O X, antiga plataforma Twitter, anunciou no último sábado (18) que vai vender nomes de usuários inativos por meio do novo sistema “X Handle Marketplace”. O recurso estará disponível apenas para assinantes Premium+ e Premium Business. A empresa informou que o objetivo é liberar identificadores abandonados e transformá-los em oportunidades exclusivas para marcas e criadores.
Como funcionará a venda dos nomes de usuários
Segundo o comunicado oficial da plataforma, o “X Handle Marketplace” permitirá que assinantes qualificados pesquisem e solicitem nomes de usuários inativos. A redistribuição ocorrerá de duas formas: gratuita e paga. Nomes considerados “prioritários”, compostos por combinações comuns ou genéricas, poderão ser solicitados sem custo. Já os “raros”, curtos, famosos ou com grande relevância cultural serão vendidos.
Rede social X (Foto:reprodução/Cheng Xin/Getty Images Embed)
Os valores desses “@” raros devem começar em US$ 2.500, o equivalente a cerca de R$ 13,4 mil, podendo ultrapassar a marca de um milhão de dólares. A venda será feita em formato de drops públicos ou por meio de convites diretos enviados a usuários selecionados. A decisão sobre quem pode comprar levará em conta critérios como engajamento, histórico na rede e relevância do uso pretendido.
Impactos e polêmicas da nova estratégia
A iniciativa faz parte da estratégia de Elon Musk para monetizar o X e valorizar assinaturas pagas. No entanto, o anúncio já gerou debates sobre ética e segurança digital. Especialistas alertam que a comercialização de identificadores pode aumentar disputas por nomes populares e incentivar práticas como a revenda de perfis por preços abusivos.
Mesmo assim, o X defende que a mudança trará mais organização e transparência ao sistema de usuários. A empresa também confirmou que os nomes adquiridos permanecerão congelados após a compra, impedindo que sejam reutilizados. Em breve, a rede deve lançar uma opção de redirecionamento pago, permitindo que contas antigas levem visitantes diretamente ao novo perfil do comprador. Com isso, o X dá mais um passo rumo à sua transformação em um ecossistema digital baseado em exclusividade e, principalmente, em lucros.
