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O Papa Francisco sofreu uma queda em sua residência na Casa de Santa Marta, no Vaticano, na manhã desta quinta-feira (16). Segundo comunicado oficial divulgado pelo Vaticano, o pontífice de 88 anos sofreu uma contusão no antebraço direito, mas não apresentou fraturas. Como medida de precaução, o braço foi imobilizado. Segundo comunicado:
“Esta manhã, devido a uma queda na casa de Santa Marta, o Papa Francisco sofreu uma contusão no antebraço direito, sem fraturas. O braço foi imobilizado como medida de precaução.
Papa Francisco (Foto: reprodução/Reuters/Remo Casilli)
Saúde estável e agenda mantida
Apesar do incidente, o Papa Francisco manteve suas atividades programadas, demonstrando otimismo e disposição sobre a situação. Na manhã da quarta-feira (15), ele participou da audiência geral semanal na Basílica de São Pedro, onde estava sorridente e interagiu com artistas de circo que se apresentaram no evento.
O Vaticano afirmou que o estado de saúde do pontífice permanece estável e a imobilização do braço é uma medida preventiva. Essa abordagem é essencial, considerando especialmente o histórico recente de saúde de Francisco, que enfrentou episódios de bronquite, resfriados e dores no joelho.
Histórico de desafios de saúde
Nos últimos anos, o Papa tem lidado com algumas condições que demandaram cuidados médicos mais intensos. No fim de 2023, ele cancelou uma viagem aos Emirados Árabes devido a uma inflamação pulmonar. Durante o inverno rigoroso na Itália, sofreu crises de bronquite e, em setembro, uma gripe o levou a desmarcar compromissos. Em algumas ocasiões, Francisco utilizou cadeira de rodas para se locomover, resultado de dores persistentes nos joelhos e nas costas.
Liderança resiliente
Mesmo diante de desafios físicos, o Papa Francisco mantém sua liderança ativa. Em março, ele reforçou, em entrevista, que sua renúncia não é uma possibilidade no momento, classificando-a como uma “hipótese distante”.
O episódio mais recente reforça o cuidado necessário com a saúde do papa, mas também evidencia sua determinação em seguir cumprindo sua agenda de compromissos. Enquanto isso, fiéis da igreja ao redor do mundo expressam suas orações e votos de rápida recuperação.
A temporada de moda masculina para 2025 começa sob a influência de um cenário global complexo, caracterizado por desafios econômicos, tensões geopolíticas e desaceleração no mercado de luxo. Apesar das adversidades, dois eventos icônicos na Itália, Pitti Uomo e a Semana da Moda de Milão, dão o tom das coleções outono-inverno 2025-2026.
Com perfis mais discretos e uma redução no número de desfiles, os eventos refletem a necessidade de adaptação e reinvenção do setor.
Pitti Uomo: tradição e novidades
Realizado entre 14 e 17 de janeiro em Florença, o Pitti Uomo apresenta 790 expositores, dos quais 45% são internacionais. Nesta 107ª edição, o evento adota o tema “O fogo e sua energia”, simbolizando renovação. Entre os destaques, está o desfile da MM6 Maison Margiela, que apresentou uma coleção masculina exclusiva para Florença. Outra atração foi a Setchu, do designer japonês Satoshi Kuwata, vencedor do prêmio LVMH de 2023, que fez sua estreia com um desfile inovador.
Além disso, o evento incluiu iniciativas como o “Knees Up Running Space”, focado em marcas de sportswear e running e reforçando a tendência athleisure. O Pitti Uomo também destacou talentos internacionais, como o Scandinavian Manifesto e a moda japonesa, além de promover novos designers chineses e franceses.
MM6 Maison Margiela, Spring/Summer 2025 Milan Fashion Week (Foto: reprodução/Victor Virgile/Getty Images embed)
Semana de moda de Milão
De 17 a 21 de janeiro, Milão assume os holofotes com uma programação que incluiu 68 eventos. Entre os destaques estão Giorgio Armani, Prada, Dolce & Gabbana e Zegna, além do retorno da marca ítalo-chinesa, Pronounce. Nomes jovens, como PDF e Pierre-Louis Mascia, trouxeram frescor ao evento, enquanto algumas marcas optaram por consolidar coleções masculinas e femininas em apresentações futuras.
Apesar de ausências como Neil Barrett e J.W. Anderson, a Semana de Moda de Milão reforça a importância da inovação e do foco em experiências exclusivas para manter sua relevância.
Futuro da moda masculina
O cenário atual aponta para um futuro onde autenticidade, qualidade e sustentabilidade são indispensáveis. A fusão de estilos, a valorização de nichos e o apelo por peças com impacto social são tendências que moldam a moda masculina. Os eventos em Florença e Milão não apenas ditam tendências, mas também refletem os desafios de um mercado em constante transformação.
A busca por equilíbrio entre tradição e inovação promete redefinir o setor, solidificando a moda masculina como um espaço dinâmico e em evolução.
O Grand Palais, um dos museus mais emblemáticos de Paris, se transformou, entre 10 de janeiro e 31 de março de 2025, em um templo da moda italiana com a exposição ‘Du Cœur à la Main’ da Dolce & Gabbana.
Após sua estreia triunfante em Milão no ano passado, a mostra chega à capital da alta-costura para celebrar as quatro décadas de história da icônica grife fundada por Domenico Dolce e Stefano Gabbana. Com mais de 200 peças de Alta Moda, Alta Sartoria e Alta Gioielleria, a exposição oferece um olhar profundo sobre o trabalho artesanal, a criatividade e as influências culturais que marcaram o desenvolvimento da marca.
Exposição “Du Cœur à la Main” de Dolce & Gabbana (Foto: reprodução/Anne-Christine Poujoulat/Getty Images Embed)
O “fatto a mano” como arte
A exposição se dedica a uma das características mais distintivas da Dolce & Gabbana: o “fatto a mano” – o trabalho manual, a costura detalhada e o acabamento impecável que definem as criações da grife. Organizada em dez salas temáticas, a mostra destaca não apenas os deslumbrantes vestidos, ternos e joias, mas também a maneira como os dois estilistas italianos souberam integrar as tradições artesanais em suas coleções, criando uma fusão única entre moda e arte.
A curadoria de Florence Müller, com cenografia da Agence Galuchat, permite uma imersão nos processos criativos da marca, explorando desde as influências do Renascimento e da Antiguidade clássica até a rica cultura popular italiana. Entre os destaques estão peças que dialogam com a arte sacra, o teatro e a música, refletindo a visão multifacetada da Dolce & Gabbana sobre a identidade italiana.
Influências culturais e artísticas
Uma das marcas registradas da Dolce & Gabbana é a incorporação de referências culturais e artísticas italianas em suas coleções. A exposição Du Cœur à la Main ilustra como a arte, a arquitetura e as tradições regionais da Itália estão presentes em suas criações, como nas influências dos azulejos de Majólica de Capri, nas decorações do Palazzo Vecchio de Florença, ou na estética barroca das imagens religiosas.
Exposição “Du Cœur à la Main” de Dolce & Gabbana (Foto: reprodução/Anne-Christine Poujoulat/Getty Images Embed)
Uma das salas mais impactantes é dedicada à devoção católica, onde um enorme coração dourado, inspirado em representações religiosas barrocas, se destaca como uma obra-prima de bordados meticulosamente executados. Além disso, peças como vestidos bordados com lápis-lazúli e sedas estampadas com obras de Leonardo da Vinci apresentam um toque de sofisticação e reflexão histórica, que é uma constante no trabalho da marca.
Fusão de tradição e modernidade
A exposição também faz referência ao impacto da Dolce & Gabbana na evolução da alta-costura contemporânea. Enquanto presta homenagem às tradições artesanais italianas, a grife também abraça uma visão mais ousada e moderna da moda, integrando humor, irreverência e uma certa subversão ao luxo.
Exposição “Du Cœur à la Main” de Dolce & Gabbana (Foto: reprodução/Anne-Christine Poujoulat/Getty Images Embed)
Um exemplo disso é o uso de estampas geométricas inspiradas na era greco-romana, combinadas com formas e cortes inovadores que reinterpretam o peplum e outras silhuetas clássicas.
Entre as peças expostas, os visitantes encontrarão vestidos únicos, muitos dos quais nunca foram vistos fora das passarelas e ateliês da grife. A exposição oferece uma verdadeira viagem no tempo, desde os primeiros anos da Dolce & Gabbana até as coleções mais recentes, com destaque para o uso exclusivo de tecidos, bordados e técnicas de costura que se tornaram a assinatura da marca.
Homenagem ao legado da Dolce & Gabbana
Com sua estreia parisiense, Du Cœur à la Main é uma celebração do legado de Domenico Dolce e Stefano Gabbana, que desde os anos 1980 têm se destacado por sua habilidade em misturar tradição e inovação. Desde sua primeira coleção, em 1985, até seus desfiles de alta-costura realizados em locais icônicos como as ruínas greco-romanas de Agrigento, a Dolce & Gabbana construiu uma identidade própria e inconfundível.
A exposição no Grand Palais também é uma oportunidade para conhecer mais sobre a história da grife, com uma reprodução do ateliê de Dolce & Gabbana, onde os vestidos são confeccionados com o mesmo rigor e dedicação que sempre marcaram a marca. As criações de Alta Moda, por exemplo, são feitas sob medida para um seleto grupo de clientes, e alguns dos vestidos expostos são peças únicas, raras e feitas com técnicas de bordado e costura que são verdadeiros trabalhos de arte.
Exposição “Du Cœur à la Main” de Dolce & Gabbana (Foto: reprodução/Anne-Christine Poujoulat/Getty Images Embed)
Um convite à imersão na cultura italiana
Para quem ama a moda e a arte, Du Cœur à la Main oferece uma oportunidade única de imersão na tradição do “fatto a mano”, um conceito que se reflete tanto na alta-costura quanto nas outras expressões culturais da Itália.
Se você estiver em Paris entre janeiro e março de 2025, não pode deixar de visitar o Grand Palais e experimentar essa viagem sensorial ao coração da moda italiana, onde o passado e o presente se encontram em uma dança de elegância e inovação.
Em abril deste ano, o Palácio de Buckingham, um dos ícones da monarquia britânica, abrirá suas portas para uma exposição imperdível sobre a era eduardiana, intitulada ‘The Edwardians: Age of Elegance’.
A mostra, que ficará aberta até 23 de novembro, trará mais de 300 itens raros e valiosos, que refletem o estilo e a vida de dois casais reais: o rei Edward VII e a rainha Alexandra, e o rei George V e a rainha Mary. Esses monarcas ficaram conhecidos não só pela sua influência política, mas também pelo gosto refinado e pelo papel de destaque no mundo da moda, arte e cultura.
Contexto histórico e a transição para a modernidade
A era eduardiana, que teve seu auge no início do século XX, foi marcada por grandes transformações sociais, políticas e culturais. Durante o reinado de Edward VII, filho da rainha Vitória, a Grã-Bretanha vivia um período de prosperidade e glamour, ao mesmo tempo, em que se aproximava das mudanças do mundo moderno e dos conflitos que precederam a Primeira Guerra Mundial.
A curadora Kathryn Jones, responsável pela exposição, destaca que este foi um período de transição, em que as novas tendências tecnológicas e sociais começaram a moldar o futuro da monarquia britânica.
“A era eduardiana é vista como uma era de ouro de estilo e glamour, o que de fato foi, mas há muito mais para descobrir abaixo da superfície. Este foi um período de transição, com a Grã-Bretanha à beira da era moderna e a Europa se aproximando da guerra. Nossos casais reais viveram vidas luxuosas, sociáveis e aceleradas, adotando novas tendências e tecnologias”.
Moda, joias e arte
Um dos maiores atrativos da exposição são as peças de moda e joias que marcaram a época. Entre os destaques estão o famoso colar de Dagmar, presente de casamento da rainha Alexandra; e o colar Love Trophy, da rainha Mary, que será exibido pela primeira vez. Também será possível admirar a cigarreira azul, decorada com uma cobra de diamantes, que Edward VII recebeu de uma amante em 1908, além de um luxuoso estojo Cartier, também inédito, feito de cristal e adornado com diamantes e rubis.
Colar de Dagmar, presente de casamento do então rei da Dinamarca para Alexandra (Foto: reprodução/Royal Collection Enterprises Limited 2024/Royal Collection Trust)
Além dos itens de joalheria, a exposição inclui retratos e pinturas que revelam os estilos da época, além de obras de artistas renomados como Carl Fabergé, que terá mais de 20 peças expostas. O design têxtil, a poesia e o ativismo de William Morris também estarão representados, assim como o movimento Art Nouveau, que floresceu na época.
Mundo através dos olhos da realeza
A exposição também oferece uma visão única das viagens e experiências internacionais dos casais reais. Como pioneiros, Edward VII, Alexandra, George V e Mary foram os primeiros membros da realeza britânica a viajar para destinos distantes em todos os continentes. A curadoria reflete essas jornadas mediante fotografias, presentes recebidos e objetos que marcaram essas vivências.
A riqueza cultural das viagens foi registrada por meio de itens colecionados e memórias pessoais que foram fundamentais para a formação do legado de ambos os casais.
Rei Edward VII, então príncipe de Gales, em quadro de 1864 (Foto: reprodução/Royal Collection Enterprises Limited 2024/Royal Collection Trust/Franz Xaver Winterhalter)
Fim de uma era e o impacto da guerra
A era eduardiana, repleta de luxo e sofisticação, chegou ao fim com o início da Primeira Guerra Mundial, que alterou drasticamente o panorama social e político da Grã-Bretanha.
A exposição não se limita apenas ao glamour da época, mas também aborda as mudanças trazidas pelo conflito, incluindo fotografias de Olive Edis e uma pintura de Frank O. Salisbury, que documentam o período da guerra e seus efeitos na família real.
“Ao final do conflito, uma nova monarquia mais moderada e adaptada ao século XX surgiria, mais contida e obediente”, contextualiza o comunicado da exposição, destacando a transformação da monarquia britânica após os horrores da guerra.
Viagem no tempo através da realeza
Com itens pessoais, peças de colecionadores e objetos de grande valor histórico, a exposição no Palácio de Buckingham promete ser uma imersão no luxo e na elegância que definiram a era eduardiana. Para quem deseja entender mais sobre esse fascinante período da história da Grã-Bretanha, “The Edwardians: Age of Elegance” oferece uma oportunidade única de explorar os gostos, estilos e memórias que moldaram a vida de dois dos casais reais mais influentes da história britânica.
O mundo da fotografia e da publicidade perdeu, nesta segunda-feira (13), Oliviero Toscani, aos 82 anos. O fotógrafo italiano, que se tornou um ícone global por suas campanhas ousadas e provocativas para a marca Benetton, faleceu após lutar contra a amiloidose, uma doença rara e incurável, causadas pelo depósito de proteínas insolúveis no corpo.
A morte de Toscani encerra uma carreira marcada pela quebra de tabus e pela capacidade de usar imagens para discutir temas sociais e culturais.
Desafio às normas sociais
Nascido em Milão, em 28 de fevereiro de 1942, Toscani se destacou desde cedo por seu olhar desafiador. Filho de um fotojornalista, ele cresceu imerso no universo da fotografia e do design, estudando em Zurique, Suíça. Sua carreira tomou um rumo definitivo a partir de 1983, quando começou a trabalhar com a Benetton.
As campanhas publicitárias que Toscani criou para a marca italiana mudaram para sempre a maneira como as empresas usavam a publicidade para se comunicar com o público. Toscani não tinha medo de abordar questões sensíveis e polêmicas. Suas imagens icônicas enfrentaram temas como o racismo, a AIDS, a pena de morte, a guerra e as questões de gênero, forçando as pessoas a refletirem sobre problemas sociais urgentes.
David Kirby, em seu leito de morte (Foto: reprodução/Oliviero Toscani/Benetton)
Entre suas campanhas mais lembradas, uma delas mostrava David Kirby, em seu leito de morte, rodeado por sua família, durante o auge da crise da AIDS nos Estados Unidos. A imagem causou grande controvérsia, mas também gerou uma importante reflexão sobre a doença.
Campanhas que marcaram a história
Entre outras imagens notórias de Toscani, estão a famosa foto de uma mulher negra amamentando uma criança branca, uma freira beijando um padre e até mesmo a imagem de Isabelle Caro, uma modelo com anorexia, em uma campanha que buscava conscientizar o público sobre os perigos dessa doença.
Isabelle Caro em campanha sobre a anorexia (Foto: reprodução/Venturelli/Getty Images Embed)
A campanha de 1991, que trazia a foto de um bebê recém-nascido ainda preso ao cordão umbilical, também causou grande alvoroço, sendo retirada de circulação devido à sua carga emocional e ao desconforto que causou em muitos espectadores.
Toscani acreditava que a verdadeira arte na fotografia acontecia quando a imagem provocava uma reação – seja de curiosidade, interesse ou choque. “Uma foto se torna arte quando provoca uma reação”, dizia ele. Esse princípio se tornou a espinha dorsal de seu trabalho e ajudou a estabelecer o fotógrafo como uma figura central na publicidade.
Legado de ousadia e reflexão
Em seus últimos anos, Toscani continuou a ser uma referência para a indústria criativa, mesmo após se afastar do mercado publicitário. Sua colaboração com a Benetton terminou em 2020, após declarações polêmicas sobre o trágico acidente na ponte de Gênova, o que resultou em um rompimento definitivo com a marca.
Além de seu trabalho com a Benetton, Toscani fundou a revista Colors em 1990, ao lado do designer gráfico Tibor Kalman. A publicação, que se dedicava a questões globais, adotava o slogan “uma revista sobre o resto do mundo”, refletindo a visão de Toscani de que a moda e a publicidade não deveriam apenas promover produtos, mas também provocar debates e discussões sobre o estado do mundo.
Toscani colaborou com várias revistas de prestígio, como Vogue, Elle e Esquire, além de trabalhar com marcas de moda renomadas, como Chanel e Valentino. Seu trabalho transcendia a mera estética da moda, tornando-se um poderoso instrumento de mudança e reflexão.
Últimos dias e despedida
Nos últimos meses de sua vida, Toscani enfrentou a amiloidose com coragem. Em agosto de 2024, ele revelou ao público seu diagnóstico e compartilhou os desafios que enfrentava devido à doença. “Não tenho medo de morrer, desde que não seja doloroso“, afirmou em entrevista. Mesmo em seu leito de morte, Toscani continuou sendo uma figura admirada e respeitada, cuja visão sobre a fotografia e a publicidade permanece relevante.
Após seu falecimento, a Benetton, marca com a qual esteve vinculada por décadas, se despediu de Toscani com um toque de gratidão e reverência. “Para explicar certas coisas, palavras não bastam. Foi isso que você nos ensinou. Adeus, Oliviero. Continue sonhando“, escreveu a marca em suas redes sociais.
Oliviero Toscani será lembrado não apenas como um fotógrafo de campanhas icônicas, mas como um artista que ousou usar a fotografia para questionar as normas sociais, desafiando o público a refletir sobre questões cruciais do mundo contemporâneo. Seu legado permanece vivo, inspirando novas gerações de criadores a pensar além da superfície e a buscar em suas imagens um impacto profundo e duradouro.
Duas décadas depois, a Louis Vuitton revive uma colaboração icônica com o artista japonês Takashi Murakami, em uma nova coleção. A campanha estrelada pela atriz americana Zendaya resgata o legado da parceria e apresenta mais de 200 peças, incluindo bolsas, sapatos, acessórios e até itens exclusivos como skates e fragrâncias.
As imagens promocionais, capturadas pelos fotógrafos holandeses Inez e Vinoodh, capturam a energia moderna e criativa por trás das criações. Zendaya, por sua vez, abusa do styling com as peças da coleção em cenários urbanos, interagindo com personagens e artes criados especialmente para a coleção.
Nova campanha da Louis Vuitton com o artista japonês Takashi Murakami reúne elementos clássicos (Foto: reprodução/Divulgação/Louis Vuitton)
Destaque para o styling que reúne o clássico monograma LV combinado aos gráficos coloridos de Murakami, estampados em criações icônicas da grife, como as bolsas Keepall e Capucines, agora revisitadas a partir de um olhar diferente do artista. Segundo a grife, essa reedição:
“Reúne o compromisso implacável da Louis Vuitton com a criatividade, inovação e savoir-faire com o universo artístico supremamente imaginativo e colorido de Takashi Murakami”.
Quem é Takashi Murakami?
Takashi Murakami, renomado artista plástico japonês, é reconhecido por sua habilidade em mesclar elementos da cultura pop com a tradição artística japonesa. Nascido em Tóquio, no Japão, ele estudou nihonga (estilo tradicional de pintura japonesa que se baseia em convenções artísticas, técnicas e materiais japoneses) na Universidade de Artes de Tóquio, mas ganhou fama internacional por sua estética infantil, vibrante e inovadora, marcada por motivos como flores sorridentes e personagens icônicos.
Takashi Murakami (Foto: reprodução/Julien M. Hekimian/Getty Images Embed)
Suas obras transcendem fronteiras entre arte, design e moda, o que o levou a se tornar uma figura central na cultura visual contemporânea. O artista demonstra em seu trabalho a forte influência na pintura tradicional japonesa, ficção científica, anime e no mercado global de arte, onde é responsável por criar pinturas, esculturas e filmes povoados por motivos repetidos e personagens de sua autoria.
A difusão com a moda fez com que se tornasse um dos ícones dos anos 2000, tendo seu nome em destaque com a primeira parceria com a Louis Vuitton. No Brasil, também marcou presença, onde ganhou uma exposição entre 2019 e 2020, em São Paulo, no Instituto Tomie Ohtake, chamada de Murakami por Murakami.
Colaboração com Louis Vuitton
Em 2003, Murakami iniciou uma parceria histórica com a Louis Vuitton, liderada por Marc Jacobs. Essa colaboração uniu o universo colorido e criativo do artista ao clássico monograma da maison francesa, resultando em peças que se tornaram símbolos dos anos 2000.
Bolsas como a Speedy e a Alma foram reinventadas com padrões multicoloridos e elementos lúdicos, capturando a essência do movimento “Superflat”, idealizado por Murakami. O lançamento foi um sucesso entre as ‘it girls’ da época, como Paris Hilton e Lindsay Lohan, além de ter sido usada no figurino de filmes, como Meninas Malvadas, e no seriado Sex and The City.
Coleção Primavera Verão de 2003 da Louis Vuitton (Foto: reprodução/Vogue Runway)
Essa junção entre o high fashion e a cultura pop representou um momento crucial para a indústria, com o lançamento dessa estética “Superflat”, que foi responsável por unir criatividade ao tradicionalismo e garantir sua entrada para o léxico da moda.
O resultado foi um sucesso de fato, agora, duas décadas depois, essa parceria icônica ganha uma nova cara. Takashi Murakami traz de volta para as peças todo o seu universo colorido, que abusa da alegria e da modernidade para a Vuitton, reafirmando o poder do diálogo entre moda e arte, principalmente do aspecto visual.
Expectativas para a nova edição
Os destaques incluem releituras das bolsas clássicas, como a Keepall e a Capucines, além de novos itens que refletem a fusão do savoir-faire da Louis Vuitton com a visão artística de Murakami. Com uma abordagem moderna, a coleção celebra o diálogo entre arte e moda, mantendo a tradição e a inovação como pilares centrais.
Louis Vuitton x Takashi Murakami (Foto: reprodução/Divulgação/Louis Vuitton)
Para Murakami, a nova edição é uma oportunidade de apresentar sua arte a uma nova geração e reafirmar o impacto cultural de sua parceria com a Louis Vuitton. A maison, por sua vez, reforça sua posição na vanguarda do luxo, unindo criatividade, história e relevância contemporânea.
A coleção já está disponível globalmente, marcando mais um capítulo na história dessa colaboração histórica que continua a inspirar e cativar o mundo da moda e da arte.
Na última quarta-feira (8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o decreto que institui o Prêmio Eunice Paiva de Defesa da Democracia. O ato ocorreu durante uma cerimônia no Palácio do Planalto, marcando dois anos dos ataques antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
A premiação, criada pela Advocacia-Geral da União (AGU) e realizada pelo Observatório da Democracia da AGU, homenageia a memória de Eunice Paiva, jurista e ativista dos direitos humanos, destacada por sua luta contra a ditadura militar no Brasil.
Cerimônia realizada para relembrar os ataques antidemocráticos na Praça dos Três Poderes (Foto: reprodução/Evaristo Sa/Getty Images Embed)
Eunice Paiva: Símbolo de luta pela democracia
Eunice Paiva, esposa do ex-deputado Rubens Paiva, assassinado pelo regime militar em 1971, dedicou sua vida à defesa da democracia e dos direitos humanos.
Sua trajetória foi imortalizada no livro “Ainda Estou Aqui“, escrito por seu filho Marcelo Rubens Paiva, e no filme homônimo, onde a atriz Fernanda Torres interpreta a advogada. Eunice faleceu em 2018, aos 86 anos, mas seu legado continua a inspirar novas gerações.
Sessão internacional do filme ‘Ainda Estou Aqui’ (Foto: reprodução/Amanda Edwards/Getty Images Embed)
Critérios e impacto da premiação
O prêmio será concedido anualmente a personalidades, brasileiras ou estrangeiras, que tenham contribuído de forma notável para a preservação, restauração ou fortalecimento da democracia no Brasil.
Segundo o advogado-geral da União, Jorge Messias, a iniciativa busca exaltar indivíduos que, por meio de sua atuação profissional, intelectual, social ou política, tenham promovido valores fundamentais do Estado Democrático de Direito.
O prêmio “concederá a distinção a pessoas naturais, brasileiras ou estrangeiras, que tenham colaborado de maneira notável para a preservação, restauração ou consolidação da democracia no Brasil, assim como para o avanço dos valores constitucionais do Estado Democrático de Direito”.
Ato Histórico e Significado Político
A cerimônia de criação do prêmio reforçou a importância da luta democrática, destacando a necessidade de resistir ao autoritarismo e valorizar as liberdades civis. Participaram do evento personalidades como o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e netos de Eunice Paiva.
Com o Prêmio Eunice Paiva, o governo federal pretende consolidar ações que celebrem a democracia, promovam os direitos fundamentais e inspirem a sociedade a manter vivo o legado de resistência contra regimes autoritários. A primeira edição da premiação será regulamentada pela AGU ainda no primeiro trimestre de 2025.
A Meta, empresa responsável pelo Facebook, Instagram e Threads, anunciou nesta terça-feira (7) a substituição de seu programa de checagem de fatos nos Estados Unidos por um sistema de Notas da Comunidade.
O modelo é inspirado no já usado pelo X (antigo Twitter), a ferramenta permite que os próprios usuários contribuam para a moderação de conteúdos, adicionando informações a publicações consideradas enganosas.
Meta (Foto: reprodução/Yui Mok/Getty Images Embed)
O que são as Notas da Comunidade?
As Notas da Comunidade são uma iniciativa de moderação colaborativa. Usuários voluntários podem propor notas explicativas para publicações, avaliadas por outros participantes da rede.
Caso uma nota seja amplamente considerada útil e clara, ela será exibida junto à publicação original. Com isso, o sistema busca reduzir a subjetividade e aumentar o alcance das avaliações, funcionando de forma similar à Wikipédia.
Programa de checagem da Meta
Desde 2016, a Meta contava com um programa de checagem de fatos realizados por organizações independentes, como a Reuters e a AFP. Essas parceiras analisavam conteúdos virais nas plataformas e, caso detectassem informações falsas, a Meta aplicava restrições, como redução de alcance ou exibição de alerta.
Com o novo modelo, o foco será em violações de alta gravidade, enquanto conteúdos menos críticos poderão permanecer no ar com correções colaborativas.
Riscos do novo modelo
Especialistas alertam para os perigos de um sistema dependente da “sabedoria das multidões”. Embora possa democratizar a moderação, há o risco de que indivíduos mal-intencionados disseminem desinformação.
Além disso, temas sensíveis, como vacinas, eleições e discursos de ódio, podem ganhar mais espaço nas plataformas, já que as ações da Meta serão menos rigorosas.
Funcionalidade das Notas da Comunidade contra desinformação
Estudos apontam que sistemas como este podem reduzir a disseminação de desinformação em cerca de 20%. Contudo, a eficácia depende da diversidade dos participantes e da imparcialidade das avaliações.
A Meta defende o modelo como mais democrático e menos passível de censura, mas admite que ajustes serão necessários ao longo do tempo.
Impactos e o futuro da moderação de conteúdo
A mudança reflete um movimento da Meta para priorizar a liberdade de expressão, mas levanta dúvidas sobre a segurança informacional dos usuários. Com a implementação gradual nos EUA, a empresa promete aprimorar o sistema antes de expandi-lo globalmente.
Resta saber se as Notas da Comunidade conseguirão equilibrar liberdade de expressão e combate à desinformação.
Na noite deste domingo, 5 de janeiro, Fernanda Torres entrou para a história ao se tornar a primeira brasileira a vencer o prêmio de Melhor Atriz em Filme de Drama no Globo de Ouro 2025. Além de sua conquista marcante, a atriz brilhou durante o tapete vermelho, sendo eleita a mais bem vestida da noite pelo público com um vestido preto fluido de mangas longas, assinado pelo designer belga Olivier Theyskens.
O look, com styling de Antonio Frajado, trouxe um decote nas costas e uma fenda discreta, complementado por joias minimalistas do brasileiro Fernando Jorge. Para a maquiagem, Fernanda optou por tons suaves e iluminados, enquanto o cabelo penteado para trás destacava ainda mais suas expressões marcantes.
Fernanda Torres durante tapete vermelho (Foto: reprodução/Kevin Mazur/Getty Images Embed)
Representação de Eunice através dos looks
O visual sofisticado refletia não apenas sua personalidade, mas também a essência de sua personagem, Eunice Paiva, do filme “Ainda Estou Aqui”. A dupla permaneceu com a estratégia de uma imagem fiel, que transparece o respeito à narrativa da personagem.
Fernanda Torres ao lado de Selton Melo e Walter Sales (Foto: reprodução/Lia Toby/Getty Images Embed)
Fernanda explicou mais sobre essas escolhas no styling em entrevista durante a turnê de divulgação do filme:
“Você não pode ir vestida com uma coisa que não é. E a gente não pode trair a Eunice. A maneira com que me apresento num tapete vermelho tem a ver com o Walter, com a Eunice Paiva, com o filme. Você não pode ir vestida de Cinderela indo mostrar esse filme.”
Momento histórico
Fernanda Torres, intérprete de Eunice Paiva, subiu ao palco do Beverly Hilton Hotel, em Los Angeles, para receber o Globo de Ouro e emocionou ao dedicar sua vitória ao cinema brasileiro. Com essa conquista, ela segue os passos de sua mãe, Fernanda Montenegro, que, 25 anos antes, também representou o Brasil em uma importante premiação internacional.
A obra “Ainda Estou Aqui,” filme original Globoplay e dirigida por Walter Salles, também concorreu como Melhor Filme em Língua Não Inglesa, marcando o retorno do Brasil à premiação após 20 anos. A narrativa sensível e poderosa do longa recebeu elogios globais, reforçando a força do cinema nacional.
A vitória de Fernanda Torres em uma das principais categorias do Globo de Ouro é um marco para a representatividade brasileira em Hollywood. Sua atuação e seu estilo impecável no tapete vermelho a consolidam como um dos grandes nomes do cinema internacional, com chances reais de repetir o sucesso no Oscar 2025.
Zendaya, uma das estrelas mais aguardadas do Globo de Ouro 2025, encantou a todos ao cruzar o tapete vermelho com um vestido volumoso e radiante. A peça, no tom vibrante de laranja, foi confeccionada pela grife francesa Louis Vuitton, em cetim, e destacou-se por sua cauda longa e decote sem alças, que acentuava a silhueta da atriz. A escolha ousada trouxe um ar de princesa moderna ao evento, com sapatos de salto no mesmo tom complementando o visual.
Zendaya escolhe Louis Vuitton e Bulgaria para Tapete vermelho do Golden Globes 2025 (Foto: reprodução/Amy Sussman/Getty Images Embed)
Para completar o look, Zendaya optou por um corte bob clássico na altura do queixo, estilizado com ondas suaves, e uma maquiagem glamourosa em tons de marrom e pêssego. Além da combinação de elementos da joalheria, Bulgari, que completaram o look em uma pegada clássica e sofisticada.
Indicação histórica
A atriz, indicada na categoria de Melhor Atriz em Filme de Comédia ou Musical por seu desempenho em “Rivais”, perdeu a disputa pela estatueta e a chance de se tornar a primeira mulher negra a vencer a categoria em mais de 30 anos. A última vencedora foi Tina Turner, em 1994, pelo filme biográfico What’s Love Got to Do with It.
Essa indicação é um marco importante em sua carreira, consolidando sua posição como uma das artistas mais versáteis de sua geração e sua relevância no cinema e na TV americana.
Noite memorável
O Globo de Ouro 2025, realizado em Los Angeles neste domingo (5), celebra os maiores talentos do cinema e da televisão, com 26 categorias que servem como um termômetro para o Oscar.
Com apresentação da comediante e atriz Nikki Glaser, a cerimônia reforça seu papel como uma das mais prestigiadas premiações da indústria, com diversas categorias que medem a qualidade do cinema internacional.
Zendaya, com seu charme e impacto, não apenas brilhou no tapete vermelho, mas também reafirmou sua importância na luta por representatividade em Hollywood.