter hospitais, padarias e sistemas de água em funcionamento. “Se o acordo for implementado, poderemos ampliar a ajuda rapidamente e alcançar ainda mais pessoas”, destacou.

Pressão das famílias de reféns por avanço no cessar-fogo em Gaza

Familiares de reféns israelenses se reuniram em frente à residência do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu em Jerusalém, exigindo ações rápidas. O ato coincidiu com o feriado de Sucot e com o segundo aniversário dos ataques do Hamas.

Entre os manifestantes, Einav Zangauker, mãe de um jovem sequestrado, fez uma oração pedindo pela libertação dos reféns e pelo início de um processo que traga estabilidade e paz. “Cada dia conta para que o cessar-fogo em Gaza seja uma realidade duradoura”, disse.


Hamas concorda em entregar reféns em acordo com os EUA (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Casa Branca reforça importância da libertação de reféns

Leavitt reiterou que a libertação dos reféns é o ponto de partida de todo o processo. “É assim que a equipe do presidente se sente: libertar os reféns primeiro e depois passar para a próxima etapa, garantindo que o cessar-fogo em Gaza se torne uma realidade sustentável”, afirmou.

Também, a Casa Branca busca criar impulso suficiente para que todos os outros pontos do plano avancem, estabelecendo um caminho para uma paz duradoura e segura.

Contexto e próximos passos para o cessar-fogo em Gaza

O plano de Trump prevê medidas humanitárias, liberação de prisioneiros e garantias de segurança para Israel e Gaza. Especialistas internacionais reforçam que o sucesso depende da cooperação entre os atores regionais e do monitoramento das condições no terreno.

Enquanto isso, a comunidade internacional observa atentamente, e equipes humanitárias permanecem prontas para agir imediatamente. A expectativa é que, com a libertação dos reféns, ocorra um efeito positivo, contribuindo para consolidar o cessar-fogo em Gaza.

Trump chama Rússia de ‘tigre de papel’ e Putin responde com provocações e ameaça à Otan

Putin confronta Otan e critica Trump em discurso na Rússia nesta quinta-feira (2). O presidente russo reagiu às declarações do líder dos EUA, Donald Trump, que recentemente chamou a Rússia de “tigre de papel”, e destacou que o país segue avançando mesmo diante da oposição da aliança ocidental.

Durante a fala, Putin afirmou que a Rússia mantém capacidade militar para enfrentar ameaças externas e questionou a credibilidade das acusações de líderes ocidentais sobre ações russas na Europa. Ele também ressaltou que a situação na Ucrânia é consequência de decisões externas, como envio de armas e informações estratégicas por aliados, e alertou que qualquer escalada dependerá dessas iniciativas.

Putin reforçou ainda que Moscou busca estabilidade e controle de suas fronteiras, mas condenou o que chamou de “tentativas de provocar tensão” na região por parte do Ocidente. Segundo ele, a intensificação do conflito será resultado direto de ações externas, não de iniciativa russa.

Putin confronta Otan e critica Trump em Sochi

O presidente russo ironizou relatos de que drones russos teriam invadido o espaço aéreo de países da Otan: “Não vou mais mandar drones para a Dinamarca, prometo”, afirmou. Autoridades europeias relataram incidentes na Polônia e na Estônia, enquanto a Dinamarca chegou a fechar aeroportos temporariamente.

Em seu discurso, Putin confrontou a Otan ao ressaltar que a Rússia enfrenta praticamente toda a aliança e questiona a consistência das críticas: “Se estamos lutando contra toda a Otan e nos chamam de tigre de papel, então o que é a Otan?”. Ele ainda afirmou que a narrativa de ameaça iminente é usada para justificar a escalada militar na região, aumentando a tensão entre os países europeus e os EUA.

Escalada se EUA enviarem mísseis à Ucrânia

Putin alertou que o envio de mísseis de longo alcance, como os Tomahawk, pelos EUA à Ucrânia poderia provocar uma nova fase de escalada no conflito. “É impossível usar Tomahawks sem participação direta de militares americanos. Isso representaria um estágio completamente novo, inclusive nas relações entre Rússia e Estados Unidos”, declarou.

O jornal The Wall Street Journal informou que os EUA planejam fornecer apoio de inteligência à Ucrânia e solicitaram que países da Otan façam o mesmo. Apesar disso, autoridades americanas consideram improvável o envio direto de Tomahawks, que podem atingir até 2.500 km, cobrindo grande parte do território russo estratégico.


 

Putin ironiza Otan após Trump chamar Rússia de ‘tigre de papel’ (Vídeo: reprodução/YouTube/Terra Brasil)

Defesa militar russa e apelo à negociação

Durante o fórum em Sochi, Putin destacou que a Ucrânia enfrenta escassez de soldados e registros de deserções, enquanto a Rússia mantém contingente suficiente para suas operações militares. Ele defendeu que Kiev busque negociações para encerrar o conflito, ressaltando que Moscou mantém controle das ações e estabilidade interna, e que qualquer escalada futura dependerá de decisões externas.

O presidente russo também criticou líderes europeus por fomentar uma “histeria” sobre uma guerra iminente. “Quero apenas dizer: acalmem-se, durmam tranquilos e cuidem dos seus próprios problemas. Basta observar o que acontece nas ruas das cidades europeias”, afirmou, reforçando o confronto à Otan e mantendo firmeza diante das tensões internacionais.

Repercussão internacional e recado a Trump

Putin aproveitou para rebater a declaração de Trump e enfatizou que a Rússia não se intimida com provocações externas. Ele questionou a postura da Otan e afirmou que qualquer escalada futura dependerá das decisões dos EUA e de seus aliados. Autoridades europeias observaram o discurso com preocupação, destacando que a tensão entre Ocidente e Rússia continua elevada, e reforçando a necessidade de mediação diplomática para evitar confrontos diretos.

O presidente russo também destacou que o conflito na Ucrânia não é apenas um confronto militar, mas um desafio geopolítico envolvendo interesses estratégicos de vários países. Ele acrescentou que a Rússia mantém controle sobre a situação, desafiando qualquer nova ação, especialmente relacionada ao envio de armas e apoio militar à Ucrânia, a qual deixa claro que Putin confronta Otan e mantém firmeza diante das decisões.

R$ 5 Mil de Isenção do IR: Benefício Social ou Perigo Econômico

O sistema tributário brasileiro passa por uma mudança significativa com a elevação da faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) para R$ 5.000. A medida entra em vigor imediatamente e beneficia milhões de contribuintes em todo o país, buscando estimular o consumo e promover justiça fiscal, mas também desperta preocupações sobre risco fiscal e estabilidade das contas públicas.

Especialistas destacam que o impacto real dependerá da forma como o governo e o Congresso irão gerenciar a compensação da renúncia fiscal e manter o equilíbrio das contas públicas.

Estímulo imediato à economia

Ao elevar o limite de isenção, milhões de brasileiros deixam de pagar IR, liberando recursos que antes seriam destinados ao fisco. Para um trabalhador com renda de R$ 5.000 por mês, isso equivale à cerca de R$ 4.000 anuais, um alívio significativo no orçamento familiar que pode ser destinado à alimentação, transporte, educação, saúde, pequenas melhorias domésticas, lazer e investimentos pessoais.

Esses recursos tendem a ser rapidamente injetados na economia, fortalecendo o comércio local e os serviços próximos às famílias beneficiadas. Ao aumentar o consumo, cresce a demanda por produtos e serviços, estimulando a produção e gerando empregos, criando um ciclo positivo de circulação de dinheiro. Em regiões menos desenvolvidas, o impacto pode ser ainda maior, beneficiando micro e pequenas empresas e incentivando o empreendedorismo local.

Sistema tributário brasileiro e justiça fiscal

O sistema tributário brasileiro, historicamente desigual, encontra na elevação da faixa de isenção do IRPF uma oportunidade de corrigir distorções e promover justiça fiscal. Ao reduzir a carga sobre quem tem menor capacidade de pagamento, a medida fortalece o princípio constitucional da capacidade contributiva, tornando a tributação mais proporcional: quem possui menor renda contribui menos, enquanto as camadas mais altas assumem parcela maior.

Ao aliviar a carga tributária sobre a renda média e baixa, a medida tende a gerar maior segurança econômica para essas famílias e incentiva decisões de gasto mais conscientes, incluindo investimentos pessoais estratégicos. Esse movimento contribui para o crescimento econômico de forma equilibrada e sustentável, ao mesmo tempo, em que ajuda a diminuir desigualdades regionais e sociais. O sistema tributário brasileiro mostra, dessa forma, potencial para promover justiça social de maneira efetiva.


Entenda o impacto da isenção do IR na sociedade (Vídeo: reprodução/YouTube/Band Jornalismo)

Riscos fiscais e pressão inflacionária

Embora a medida seja justa e promova alívio imediato para milhões de contribuintes, seu custo estimado de cerca de R$ 26 bilhões por ano representa um desafio significativo para as contas públicas. Sem uma compensação eficaz, a renúncia fiscal pode gerar déficit, pressionar a dívida pública e comprometer a capacidade do governo de financiar políticas essenciais.

Para viabilizar a isenção, o governo pretende aumentar a tributação sobre lucros, dividendos e altas rendas, mas essa estratégia traz riscos adicionais:

  • Incerteza na arrecadação: receitas advindas do capital são voláteis e podem levar tempo para se concretizar, deixando lacunas imediatas no caixa federal.
  • Desestímulo a investimentos: uma tributação excessiva sobre dividendos e lucros pode reduzir a atratividade de investimentos, provocar saída de capitais e impactar negativamente a geração de empregos.

Além disso, caso a isenção do IR não seja acompanhada por um aumento proporcional na oferta de bens e serviços, pode ocorrer pressão inflacionária, reduzindo o efeito real da medida para os consumidores mais vulneráveis. Dessa forma, o impacto positivo da isenção precisa ser balanceado com rigoroso planejamento fiscal para evitar que o alívio imediato se transforme em instabilidade econômica futura.

Sustentabilidade e responsabilidade fiscal

Para que o benefício seja duradouro e impacte positivamente a economia, é essencial transparência na compensação da renúncia fiscal e disciplina rigorosa na gestão dos gastos públicos. Planejamento cuidadoso permitirá equilibrar estímulo ao consumo, controle da inflação e estabilidade das contas públicas, evitando que ganhos imediatos se percam no longo prazo.

Políticas complementares, como incentivo à produtividade, estímulo a investimentos e revisão de subsídios ineficientes, são fundamentais. O acompanhamento constante dos impactos permitirá ajustes rápidos, garantindo que a medida não se torne um peso para a dívida pública.

Caso essas condições não sejam atendidas, o alívio imediato para os trabalhadores, que hoje representa um ganho importante no bolso das famílias, pode se transformar em instabilidade econômica futura, prejudicando a confiança de investidores e o poder de compra da população. A sustentabilidade depende, portanto, de planejamento fiscal, controle de despesas e políticas públicas eficazes que ampliem benefícios sem comprometer a saúde econômica do país.

Ex-ministro é condenado à morte e expõe força da ofensiva anticorrupção na China

O ex-ministro da Agricultura da China, Tang Renjian, foi condenado por corrupção e teve a pena de morte suspensa por dois anos após admitir propinas milionárias. O julgamento ocorreu no Tribunal Popular Intermediário de Changchun, na China, neste domingo (29), data local, e evidencia o rigor da campanha anticorrupção e o controle do regime de Xi Jinping.

Durante a suspensão, se Tang cumprir regras de bom comportamento, a pena poderá ser convertida em prisão perpétua ou outra sentença mais branda.

Condenado acumulou milhões em subornos

Tang ocupou cargos de destaque entre 2007 e 2024. Durante esse período, recebeu subornos que somam mais de 268 milhões de yuans, cerca de R$ 200 milhões. Ele governou a província de Gansu antes de assumir o ministério da Agricultura e Assuntos Rurais.

Também, Tang era membro do Partido Comunista da China. Sua condenação simboliza o esforço do regime para lidar com corrupção em altos escalões. Ele foi expulso do partido em novembro de 2024, seis meses após a investigação iniciar, conduzida de forma rápida pelo órgão anticorrupção.


Ex-ministro da Agricultura da China é condenado à pena de morte por corrupção (Vídeo: reprodução/YouTube/Record News)

Pena evidencia rigor da campanha anticorrupção

A pena de morte de Tang foi suspensa por dois anos. Durante esse período, ele poderá ter a sentença convertida em prisão perpétua caso cumpra critérios de bom comportamento. No entanto, apesar da suspensão, a decisão reforça o rigor da justiça e o peso da campanha anticorrupção sobre altos funcionários do governo.

Tang Renjian não é o único com um cargo de alta responsabilidade condenado. Ele integra uma série de casos envolvendo ministros da Defesa e o ex-chefe de segurança Zhou Yongkang, que cometeu suborno, abuso de poder e divulgação de segredos de Estado, sendo preso em 2015. Além disso, esses processos mostram que o regime prioriza manter disciplina e controle entre os líderes políticos.

Xi Jinping reforça disciplina interna e controle político

Especialistas afirmam que a rapidez do julgamento de Tang reflete a estratégia de Xi Jinping, que visa consolidar poder e garantir lealdade no Partido Comunista. Desde 2020, o presidente reforça mecanismos para que autoridades, policiais e juízes se mantenham “absolutamente leais, absolutamente puros e absolutamente confiáveis”.

Assim, a condenação envia um recado claro: políticos que acumulam vantagens ilegais correm risco severo. Dessa forma, a campanha anticorrupção impacta diretamente a estabilidade política da China, funcionando como uma ferramenta de disciplina interna e reforço do controle do regime sobre funcionários de alto escalão.

Trump ameaça reduzir G20 a fórum econômico e cortar debates sociais

O governo do presidente Donald Trump anunciou que pretende reduzir o G20 a um fórum restrito a questões econômicas quando assumir a Presidência rotativa do bloco, em 2026. Na sequência, a representante americana Allison Hooker divulgou a decisão nesta quinta-feira (25), em reunião paralela à Assembleia Geral da ONU, em Nova York.

Hooker afirmou que Washington cortará da agenda todos os temas secundários, como inclusão social e igualdade de gênero. Por isso, destacou: “O G20 precisa voltar às suas origens”, lembrando que o grupo surgiu em 1999 apenas como espaço de ministros da Fazenda para enfrentar crises financeiras. Também, Hooker reforçou que os Estados Unidos concentrarão esforços em resultados econômicos concretos para os países participantes.

Estratégia americana transforma G20 em 2026

Hooker detalhou que os Estados Unidos simplificarão os processos internos do G20. Eles também reduzirão grupos de trabalho e concentrarão esforços em resultados econômicos concretos.

Não vamos gastar horas debatendo questões sociais controversas. Palavras vazias não resolvem crises financeiras”.

Allison Hooker

Além disso, a estratégia de Trump reforça o caráter isolacionista da política externa americana. O país segue o lema “America first”. Entretanto, muitos líderes consideram o G20 um espaço essencial para tratar de desafios globais além da economia. Isso gera tensão sobre a direção futura do grupo. Por isso, aliados do bloco já planejam formas de manter debates sociais e inclusão na agenda, mesmo diante da pressão americana.


Trump anuncia que a cúpula do G20 2026 será realizada nos EUA, com Miami como sede (Foto: reprodução/X/@alertanews24)

Brasil e África do Sul desafiam mudanças no G20

O Brasil assumiu a presidência do G20 em 2024 e priorizou iniciativas sociais e de inclusão. Por isso, lançou a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Em seguida, promoveu a primeira Cúpula Social do bloco, envolvendo dezenas de países. Além disso, o país impulsionou a reforma de bancos multilaterais de desenvolvimento, ampliando o acesso a crédito para nações do sul global.

Com isso, os Estados Unidos ameaçam reduzir o alcance do G20, mesmo diante dos avanços que o Brasil conquistou e da agenda que a África do Sul conduz na presidência temporária. Entretanto, outros líderes, como o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa, destacam a importância de manter debates sobre inclusão social e desigualdade. Por sua vez, há expectativa de que os países do bloco equilibrem prioridades econômicas e sociais. Dessa forma, o G20 sob Trump em 2026 mantém parte dos avanços recentes do bloco.

Typcal aposta em fungo para criar proteínas vegetais

O mercado de proteínas vegetais cresce rapidamente no Brasil, pois cada vez mais consumidores procuram alternativas saudáveis e sustentáveis. Entre as opções emergentes, a proteína de micélio, formada por uma rede de finos filamentos que compõem o corpo do fungo, se destaca não apenas por sua versatilidade, mas também pelo alto valor nutricional. Também, o ingrediente já é usado na Europa, nos Estados Unidos e na Ásia, o que confirma seu potencial global.

Fundada em 2021, a Typcal é uma foodtech focada no modelo B2B. A empresa combina a experiência do CEO Paulo Ibri em marcas globais, como Red Bull e Coca-Cola, à expertise do CTO Eduardo Sydney em biotecnologia e fermentação. Juntos, eles lançaram dois produtos: micélio fresco e em pó, disponíveis no mercado.

Gel de micélio traz inovação para alimentos

Recentemente, a Typcal lançou o gel de micélio, ideal para sorvetes, iogurtes e outros alimentos que precisam de textura e cremosidade. A empresa produz o gel por fermentação, utilizando leveduras residuais da produção cervejeira. Além disso, patenteou o processo em agosto, garantindo exclusividade.

Segundo Paulo Ibri, a neutralidade do gel permite incorporá-lo em pães, biscoitos, snacks e até ração para pets. Dessa forma, ele supera o after taste da soja e da ervilha, que costumam deixar sabor amargo. Também, a Typcal consegue produzir o gel em apenas 24 horas, enquanto concorrentes europeus levam de 48 a 72 horas.


Vídeo: A única proteína neutra do mercado, NeutraPRO (reprodução/YouTube/Typcal/Jéssica Novak)

Aporte internacional e expansão da proteína de micélio

A Typcal recebeu 350 mil euros da aceleradora belga Biotope. Com o aporte, a empresa pretende expandir sua atuação na Europa, nos Estados Unidos e na América Latina. O investimento financiará pesquisas, desenvolvimento de novos produtos e a consolidação da empresa no mercado de proteína de micélio inovadora.


Bloco de micélio, ingrediente natural, versátil e nutritivo utilizado na produção de proteínas vegetais (Reprodução/Typcal)

Além disso, a eficiência da produção garante vantagem competitiva. Os biorreatores verticais da Typcal produzem sete mil vezes mais proteína por metro quadrado do que a soja. Assim, a empresa otimiza o espaço e acelera a escala de produção. “Os biorreatores facilitam o crescimento da empresa e a escalabilidade de nossos produtos”, afirma Ibri, destacando a força da Typcal.


Do governo chinês para a nuvem americana: como o algoritmo do TikTok será reinstaurado sob supervisão dos EUA

O TikTok nos EUA passa por uma transformação inédita, com investidores americanos liderados pela Oracle e pela família Murdoch prestes a assumir 80% das operações, enquanto a ByteDance manterá apenas uma participação minoritária. A Oracle vai supervisionar e treinar novamente o algoritmo da plataforma usando dados americanos armazenados em servidores locais, visando reduzir a influência do governo chinês. O acordo ainda precisa da aprovação das autoridades dos EUA e da China e inclui uma taxa multibilionária ao governo americano.

Controle do TikTok e algoritmo americano

O acordo coloca a Oracle no comando do algoritmo, responsável por determinar quais vídeos aparecem para os usuários. Por isso, a empresa vai ajustar o sistema com base em dados americanos, garantindo armazenamento seguro e monitoramento ativo pelos investidores locais. A medida busca aumentar a autonomia nacional e, ao mesmo tempo, responder às preocupações de segurança relacionadas à influência estrangeira na plataforma.


Declaração da ByteDance sobre o TikTok nos EUA (Foto: reprodução/X/@Política do TikTok)

Desafios regulatórios e participação da ByteDance

Apesar do avanço, o acordo ainda enfrenta barreiras regulatórias. O presidente Donald Trump declarou que Xi Jinping concordou com a estrutura, porém, Pequim ainda não confirmou oficialmente. A ByteDance vai licenciar o algoritmo para a nova entidade americana, o que gera dúvidas sobre quanto controle ainda terá. Além disso, especialistas questionam quem definirá os critérios de recomendação e a supervisão do conteúdo, levantando debates sobre privacidade e possíveis influências políticas.


Trump e Xi Jinping negociam acordo sobre TikTok nos EUA (Vídeo: reprodução/YouTube/Band Jornalismo)

Impactos para usuários e criadores de conteúdo do TikTok nos EUA

Para os 170 milhões de usuários americanos, a experiência no aplicativo deve continuar estável. No entanto, mudanças no algoritmo podem alterar gradualmente os vídeos exibidos, afetando criadores e anunciantes que dependem do alcance orgânico. Por outro lado, pesquisadores alertam que armazenar dados nos EUA não elimina todas as incertezas sobre acesso e filtragem de conteúdo, e reforçam que a influência política americana ainda pode afetar recomendações e visibilidade do TikTok nos EUA.

O acordo demonstra a complexa interseção entre tecnologia, negócios globais e segurança nacional. Assim, à medida que negociações e aprovações avançam, o resultado terá impacto direto sobre usuários, criadores e a governança digital em uma das plataformas mais populares do mundo.

Lula cita condenação de Bolsonaro e critica sanções dos EUA em discurso na ONU

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva citou a condenação de Bolsonaro na ONU durante seu discurso de abertura da Assembleia Geral nesta terça-feira (23), em Nova York. Ele também criticou as sanções impostas pelos Estados Unidos e reiterou a necessidade de medidas de regulação das redes sociais. Segundo o presidente, o episódio marca um momento sem precedentes na história política do país.

Na ONU, Lula destaca condenação de Bolsonaro e autonomia das instituições

Em sua fala, Lula mencionou a recente decisão do Supremo Tribunal Federal que condenou Jair Bolsonaro a 27 anos de prisão por liderar uma tentativa de golpe de Estado. Além disso, segundo o presidente, o julgamento representa um marco para o Brasil e, ao mesmo tempo, reforça que as instituições têm cumprido seu papel de forma independente. O chefe do Executivo também destacou que o episódio serve como alerta para a importância da responsabilidade de todos os líderes políticos e da observância das leis brasileiras.

Há poucos dias, e pela primeira vez em 525 anos de nossa história, um ex-chefe de Estado foi condenado por atentar contra o Estado Democrático de Direito. Falsos patriotas arquitetam e promovem publicamente ações contra o Brasil. Não há pacificação com impunidade”, declarou Lula, ressaltando que a punição foi resultado de um processo com amplo direito de defesa.


Lula discursa na Assembleia Geral da ONU em Nova York (Vídeo: reprodução/X/GloboNews)

Lula critica sanções dos EUA em discurso na ONU sobre Bolsonaro

O presidente também usou a tribuna para criticar diretamente as sanções econômicas impostas pelo governo norte-americano como resposta às investigações e ao julgamento de Bolsonaro. De acordo com Lula, tais medidas são arbitrárias e atingem não apenas o governo, mas a própria população brasileira.

Não há justificativas para as medidas unilaterais e arbitrárias contra as nossas instituições e nossa economia. Mesmo sob ataque sem precedentes, o Brasil optou por resistir e defender sua democracia reconquistada há 40 anos”, destacou.

Dessa forma, Lula buscou transmitir a ideia de que o país não cederá a pressões externas.


Lula discursa na Assembleia Geral da ONU em Nova York (Vídeo: reprodução/X/GloboNews)

Regulação digital gera polêmica internacional

Outro ponto central do discurso foi a defesa da regulação das redes sociais. Lula criticou a atuação das plataformas digitais, que, segundo ele, facilitam campanhas de desinformação e ataques à democracia. Além disso, afirmou que a resistência à regulação parte de setores que buscam proteger interesses particulares.

Ataques a medidas de controle sobre as plataformas servem para encobrir interesses escusos. Não se trata de censura, mas de proteger a vida das pessoas”, disse Lula.

No entanto, a fala gerou reação imediata nos bastidores diplomáticos, pois alguns países consideraram a proposta uma ameaça à liberdade de expressão. Com isso, tornou-se um dos pontos mais polêmicos da participação do presidente na ONU.

Lula encerrou seu discurso reforçando a disposição do Brasil em participar ativamente de debates globais sobre governança digital e cooperação internacional. Ele destacou que, apesar das tensões recentes, o país busca soluções equilibradas que garantam transparência, segurança e responsabilidade no uso das plataformas digitais.