SpaceX prepara megainvestida na bolsa e pode alcançar valor de mercado acima de US$ 1 trilhão

A SpaceX, empresa de exploração espacial comandada por Elon Musk, começou a dar os primeiros passos para um dos IPOs mais aguardados da última década. Segundo uma fonte ouvida pela Reuters, a companhia pretende levantar mais de US$ 25 bilhões (cerca de R$ 136,75 bilhões) em uma oferta pública inicial de ações prevista para 2026. Caso a projeção se confirme, o movimento poderá impulsionar o valuation da fabricante de foguetes para além da marca de US$ 1 trilhão (aproximadamente R$ 5,47 trilhões), colocando a empresa entre as mais valiosas do mundo.

Além do impacto financeiro, um IPO da SpaceX pode redefinir o ecossistema de inovação espacial. A abertura de capital tende a ampliar a pressão por transparência e acelerar investimentos em tecnologias críticas, como sistemas de lançamento reutilizáveis, infraestrutura orbital e projetos de exploração interplanetária.

Starlink e Starship impulsionam ambição trilionária

A decisão de abrir capital ganhou força graças à aceleração do crescimento do Starlink, serviço de internet via satélite da SpaceX. A empresa vem ampliando rapidamente sua cobertura global, além de desenvolver novos serviços, como conectividade direta para dispositivos móveis, um salto que pode redefinir o setor de telecomunicações.


SpaceX’s Starship rocket 38 (Foto: reprodução/GABRIEL V. CARDENAS/AFP via Getty Images Embed)


Outro motor do otimismo é o avanço do programa Starship, o foguete de próxima geração projetado para missões de grande porte, incluindo futuras viagens à Lua e a Marte. O progresso técnico e a perspectiva de contratos bilionários com a NASA e outras agências espaciais reforçam o apetite dos investidores por uma participação na empresa.

De acordo com a fonte, a SpaceX já iniciou conversas preliminares com bancos e instituições financeiras sobre a estrutura do IPO, cujo lançamento deve ser discutido formalmente entre junho e julho de 2026.

Mercado aquecido e expectativas globais

A possível abertura de capital ocorre em um cenário de retomada do mercado de IPOs, após três anos de retração global. A partir de 2025, especialistas têm observado um ressurgimento das ofertas públicas, e a previsão é de que esse movimento ganhe força em 2026, impulsionado por empresas de tecnologia com forte demanda reprimida.

Executivos de Wall Street avaliam que a SpaceX pode se tornar o grande destaque desse ciclo. Para Samuel Kerr, chefe de mercados de capitais de ações da Mergermarket, a companhia “representa uma das oportunidades mais empolgantes no mercado global de IPOs” e está na “lista de desejos de vários investidores há anos”.

A SpaceX não comentou oficialmente a informação, mas o interesse crescente do mercado sugere que a abertura de capital pode redefinir não apenas o setor aeroespacial, como também o próprio panorama das empresas trilionárias no mundo.

Google enfrenta nova investigação da União Europeia por uso de conteúdo em treinamentos de IA

O Google, empresa controlada pela Alphabet, voltou ao centro das atenções regulatórias na Europa. A Comissão Europeia abriu uma nova investigação antitruste para apurar se a gigante de tecnologia estaria utilizando conteúdo de editoras e vídeos publicados no YouTube para treinar seus modelos de inteligência artificial sem oferecer compensação adequada ou a opção de exclusão. Esta é a segunda apuração envolvendo o Google em menos de um mês, evidenciando a crescente preocupação do bloco com o poder das big techs no desenvolvimento e controle de tecnologias emergentes.

Além das implicações legais, o caso também reacende o debate global sobre transparência na construção e no treinamento de modelos de IA. Especialistas alertam que, sem regras claras e acordos justos com produtores de conteúdo, gigantes tecnológicas podem ampliar ainda mais sua vantagem competitiva, prejudicando tanto os criadores quanto a diversidade informacional online.

Preocupações sobre conteúdo usado sem autorização

Segundo o órgão europeu de concorrência, há indícios de que o Google possa estar recorrendo a material jornalístico para alimentar seus relatórios gerados por IA, os chamados AI Overviews, sem negociar condições justas com as editoras. O mesmo tipo de questionamento é feito em relação ao uso de vídeos hospedados no YouTube, enviados por criadores independentes.


IA do Google (Foto: reprodução/Lorenzo Di Cola/NurPhoto via Getty Images Embed)


A vice-presidente responsável pela política antitruste na UE, Teresa Ribera, afirmou que o Google pode estar “abusando de sua posição dominante como mecanismo de busca para impor condições comerciais desleais”. Ela destacou ainda que um ecossistema de informação saudável depende de remuneração adequada às editoras, que precisam de recursos para continuar produzindo conteúdo de qualidade.

Ribera reforçou que o bloco não permitirá que intermediários digitais determinem unilateralmente como o conteúdo deve ser usado, em especial em tecnologias tão sensíveis como a inteligência artificial generativa.

Google rebate acusações e associações criticam gigante

O Google, por sua vez, rejeitou a queixa apresentada por editoras independentes em julho — uma denúncia que motivou a investigação atual. Em nota, a empresa afirmou que a reclamação “corre o risco de sufocar a inovação em um mercado que está mais competitivo do que nunca”.

Apesar da defesa, o movimento contrário ao Google ganha força. A Independent Publishers Alliance, o Movement for an Open Web que reúne anunciantes e editores digitais e a organização britânica Foxglove criticaram duramente as práticas da companhia, afirmando que o uso indevido de conteúdo ameaça tanto a sustentabilidade financeira do jornalismo quanto a livre concorrência no setor.

A abertura da nova investigação aprofunda ainda mais o clima de tensão entre União Europeia e Estados Unidos, já que a regulação europeia sobre grandes plataformas digitais vem se tornando um ponto de atrito nas relações diplomáticas. Enquanto isso, o Google terá de responder formalmente às preocupações de Bruxelas e comprovar que seus sistemas de IA respeitam direitos autorais e normas de mercado.

Mano Menezes se despede do Grêmio e não seguirá no comando para 2026

Mano Menezes não será o treinador do Grêmio na próxima temporada. A decisão foi comunicada oficialmente nesta terça-feira, após o próprio técnico publicar um texto de despedida nas redes sociais. No comunicado, Mano agradeceu “a quase totalidade dos funcionários, dirigentes, jogadores e torcedores” pela forma como foi recebido e tratado durante o período em que esteve à frente do clube.

Segundo o treinador, o convite para retornar ao Grêmio ocorreu em um dos momentos mais delicados da equipe em 2024. “Em abril deste ano, o Grêmio vivia um momento muito difícil. Geralmente, nestas horas, você se lembra de quem mais confia. O presidente Alberto Guerra e sua diretoria me convidaram, então, para assumir o comando. Aceitei e aceitarei sempre que o Grêmio precisar”, escreveu. Mano encerrou a nota afirmando que “a bola é redonda e certamente vai continuar girando para todos nós”, desejando melhores dias ao clube.

Busca por novo treinador já está em andamento

A nova direção gremista trabalha para definir rapidamente o substituto de Mano Menezes. Nos últimos dias, o clube realizou uma sondagem ao técnico português Luís Castro, atualmente livre no mercado, mas ainda avalia outras opções. A tendência é que o Grêmio busque um nome capaz de conduzir uma renovação no estilo de jogo, mirando 2026 como um ano de reconstrução esportiva.

Roman e sua equipe entendem que o time precisa de novos rumos após uma temporada marcada por instabilidade e eliminações precoces. O planejamento prevê uma análise cuidadosa do perfil ideal, que inclua experiência, capacidade de formação de elenco e alinhamento com o projeto de modernização do futebol do clube.

A decisão de não renovação foi comunicada ao treinador pelo vice-presidente de futebol, Antônio Dutra Jr., ainda pela manhã. Com isso, o ciclo iniciado há pouco mais de oito meses chega ao fim, abrindo espaço para uma reestruturação técnica sob a gestão do novo presidente, Odorico Roman.

Números, contexto e o fim de um ciclo turbulento

Mano Menezes assumiu o Grêmio em 22 de abril, logo após a perda do Campeonato Gaúcho e a demissão de Gustavo Quinteros. Ao todo, dirigiu o time em 39 partidas, com 14 vitórias, 13 derrotas e 12 empates, desempenho que resultou em um aproveitamento de 46%.


Mano Menezes reclamando no Grenal (Foto: reprodução/Pedro H. Tesch/Getty Images Embed)


Durante sua passagem, o treinador esteve à frente do time nas eliminações na terceira fase da Copa do Brasil, para o CSA, e nos playoffs da Copa Sul-Americana, diante do Alianza Lima. No Campeonato Brasileiro, o Grêmio oscilou bastante, mas conseguiu encerrar a competição na nona colocação  posição considerada abaixo das expectativas iniciais da temporada. A saída de Mano marca o encerramento de um capítulo conturbado e abre caminho para uma reformulação que promete movimentar os bastidores do clube nas próximas semanas.

Nubank anuncia que buscará licença bancária após nova regra do Banco Central

A decisão do Banco Central (BC) de proibir que fintechs sem licença bancária usem termos como “banco” ou “bank” em seus nomes provocou grande repercussão no mercado financeiro na última semana. A medida, aprovada na reunião do Conselho Monetário Nacional em 27 de novembro, atinge diretamente algumas das marcas digitais mais conhecidas do país e fez o Nubank, que seria um dos principais afetados, anunciar um novo passo estratégico.

Nesta quarta-feira (3), a fintech comunicou ao mercado que pretende obter uma licença bancária completa para operar no Brasil a partir de 2026. Com mais de 110 milhões de clientes no país, o Nubank destacou que sua marca, identidade visual e nome permanecerão os mesmos, afastando qualquer possibilidade de mudança de branding no curto prazo.

Nova regulação mira transparência e clareza ao consumidor

De acordo com o Banco Central, a resolução tem como objetivo evitar que consumidores interpretem de forma equivocada os serviços ofertados pelas empresas. Ao impedir que instituições sem autorização para funcionar como banco utilizem a palavra “banco” em seus nomes, a autarquia busca reforçar a transparência sobre o tipo de operação de cada companhia financeira.

O BC estima que cerca de 20 instituições deverão se adequar à nova regra. Para isso, as empresas que estiverem em desacordo terão até 120 dias para apresentar um plano de adaptação, com prazo máximo de um ano para realizar as mudanças exigidas.

A normativa atinge fintechs e empresas de tecnologia que atuam como instituições de pagamento ou sociedades de crédito, mas não possuem a estrutura regulatória necessária para serem qualificadas como bancos, cuja exigência de capital, governança e fiscalização é mais rigorosa.

Nubank reforça regularidade 

Em nota, o Nubank ressaltou que a decisão de buscar a licença bancária não altera sua operação atual. A instituição afirma cumprir todas as exigências regulatórias já previstas para suas atividades, atuando como Instituição de Pagamento, Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento e Corretora de Títulos e Valores Mobiliários.


Nubank banco digital (Foto: reprodução/Photo illustration by Cheng Xin/Getty Images/Embed)


“A mudança pretendida não tem qualquer impacto para os clientes e todas as operações seguem normalmente”, informou a empresa. A decisão de obter o registro bancário, segundo o comunicado, reforça o compromisso da fintech em manter sua marca e ampliar sua atuação de forma alinhada às regras do sistema financeiro.

Com a nova resolução, o mercado financeiro deve passar por um período de adaptação, marcado por reorganizações internas e eventuais alterações de nomes. Já o Nubank, ao buscar o selo de banco oficial, se antecipa a mudanças futuras e fortalece sua posição em um setor cada vez mais competitivo.

TikTok anuncia mega data center no Ceará com investimento de R$ 200 bilhões

O TikTok confirmou nesta quarta-feira (4) a construção de uma gigantesca central de processamento de dados no Ceará, consolidando aquele que será o primeiro data center da plataforma na América Latina. O anúncio, realizado durante evento no Estado com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, prevê um investimento total de R$ 200 bilhões ao longo dos próximos anos — o maior já feito pela empresa no Brasil.

A diretora de Políticas Públicas do TikTok no país, Mônica Guise, destacou que o projeto representa um marco estratégico para a plataforma. Segundo ela, o Brasil é um dos mercados digitais mais dinâmicos do mundo, o que justifica o aporte bilionário destinado à infraestrutura tecnológica. Até então, a empresa não havia comentado publicamente o empreendimento, que vem sendo estruturado desde 2023.

Infraestrutura robusta e foco em energia limpa

Localizado no complexo portuário do Pecém, o futuro data center terá sua primeira fase executada em parceria com a Omnia, da gestora Pátria Investimentos, e com a Casa dos Ventos, responsável pela geração de energia renovável. De acordo com o TikTok, toda a operação será abastecida por energia 100% limpa, proveniente de parques eólicos atualmente em construção especificamente para atender o projeto.


TikTok a rede social (Foto: reprodução/Brent Lewin/Bloomberg/Getty Images Embed)


A etapa inicial prevê consumo energético de 300 megawatts (MW) e capacidade de processamento de 200 MW, exigindo um investimento de R$ 50 bilhões  cifra já divulgada anteriormente. As obras devem começar ainda este ano, com início das operações programado para 2027.

A expansão futura do complexo poderá elevar sua capacidade para quase 1 gigawatt (GW), conforme documentos do projeto obtidos pela Reuters. O TikTok, porém, não detalhou oficialmente o limite potencial da estrutura. Parte do investimento total, cerca de R$ 108 bilhões, será destinada à aquisição de equipamentos de alta tecnologia até 2035, além de melhorias adicionais ao longo da década seguinte.

Sustentabilidade e tecnologia de ponta

Com a iniciativa, o Ceará se posiciona como um dos principais polos de infraestrutura digital da América Latina, enquanto o TikTok dá um passo estratégico para ampliar sua presença global e fortalecer sua operação em um dos mercados mais relevantes para a plataforma.

Com autorização para prestar serviços de exportação de dados, o empreendimento deve se tornar o maior data center individual do país quando entrar em operação. O resfriamento das instalações será realizado por meio de um sistema de circuito fechado de reutilização de água, tecnologia que reduz drasticamente o consumo hídrico durante o gerenciamento térmico.

Segundo comunicado da empresa, as estruturas contarão com sistemas baseados em recirculação de água, refrigeração a ar e equipamentos de alta eficiência energética, diminuindo o impacto ambiental e reforçando o compromisso do TikTok com soluções sustentáveis.

Avanço da IA e da robótica redefine fronteiras entre especialidades médicas

Na medicina, há décadas a prática se divide entre dois grupos de profissionais: os que se dedicam ao raciocínio clínico e ao diagnóstico, e aqueles responsáveis por procedimentos intervencionistas. De um lado estão áreas cognitivas como clínica médica, neurologia e psiquiatria, focadas na interpretação de dados, no acompanhamento de pacientes e na escolha dos melhores tratamentos. Do outro, especialidades como cardiologia intervencionista, ortopedia, neurocirurgia e urologia, nas quais a precisão técnica e a habilidade manual determinam o sucesso terapêutico. Essa divisão, historicamente marcada por disputas de prestígio, tem sido reconfigurada por ondas sucessivas de inovação tecnológica.

Impacto das tecnologias de imagem e das técnicas minimamente invasivas

Durante muito tempo, a medicina interna ocupou o topo da hierarquia profissional, sustentada pelo domínio diagnóstico. A chegada de exames como tomografia, ressonância magnética e ultrassom mudou esse cenário ao tornar o diagnóstico mais rápido, preciso e acessível. Em paralelo, avanços como circulação extracorpórea, stents coronários, endoscopia e instrumentos minimamente invasivos transformaram profundamente as possibilidades terapêuticas. Com a capacidade de realizar procedimentos antes impensáveis por pequenas incisões, as especialidades intervencionistas ganharam protagonismo, passaram a atrair mais talentos e se consolidaram como algumas das áreas mais valorizadas da medicina contemporânea.


Robô medico fazendo uma massagem (Foto: Reprodução/Costfoto/NurPhoto/Getty Images Embed)


Além da adaptação profissional, a própria infraestrutura hospitalar precisará evoluir para acomodar sistemas autônomos. Salas de cirurgia serão cada vez mais integradas a plataformas digitais de monitoramento, permitindo que dados em tempo real alimentem modelos de IA durante os procedimentos. A interoperabilidade entre softwares, prontuários eletrônicos e dispositivos médicos será essencial para garantir segurança e rastreabilidade. Hospitais que conseguirem implementar esses ecossistemas tecnológicos largarão na frente, especialmente em procedimentos de alta demanda, como cirurgias gerais, ortopédicas e ginecológicas.

Ao mesmo tempo, questões éticas e legais ganharão espaço no debate. Quem assume responsabilidade em caso de falha: o hospital, o fabricante do robô ou os desenvolvedores da IA? Como garantir transparência nos algoritmos usados durante procedimentos críticos? Especialistas apontam que a regulação terá de acompanhar o ritmo da inovação, sem frear avanços que podem ampliar o acesso a cirurgias seguras e reduzir desigualdades no sistema de saúde. No horizonte, a parceria entre humanos e máquinas promete remodelar a própria identidade da prática médica — não substituindo profissionais, mas redefinindo o que significa ser médico em um mundo cada vez mais digital.

IA generativa e robótica inauguram um novo capítulo

Agora, um novo ponto de inflexão começa a emergir: a combinação entre inteligência artificial generativa e robótica cirúrgica. O que até pouco tempo atrás parecia ficção científica — um robô capaz de realizar uma cirurgia com autonomia — já se torna tecnicamente plausível. Modelos de IA são treinados com grandes volumes de conteúdo médico e aprendem a detalhar com precisão todas as etapas de um procedimento cirúrgico. Para converter esse conhecimento em ação, entra em cena a robótica, que já oferece visualização ampliada, estabilidade e precisão milimétrica.


Um grupo de médicos visita pacientes (Foto: Reprodução/ Klebher Vasquez/Anadolu/Getty Images Embed)


O próximo passo é ensinar a IA a correlacionar as imagens internas do paciente com movimentos realizados por cirurgiões em milhares de gravações reais, reproduzindo padrões de especialistas. A sala de cirurgia, mais previsível que ruas usadas por carros autônomos, favorece esse avanço. Reguladores poderão comparar vídeos anonimizados de operações feitas por humanos e por IA, aprovando o sistema apenas quando ele atingir desempenho equivalente ao de um cirurgião experiente.

A implementação, porém, dependerá de cooperação entre hospitais, profissionais e empresas. A formação médica também terá de se adaptar: cirurgiões devem assumir papel mais voltado à supervisão e tomada de decisão em cenários complexos, enquanto procedimentos simples e de anatomia previsível tendem a ser automatizados primeiro. Essa transição pode reequilibrar a distribuição de profissionais entre especialidades intervencionistas e áreas de atenção primária, abrindo um novo ciclo de transformação na prática médica.

Samsung apresenta Galaxy Z TriFold e reforça disputa no mercado de dobráveis

Na noite desta segunda-feira (1º), a Samsung oficializou o lançamento do Galaxy Z TriFold, seu novo smartphone dobrável de alto desempenho. A novidade estreia primeiro na Coreia do Sul em 12 de dezembro de 2025 e deve chegar a outros mercados  como os Estados Unidos  nas semanas seguintes. O anúncio ocorre em um momento de forte movimentação da indústria, que vê o segmento de dispositivos dobráveis crescer e ganhar novos competidores.

Competição acirrada e a resposta da Samsung

A chegada do Z TriFold surge meses depois de a Huawei ter retomado sua atuação no Brasil com o Mate XT, o primeiro smartphone triplamente dobrável do mundo. O modelo, lançado por R$ 33 mil, chamou atenção pelo design e pelo valor, tornando-se o aparelho mais caro disponível no mercado brasileiro. Essa ofensiva da concorrência acelerou a disputa por inovações no setor, pressionando marcas tradicionais a investirem em formatos diferenciados e experiências mais completas para o usuário.


Celulares Samsung (Foto: Reprodução/Firdous Nazir/NurPhoto/Getty Images Embed)


A Samsung busca consolidar sua liderança entre os dobráveis com um produto que reforça o conceito de multifuncionalidade. O Galaxy Z TriFold aposta em uma tela expansível de 10 polegadas, formada por duas dobras, permitindo utilizar até três aplicativos simultaneamente. A proposta é unir mobilidade e produtividade, e o suporte ao Samsung DeX amplia essa estratégia ao transformar o smartphone em uma espécie de computador portátil, adequado para trabalho, edição de conteúdo e multitarefa.

Além disso, o lançamento do TriFold sinaliza uma nova fase na estratégia da Samsung para 2026: a empresa pretende posicionar seus dobráveis não apenas como dispositivos premium, mas como alternativas viáveis para quem busca substituir tablets ou até notebooks em tarefas do dia a dia. Especialistas do setor avaliam que, caso o aparelho obtenha boa recepção nos primeiros mercados, ele pode redefinir padrões de usabilidade e influenciar o próximo ciclo de inovação móvel, estimulando outras fabricantes a acelerarem seus projetos de telas flexíveis e experiências multimodais.

Desempenho, bateria e inteligência artificial

O desempenho do aparelho é impulsionado pelo Snapdragon 8 Elite, processador topo de linha capaz de lidar com múltiplas tarefas e recursos de inteligência artificial sem perda de fluidez. A bateria de 5.600 mAh — distribuída em três módulos  foi projetada para equilibrar consumo e autonomia, enquanto o carregamento rápido de 45 W garante 50% da carga em cerca de meia hora.

O Galaxy Z TriFold também incorpora ferramentas do Galaxy AI, como edição generativa de imagens e o assistente Gemini Live, que interpreta comandos de voz e imagem em tempo real. Segundo a Samsung, o conjunto de recursos foi pensado para aproveitar o formato dobrável e a tela ampliada, oferecendo uma experiência de criação, navegação e produtividade mais completa. Com o lançamento, a empresa reforça seu compromisso com inovação e se prepara para mais um capítulo da disputa global por protagonismo no mercado de smartphones dobráveis.

Nadal adota cautela ao avaliar potencial de João Fonseca contra Alcaraz e Sinner

Rafael Nadal conhece como poucos os peso de uma grande rivalidade no tênis. Protagonista de duelos históricos contra Roger Federer, a icônica era do “Fedal” o ex-número 1 do mundo, observa agora de longe um circuito masculino dominado por Carlos Alcaraz e Jannik Sinner. Juntos, os dois jovens lideram o ranking e venceram os últimos oito Grand Slams, instaurando um “Big Two” em um cenário que, no passado, tinha Novak Djokovic como terceiro elemento capaz de desestabilizar qualquer hegemonia.

Naturalmente, surge a pergunta: seria João Fonseca, brasileiro de 19 anos e atual número 24 do ranking, o nome capaz de quebrar essa dupla supremacia? Nadal, sempre ponderado, prefere não se precipitar.

“Vamos ver o que acontece com ele. É jovem, acabou de chegar. Ainda não está em condições de pensar nessas coisas. Temos que ver como será sua evolução”, disse o espanhol, aposentado desde 2024 e dono de 22 títulos de Grand Slam, em entrevista ao programa “El Larguero”.

Ascensão meteórica de João Fonseca

A cautela de Nadal não impede que o circuito observe com atenção a trajetória do brasileiro. Em sua primeira temporada completa na elite do tênis, João Fonseca deu um salto de 121 posições no ranking e conquistou dois títulos relevantes: o ATP 250 de Buenos Aires e o ATP 500 da Basileia.


João Fonseca tenista brasileiro (Foto: reprodução/Shi Tang/Getty Images Embed)


Além das expectativas em torno do brasileiro, Nadal ressaltou que o circuito atual vive um momento de transição, no qual jovens talentos surgem com força, mas ainda não conseguem manter a consistência necessária para competir de igual para igual com Alcaraz e Sinner. Por isso, segundo ele, João Fonseca deve seguir seu processo natural de amadurecimento

Apesar do crescimento expressivo, os números ainda mostram uma distância considerável em relação ao topo. Fonseca soma 1.635 pontos, enquanto Jannik Sinner, vice-líder, tem 11.500. Alcaraz, número 1 do mundo, aparece ainda mais distante, com 12.050 pontos.

Experiência ainda pesa no circuito

Para Nadal, esse abismo de pontuação é um dos principais motivos para manter o otimismo sob controle. Ele acredita que a responsabilidade de desafiar Alcaraz e Sinner deveria recair, ao menos por enquanto, sobre nomes mais experientes. “Seria bom até para eles mesmos, porque sentiriam a necessidade de jogar bem para ganhar. Hoje, têm a sensação de que, mesmo jogando mal, seguirão vencendo”, completou.

Mesmo com a prudência do ex-campeão, o nome de João Fonseca permanece no radar dos analistas e fãs. A promessa brasileira encerrou o ano entre os 25 melhores do mundo e ainda tem amplo espaço para evolução. Para Nadal, o tempo e apenas ele dirá se João será capaz de entrar de vez na briga com os gigantes da nova geração do tênis mundial.

Nova lei do Imposto de Renda isenta salários até R$ 5 mil

A nova lei do Imposto de Renda, sancionada esta semana, marca uma das mudanças mais significativas na tributação sobre pessoas físicas das últimas décadas. A partir de janeiro de 2026, trabalhadores com renda mensal de até R$ 5 mil estarão totalmente isentos do tributo. Já aqueles que ganham entre R$ 5 mil e R$ 7.350 terão redução progressiva no imposto, segundo faixas de renda definidas pelo governo.

Alívio para a base e regras

De acordo com estimativas oficiais, cerca de 15 milhões de brasileiros devem sentir diretamente o impacto positivo da medida. Para quem recebe até R$ 5 mil, a economia mensal fica em torno de R$ 312 — o equivalente a mais de R$ 4 mil por ano, considerando o 13º salário. A regra avalia a soma total das rendas tributáveis: até R$ 5 mil mensais, há isenção; até R$ 7.350, o desconto é gradual. Essa lógica também valerá na declaração anual de 2027, referente ao ano-calendário 2026, com isenção para rendimentos de até R$ 60 mil e reduções progressivas até R$ 84 mil por ano.

A mudança, no entanto, tem seu custo. O governo calcula uma renúncia fiscal de R$ 25,8 bilhões em 2026. Para compensar, a lei foi construída como “fiscalmente neutra”, prevendo novas fontes de arrecadação: contribuintes que recebem acima de R$ 600 mil por ano terão tributação adicional, incluindo alíquota de até 10% sobre lucros e dividendos — hoje isentos. Essa cobrança deve atingir aproximadamente 150 mil pessoas, reforçando a progressividade do sistema, em linha com práticas adotadas em países da OCDE.

Impacto no orçamento familiar

A isenção traz alívio imediato e maior poder de compra para milhões de trabalhadores. Mas especialistas lembram: para quem tem condições de poupar parte da economia gerada, a mudança pode ser uma oportunidade estratégica. A recomendação é evitar encarar o benefício como “aumento de salário” e direcionar o valor para metas financeiras, como formação de reserva de emergência ou investimentos de longo prazo.


Ilustração de investimento (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Henrique Campos)


Uma simulação usando aportes mensais de R$ 300 no Tesouro IPCA+ 2040 demonstra o potencial de crescimento patrimonial quando há disciplina e constância. O que começa como uma folga no orçamento pode se transformar em um futuro mais seguro — desde que acompanhado de planejamento.

A nova lei avança na redistribuição da carga tributária, mas, no plano individual, o impacto depende de escolhas pessoais. Aproveitar a oportunidade exige firmeza de propósito: transformar o ganho mensal em construção de patrimônio. É a combinação entre política pública e decisão individual que, de fato, muda a vida financeira do contribuinte Educação Financeira

TIM compra V8.Tech e reforça aposta no mercado corporativo

A TIM anunciou, nesta quinta-feira (27), que seu conselho de administração aprovou a aquisição de 100% do capital da V8 Consulting, conhecida no mercado como V8.Tech, por R$ 140 milhões. O movimento reforça a aposta da operadora no segmento corporativo e consolida sua estratégia de expansão em serviços de transformação digital.

Valor muito alto

Segundo comunicado oficial, o valor inicial será desembolsado no fechamento da operação. No entanto, o acordo prevê ainda pagamentos adicionais que podem alcançar mais R$ 140 milhões, condicionados ao cumprimento de metas específicas pela V8.Tech ao longo de um período de até seis anos. Na prática, o negócio pode chegar ao montante total de R$ 280 milhões, dependendo do desempenho da empresa adquirida.

Especializada na integração de soluções digitais e em serviços gerenciados, a V8.Tech é reconhecida por sua forte atuação em transformação digital, computação em nuvem e inteligência artificial. A empresa tornou-se uma referência no apoio a companhias em processos de migração para ambientes digitais e na implementação de tecnologias avançadas que envolvem automação, dados e nuvem.

Uma nova estratégia com a microsoft

Em nota, a TIM destacou que a aquisição fortalece sua estratégia voltada ao mercado B2B, ampliando a capacidade da operadora de oferecer soluções completas às empresas brasileiras. A companhia vê no segmento corporativo um caminho essencial para diversificação de receitas e para o avanço em áreas de maior valor agregado, como cloud e serviços digitais integrados.


Logo da Microsoft (Foto: Reprodução/ Samuel Boivin/NurPhoto/ Getty Images Embed)


A transação ocorre em um momento em que a TIM também reestrutura sua operação interna para acelerar a presença no setor empresarial. A companhia anunciou recentemente a criação de uma nova vice-presidência dedicada exclusivamente ao desenvolvimento e à aceleração do segmento business-to-business. A área será liderada por Fabio Costa, executivo com vasta experiência em tecnologia e que já ocupou posições estratégicas na Salesforce, Microsoft e Oracle, tanto no Brasil quanto na América Latina.

Com a incorporação da V8.Tech, a TIM pretende ampliar seu portfólio, reforçar a competitividade e se consolidar como uma fornecedora completa de soluções digitais em um mercado cada vez mais disputado e impulsionado pela transformação tecnológica.