Copa do Mundo 2026 tem grupos definidos

A Copa do Mundo de 2026 ganhou novos contornos nesta sexta-feira, após a Fifa realizar, em Washington, o sorteio que definiu os 12 grupos da primeira edição com 48 seleções. O Brasil, cabeça de chave de seu pote, foi alocado no Grupo C e terá pela frente Marrocos, Haiti e Escócia na fase inicial. A caminhada brasileira começará no dia 13 de junho, contra os marroquinos, em uma das cidades do Leste dos Estados Unidos. As opções para sediar os jogos incluem Atlanta, Boston, Miami, Nova York/Nova Jersey e Filadélfia, e a definição exata dos locais será revelada pela entidade neste sábado.

O calendário reserva ainda o segundo confronto brasileiro diante do Haiti, em 19 de junho, seguido pelo duelo contra a Escócia, no dia 24. Em um Mundial expandido e com novas dinâmicas de tabela, a Seleção enfrentará um desafio diferente das últimas edições. Enquanto isso, a competição será aberta em 11 de junho, no Estádio Azteca, com México e África do Sul reeditando o duelo inaugural da Copa de 2010. A final está marcada para 19 de julho, no Estádio MetLife, em Nova Jersey.

Grupos definidos e caminhos possíveis

O sorteio dividiu as equipes em 12 grupos, todos com quatro seleções. Entre os destaques, a presença de França, Argentina, Inglaterra e Espanha como pilares dos grupos principais, seguindo a regra da Fifa de distribuir as quatro seleções de melhor ranking em lados opostos do chaveamento. O Grupo A reúne México, África do Sul, Coreia do Sul e a vaga remanescente da repescagem europeia D. Já o Grupo B contará com o Canadá, além do vencedor da repescagem europeia A, Catar e Suíça.

No Grupo C, o Brasil se junta a Marrocos — semifinalista em 2022 —, ao Haiti e à Escócia. Para avançar como líder, a Seleção precisará confirmar o favoritismo diante de adversários de estilos distintos. Caso cumpra esse objetivo, enfrentará o segundo colocado do Grupo F, que tem a Holanda como cabeça de chave e promete briga intensa pela classificação.

Ao longo dos outros grupos, confrontos equilibrados também surgiram. O Grupo D coloca os Estados Unidos ao lado de Paraguai, Austrália e a repescagem europeia C. A Alemanha encabeça o Grupo E, junto de Curaçao, Costa do Marfim e Equador. Holanda, Japão, Europa B e Tunísia formam o Grupo F, enquanto Bélgica, Egito, Irã e Nova Zelândia compõem o Grupo G. Espanha, Cabo Verde, Arábia Saudita e Uruguai integram o Grupo H; França, Senegal, a repescagem intercontinental 2 e Noruega estão no Grupo I; Argentina, Argélia, Áustria e Jordânia aparecem no Grupo J; Portugal lidera o Grupo K, e Inglaterra aparece no Grupo L.


 Definidos os grupos da Copa do Mundo (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Jess Rapfogel)


Expansão histórica e critérios do sorteio

Esta será a primeira Copa com 48 participantes, e a mudança altera drasticamente o formato da competição. Em vez de oito grupos com quatro seleções, agora são 12. Os dois primeiros colocados de cada chave avançam automaticamente ao mata-mata, assim como os oito melhores terceiros colocados — o que adiciona novas camadas estratégicas à fase inicial.

O sorteio foi realizado mesmo sem a definição de todos os classificados. Até o momento, 42 seleções garantiram vaga direta. As últimas seis serão confirmadas em março, com duas repescagens que colocam europeus e equipes de diferentes continentes em busca das últimas vagas. As repescagens europeias, divididas em quatro chaves, envolvem seleções tradicionais como Itália, Suécia, Polônia e Turquia. Já as repescagens intercontinentais terão RD Congo, Jamaica, Nova Caledônia, Bolívia, Suriname e Iraque disputando dois lugares.

Para organizar o sorteio, a Fifa distribuiu os 48 países em quatro potes, também com 12 equipes cada. Os três anfitriões — México, Canadá e Estados Unidos — estavam automaticamente no Pote 1 e já conheciam seus grupos. As demais nove posições do pote foram preenchidas com base no ranking internacional. A mesma lógica foi aplicada à formação dos outros potes, respeitando a restrição de que apenas duas seleções europeias poderiam ser sorteadas no mesmo grupo.


Representantes de cada País Sede da Copa (Foto: reprodução/X/@FIFAWorldCup)


Próximos passos e datas importantes

A tabela completa, incluindo horários e sedes de cada partida, será divulgada neste sábado em transmissão especial organizada pela Fifa. O evento contará com ex-jogadores e especialistas debatendo o impacto de cada chave e especulando sobre possíveis caminhos até as fases finais. A organização afirmou que levará em conta os fusos horários para favorecer torcedores ao redor do mundo e garantir condições justas para as equipes.

O Mundial terá 104 jogos no total, começando com a partida inaugural no Azteca, em 11 de junho. A última rodada da fase de grupos termina em 27 de junho, e o mata-mata se inicia no dia seguinte. As oitavas de final ocorrerão entre 4 e 7 de julho, seguidas pelas quartas entre 9 e 11. As semifinais serão nos dias 14 e 15, e a disputa do terceiro lugar está marcada para 18 de julho, em Miami. A grande decisão, por sua vez, será em 19 de julho de 2026, no MetLife Stadium.

A partir de agora, as seleções começam a definir cronogramas, estudos de adversários e logística. Para o Brasil, o caminho está traçado, mas o desafio, como sempre, será dentro de campo — e o Mundial expandido promete não dar espaço para descuidos.

Flamengo vence o Ceará, garante título brasileiro antecipado e festeja noite histórica no Maracanã

O Flamengo confirmou sua supremacia no futebol nacional ao vencer o Ceará por 1 a 0, nesta quarta-feira, no Maracanã, e conquistar o Campeonato Brasileiro com uma rodada de antecedência. Em uma noite de arquibancadas lotadas e atmosfera de celebração, o Rubro-Negro coroou mais uma temporada memorável diante de mais de 73 mil torcedores, que ainda comemoravam a recente conquista da Libertadores. O gol decisivo foi marcado por Samuel Lino, ainda no primeiro tempo, em jogada que explodiu o estádio e deu início à festa que se estendeu até depois do apito final.

O resultado levou o Flamengo aos 78 pontos, número inalcançável pelo Palmeiras, vice-líder com 73. Do outro lado, o Ceará saiu de campo pressionado, permanecendo na 15ª posição com 43 pontos e ainda ameaçado pelo rebaixamento. O Vitória, primeiro time dentro do Z-4, soma 42 e mantém a briga acirrada até a última rodada. A partida reforçou a diferença de momentos vividos pelos clubes: enquanto o Fla planeja o Intercontinental no Catar, o Vozão encara uma final de campeonato na luta pela permanência.

Flamengo amplia hegemonia nacional com mais um título

A taça desta quarta-feira marca o nono título brasileiro da história rubro-negra — oito edições do Brasileirão e um triunfo na Copa União. Com isso, o clube se isola como segundo maior campeão nacional, atrás apenas do Palmeiras, que lidera a lista com 12 conquistas. A campanha do Flamengo em 2024/25 foi construída sobre regularidade, elenco forte e a consolidação de um projeto que voltou a colocar a equipe no topo do mundo do futebol.

O jogo que sacramentou a conquista refletiu bem essa trajetória. Desde o apito inicial, o Fla se lançou ao ataque, consciente do que representava a vitória. O Ceará, por sua vez, entrou em campo com uma postura compacta, tentando limitar os espaços e apostando em bolas aéreas esporádicas para surpreender. A estratégia defensiva segurou o ímpeto carioca até os 36 minutos, quando Samuel Lino tabelou com Carrascal e, com tranquilidade, colocou a bola no canto para abrir o placar. Foi o suficiente para incendiar o Maracanã e colocar o título nas mãos do time da casa.

Primeira etapa de domínio e segundo tempo de controle

A vantagem no marcador fez o Flamengo administrar o confronto com inteligência. O ritmo intenso da primeira etapa foi substituído por uma postura mais cadenciada após o intervalo. As substituições feitas pelo técnico Filipe Luís deram novo fôlego ao Ceará, que conseguiu ocupar mais o campo ofensivo. Ainda assim, Rossi pouco trabalhou, já que a zaga rubro-negra mostrou segurança para afastar qualquer chance de susto maior.

Mesmo com espaço para contra-atacar, o Flamengo não conseguiu ampliar o placar, mas não precisou. A gestão do resultado foi eficiente, e o apito final confirmou a festa que já se desenhava desde o início da noite. A torcida, que marcou o maior público da temporada no Maracanã, transformou o estádio em um mar vermelho e preto para celebrar mais uma conquista.


Melhores momentos da vitória do Flamengo (Vídeo: reprodução/YouTube/geTV)


Lideranças históricas e a era Filipe Luís

O título também reforçou a marca de grandes nomes da história recente rubro-negra. Arrascaeta e Bruno Henrique, remanescentes da geração vitoriosa de 2019, somaram seu 17º troféu pelo clube, alcançando um patamar poucas vezes atingido por jogadores no futebol brasileiro. Eles superam lendas e dividem espaço com nomes igualmente emblemáticos, como Zico, Júnior e Gabigol, que aparecem logo atrás na lista de maiores campeões.

Outro destaque é Filipe Luís, que coleciona conquistas em ritmo acelerado desde que assumiu o comando técnico em outubro de 2024. O treinador já faturou cinco títulos em pouco mais de um ano, consolidando um estilo de jogo consistente e agressivo, que devolveu ao Flamengo a aura de protagonismo permanente.


Flamengo garantiu o título no Maracanã (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Buda Mendes)


Próximos compromissos

Com o título garantido, o Flamengo encara o Mirassol na última rodada apenas para cumprir tabela. A partida, originalmente marcada para domingo, pode ser antecipada para sábado, já que o clube acelerará a viagem rumo ao Catar para a disputa do Intercontinental. Um time alternativo deve ser escalado. O Ceará, porém, tem decisão pela frente. A equipe enfrenta o Palmeiras em casa e precisa vencer para não depender de outros resultados na luta contra o rebaixamento.

São Paulo se recupera, vence o Internacional e encaminha vaga no G-8

O São Paulo virou a página da derrota sofrida na rodada anterior e mostrou força em uma atuação segura diante do Internacional, em duelo válido pela 37ª rodada do Brasileirão. Jogando na Vila Belmiro, o Tricolor construiu uma vitória por 3 a 0 sem maiores dificuldades, resultado que consolida a equipe na oitava colocação e mantém vivo o sonho de avançar ao G-8, caso ele seja aberto após a final da Copa do Brasil. Os gols foram marcados por Sabino, Maik e Luciano, cada um em momento decisivo do confronto.

A vitória foi construída com autoridade desde os primeiros minutos. O time paulista entrou em campo com postura dominante, sem se abalar pelo revés diante do Fluminense na semana anterior. O controle das ações permitiu ao São Paulo criar boas oportunidades logo no início, embora Luciano tenha desperdiçado duas cabeçadas claras. Ainda assim, o time encontrou seu caminho para abrir o placar em uma jogada trabalhada na bola parada, que abriu espaço para uma atuação tranquila ao longo dos 90 minutos.

Tricolor mostra maturidade e abre vantagem cedo

A necessidade de dar uma resposta imediata ao vexame da rodada passada fez o São Paulo entrar ligado no duelo. A equipe comandada por Thiago Carpini se impôs com velocidade e marcação firme, ocupando o campo ofensivo e empurrando o Internacional para trás. Mesmo que Luciano tenha falhado nas primeiras tentativas, o ritmo permaneceu intenso.

O gol inaugural saiu em um lance ensaiado, após cobrança precisa de Ferreira pelo lado esquerdo. Sabino, bem posicionado, subiu mais alto que a defesa colorada e testou firme para o fundo das redes, inaugurando o placar. A partir daí, o Inter tentou se reorganizar, mas mostrou fragilidade nas transições e muita dificuldade para reagir, mesmo com espaço para atacar.

A melhor chance gaúcha na etapa inicial aconteceu quando Bernabéi avançou, superou o goleiro Rafael e ficou perto de empatar. O desfecho, no entanto, acabou sendo marcado pela intervenção heroica de Maik, que salvou em cima da linha. Poucos minutos depois, o próprio garoto apareceu no ataque: recebeu passe de Bobadilla e arriscou forte, em chute que desviou em Juninho antes de morrer no fundo do gol, ampliando a vantagem tricolor.


Melhores momentos da vitória tricolor (Vídeo: reprodução/YouTube/geTV)


Luciano fecha o placar e Rafael garante segurança

O retorno para o segundo tempo trouxe um São Paulo disposto a finalizar de vez o duelo. Com apenas dois minutos, Marcos Antônio enxergou Luciano infiltrando na área e serviu o camisa 10, que, com categoria, deu uma cavadinha para superar Rochet e transformar a vitória em goleada.

Com a superioridade estabelecida, o Tricolor reduziu o ritmo e administrou o resultado. O Internacional, então, teve mais posse de bola e produziu algumas finalizações perigosas. Bruno Gomes e Bernabéi tentaram reacender o time, mas Rafael, em noite inspirada, garantiu a solidez defensiva com ao menos quatro intervenções importantes. Abel Braga, que estreava à frente da equipe gaúcha, realizou mudanças, mas nenhuma delas mudou o panorama da partida.


São Paulo volta avencer no Brasileirão (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Alexandre Schneider)


Cenários opostos para a última rodada

O triunfo levou o São Paulo aos 51 pontos, mantendo o clube firme na oitava colocação. A equipe só pode ser igualada pelo Red Bull Bragantino, que enfrenta justamente o Internacional na rodada final. Para permanecer em oitavo, um empate diante do Vitória no Barradão será suficiente. Já para chegar à Libertadores, o Tricolor dependerá do título da Copa do Brasil ficar entre Cruzeiro e Fluminense — ambos situados acima dele na tabela.

O Internacional, por sua vez, vive situação extremamente delicada. Com a derrota, estacionou nos 41 pontos e caiu para a 18ª posição, chegando à rodada decisiva sem depender apenas de si. Para escapar, precisa vencer o Bragantino fora de casa e torcer contra outros concorrentes diretos. Vitória, Fortaleza, Santos e Ceará ainda figuram na disputa contra a queda, deixando o clima colorado ainda mais tenso.

Arsenal mantém liderança, Leeds surpreende o Chelsea e Liverpool tropeça na Premier League

A 14ª rodada da Premier League, disputada nesta quarta-feira (3), entregou exatamente o que se espera de um dos campeonatos nacionais mais acirrados do mundo: intensidade, bolas na rede e mudanças significativas na classificação. Ao todo, seis partidas movimentaram o dia, mas três delas concentraram as maiores atenções — Arsenal x Brentford, Chelsea x Leeds United e Liverpool x Sunderland. Os duelos envolveram equipes em momentos distintos, porém todas diretamente interessadas em seus objetivos no campeonato, resultando em um total de 17 gols marcados.

Neste cenário vibrante, o Arsenal reafirmou sua solidez ao manter a liderança, mesmo sob pressão do vice-líder Manchester City. O Leeds, por sua vez, alcançou sua vitória mais importante na temporada até agora, deixando a zona de rebaixamento com autoridade diante de um Chelsea irregular. Já o Liverpool viveu uma noite de susto em Anfield, esbarrando no organizado Sunderland, que esteve muito perto de registrar uma vitória histórica fora de casa, algo que não acontece há mais de quatro décadas.

Arsenal confirma favoritismo e domina o Brentford

No Emirates Stadium, o Arsenal entrou em campo disposto a controlar o jogo desde os primeiros minutos — e conseguiu. Foi logo na etapa inicial que Mikel Merino aproveitou cruzamento milimétrico de Ben White e, de cabeça, abriu o placar para os líderes do campeonato. O gol deu tranquilidade aos comandados de Mikel Arteta, mas o Brentford não se abateu e chegou perto do empate em duas oportunidades perigosas. Em ambas, a trave e o goleiro David Raya impediram que os visitantes igualassem o marcador.

O segundo tempo seguiu com o Arsenal administrando a posse de bola, construindo jogadas com paciência e mantendo o Brentford sob controle. Apesar de desperdiçar algumas chances claras, a equipe londrina só conseguiu sacramentar a vitória no final da partida, quando Bukayo Saka encontrou espaço na área e ampliou para 2 a 0. O resultado colocou o Arsenal com 33 pontos, cinco a mais que o segundo colocado Manchester City, enquanto o Brentford permanece em 13º, com 19 pontos.

O próximo desafio dos líderes será neste sábado, às 9h30, contra o Aston Villa fora de casa. Já o Brentford tenta reagir no mesmo dia, às 12h, diante do Tottenham, em Londres.


Melhores momentos da vitória dos Gunners em Londres (Vídeo: reprodução/YouTube/ESPN)


Leeds surpreende, domina e afunda o Chelsea

No Elland Road, a atmosfera era de urgência para o Leeds United, que precisava vencer para deixar a zona de rebaixamento. E a equipe correspondeu. Logo no início, Jaka Bijol abriu o placar após cobrança de escanteio precisa de Anton Stach. A vantagem cedo deu confiança ao time da casa, que seguiu pressionando e impedindo o Chelsea de se encontrar em campo. A falta de reação dos visitantes custou caro: pouco antes do intervalo, Ao Tanaka recebeu na entrada da área e ampliou com um chute certeiro.

O Chelsea voltou do intervalo com mudanças importantes, tentando retomar o controle do jogo. E conseguiu diminuir o prejuízo após cruzamento de Jamie Gittens para Pedro Neto, que apareceu na segunda trave e marcou. No entanto, qualquer esperança de virada se desfez rapidamente. Dominick Calvert-Lewin aproveitou erro de Tosin Adarabioyo e completou para o fundo da rede, decretando o 3 a 1 para o Leeds.

Com o triunfo, o Leeds chegou a 14 pontos e finalmente saiu do Z-3, assumindo a 17ª posição. O Chelsea, por sua vez, caiu para o quarto lugar, estacionado nos 24 pontos. Na próxima rodada, os Blues visitam o Bournemouth no sábado, enquanto o Leeds recebe o Liverpool novamente em Elland Road.


 Chelsea perde fora de casa para o Leeds (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Oli SCARFF)


Sunderland surpreende e pressiona, mas Liverpool busca empate

O duelo em Anfield prometia ser tranquilo para o Liverpool, mas o Sunderland mostrou rapidamente por que tem sido a sensação da temporada entre os recém-promovidos. Em um jogo equilibrado, os visitantes aproveitaram erro de Van Dijk e abriram o placar com Talbi, após chute desviado que enganou o goleiro. O gol colocou os Black Cats próximos de um feito histórico: vencer os Reds como visitante pela primeira vez em 42 anos.

Mesmo com mais posse, o Liverpool encontrou dificuldades para furar a marcação adversária e só conseguiu reagir nos minutos finais. Florian Wirtz, muito pressionado por atuações recentes, arriscou jogada individual na área; a finalização desviou em Mukiele e morreu no fundo da rede, sendo anotada como gol contra. O 1 a 1 evitou um revés traumático, mas expôs fragilidades do time de Anfield.

Real Madrid vence com autoridade e segue na caça ao Barcelona na LaLiga

O Real Madrid reencontrou o caminho das vitórias no Campeonato Espanhol ao superar o Athletic Bilbao, em partida antecipada da 19ª rodada da competição. Com atuação sólida e ampla superioridade técnica, a equipe comandada por Xabi Alonso manteve seu embalo na disputa pela liderança, reduzindo a pressão e permanecendo a apenas um ponto do rival Barcelona. O resultado também reforça o momento decisivo de Mbappé, protagonista absoluto da noite ao marcar dois gols e conduzir o time madrilenho a mais um triunfo convincente.

A vitória refletiu não apenas o bom desempenho ofensivo, mas também a evolução coletiva do Real nos últimos compromissos. Dominante desde os primeiros minutos, o time conseguiu acelerar o jogo, trabalhar as jogadas com inteligência e controlar o ritmo da partida diante de um adversário que, apesar de algumas chegadas perigosas, não encontrou consistência para ameaçar a solidez da equipe merengue. O Athletic, por sua vez, permaneceu na oitava colocação da tabela com 20 pontos e busca reencontrar o equilíbrio para se manter na disputa por posições mais altas.

Mbappé brilha novamente e empurra o Real Madrid para a vitória

O primeiro gol saiu cedo e deu o tom do que seria o duelo. Logo aos seis minutos, Alexander-Arnold mudou o lado da jogada com lançamento preciso. Mbappé recebeu com liberdade, avançou em diagonal e finalizou com categoria da entrada da área para abrir o marcador. A jogada, construída com velocidade e precisão, desestabilizou o Athletic e deu ao Real um controle ainda maior das ações.

O atacante francês seguiria sendo o protagonista da noite. Ainda no primeiro tempo, participou da construção do segundo gol. Após boa troca de passes, Trent cruzou com precisão e Mbappé desviou de cabeça para deixar Camavinga em posição privilegiada, diante do gol vazio. O volante completou a jogada e ampliou a vantagem merengue, consolidando o domínio da equipe antes do intervalo.

O Athletic até reagiu em alguns momentos, principalmente com Guruzeta, que parou em grande defesa de Courtois, e em investidas de Nico Williams, sempre perigoso pelo lado esquerdo. No entanto, faltou profundidade e poder de decisão para transformar essas chegadas em algo que colocasse o Real em real dificuldade.


Mbappé é o artilheiro do Real Madrid na temporada (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Juan Manuel Serrano Arce)


Segundo tempo confirma superioridade

Na volta do intervalo, o Bilbao tentou adiantar suas linhas e pressionar mais a saída de bola rival. Jauregizar, em chute forte de média distância, obrigou Courtois a trabalhar. Mas, apesar do esforço, o Real Madrid manteve o controle emocional do jogo e mostrou maturidade para administrar o placar enquanto esperava o momento certo para ampliar.

Esse instante chegou aos 13 minutos da etapa final. Em contra-ataque rápido, Carreras acionou Mbappé, que dominou na entrada da área e chutou de primeira, com precisão, no canto. O belo arremate representou não apenas o terceiro gol do Real na partida, mas também o sexto gol do francês de fora da área na temporada. Mbappé alcançou 55 gols em 2025 e está a apenas quatro de igualar Cristiano Ronaldo como maior artilheiro merengue em um único ano, marca estabelecida em 2013.

A partir do terceiro gol, o Real passou a controlar o embate com tranquilidade. O time reduziu o ritmo, manteve a posse de bola e neutralizou as investidas do Bilbao, que já não conseguia encontrar espaços nem intensidade para reagir.


Melhores momentos da vitória do time Merengue (Vídeo: reprodução/YouTube/ESPN)


Próximos compromissos na La Liga

Com o resultado, o Real Madrid chega a 36 pontos e se mantém firme na perseguição ao líder Barcelona, que soma 37. No domingo (7), a equipe de Xabi Alonso volta ao Santiago Bernabéu para enfrentar o Celta de Vigo, em duelo fundamental para manter a pressão na ponta da tabela.

O Athletic Bilbao, por sua vez, terá um desafio igualmente importante. No sábado (6), às 17h (de Brasília), enfrenta o Atlético de Madrid pela 15ª rodada da La Liga. O objetivo dos bascos é reagir rapidamente para não se afastar da luta por vagas nas competições europeias na próxima temporada.

Barcelona reage, vira sobre o Atlético de Madrid e mantém liderança de LaLiga

O Barcelona voltou a demonstrar personalidade e poder de reação ao vencer o Atlético de Madrid por 3 a 1, nesta terça-feira, no Camp Nou. A partida, válida de forma antecipada pela 19ª rodada do Campeonato Espanhol, começou com sustos para o time catalão, que sofreu o primeiro gol ainda no início. No entanto, a equipe comandada soube controlar a pressão, ajustar o ritmo e conduzir a virada com atuações decisivas de Raphinha, Dani Olmo e Ferrán Torres.

O duelo foi marcado por grande intensidade, com as duas equipes apostando em lançamentos longos e ataques rápidos. A estratégia gerou espaços e trouxe dinamismo ao confronto, especialmente no primeiro tempo. Mesmo diante da desvantagem inicial, o Barcelona manteve domínio territorial e mostrou maturidade para reverter o cenário, garantindo o triunfo que o mantém isolado na liderança de LaLiga.

Atleti sai na frente, mas Barça reage com rapidez

O Atlético de Madrid encontrou o primeiro gol aos 19 minutos, quando Álex Baena aproveitou lançamento preciso, avançou às costas da defesa catalã, driblou o goleiro Joan García e completou para o fundo da rede. O lance acelerou o ritmo da partida e obrigou o Barcelona a buscar alternativas para retomar o controle.

A resposta não demorou. Apenas sete minutos depois, Pedri enxergou um espaço entre os marcadores e lançou Raphinha dentro da área. O atacante brasileiro dominou com tranquilidade, deixou Oblak no chão e tocou para empatar. A virada quase veio ainda no primeiro tempo: Lewandowski sofreu pênalti em jogada de Dani Olmo, mas cobrou por cima do gol, desperdiçando a chance de alargar o placar antes do intervalo.


Melhores momentos da vitória do Bracelona (Vídeo: reprodução/YouTube/ESPN)


Dani Olmo brilha, mas deixa o campo lesionado

Na volta para o segundo tempo, o Barcelona manteve a postura ofensiva e encontrou seu segundo gol logo nos minutos iniciais. Dani Olmo tabelou com Lewandowski na entrada da área e finalizou com precisão, marcando um dos lances mais bonitos da partida. O meia, no entanto, caiu de mau jeito ao concluir a jogada e lesionou o ombro, precisando ser substituído poucos instantes depois.

Mesmo com a saída do camisa 10, o time não perdeu o ritmo. A equipe permaneceu organizada, trocando passes com paciência e evitando que o Atlético recuperasse o domínio territorial. A partir daí, o jogo ficou mais cadenciado, mas ainda marcado por espaços generosos deixados pelas duas defesas.


 Barcelona vence o Atlético de Madrid no Camp Nou  (Foto: reprodução/Getty Images Embed/LLUIS GENE)


Ferrán Torres fecha a conta e garante vitória tranquila

Nos acréscimos, o Barcelona aproveitou mais uma falha de cobertura da defesa visitante. Balde avançou pela esquerda, levantou a cabeça e encontrou Ferrán Torres completamente livre na área. O atacante finalizou na saída de Oblak e selou a vitória aos 50 minutos do segundo tempo, colocando números finais no duelo.

Com o resultado, o Barcelona chega aos 37 pontos e fortalece sua posição na liderança do Campeonato Espanhol. O Real Madrid, que enfrenta o Athletic Bilbao nesta quarta-feira, pode reduzir a diferença para apenas um ponto caso vença fora de casa. Na próxima rodada, o Barça encara o Real Betis, enquanto o Atlético de Madrid terá pela frente justamente o Athletic. O time merengue, por sua vez, volta a campo no domingo contra o Celta de Vigo. A vitória confirma a crescente consistência do Barcelona em momentos decisivos da temporada e reforça a disputa intensa pela ponta de LaLiga, que promete seguir acirrada nas próximas semanas.

Ronald Araújo pede afastamento para cuidar da saúde mental e desfalca o Barcelona

O Barcelona vive um momento tenso às vésperas de um dos confrontos mais aguardados do Campeonato Espanhol. Ronald Araújo, um dos líderes da defesa catalã, pediu afastamento das atividades para cuidar da saúde mental. A decisão foi comunicada ao clube nesta segunda-feira, em reunião envolvendo o jogador e seus representantes, após dias de especulações sobre sua ausência nos treinamentos.

O uruguaio garantiu estar fisicamente bem, mas deixou claro que necessita de um período para recuperar o equilíbrio emocional. O pedido chega uma semana depois de sua expulsão na derrota por 3 a 0 para o Chelsea, pela quinta rodada da Champions League, em Stamford Bridge, episódio que desencadeou forte pressão externa e interna. Inicialmente, o Barcelona informou que o defensor estava afastado devido a um vírus estomacal, mas jornais espanhóis revelaram que o motivo era outro: uma delicada questão psicológica.

Ausência nos treinos gera explicações e alerta interno

Araújo não participa das atividades desde o dia 25 de novembro, data da partida em Londres. Desde então, a ausência prolongada começou a levantar questionamentos entre torcedores e imprensa. Nesta segunda-feira, o jornal Sport divulgou que o zagueiro enfrentava problemas emocionais, e a informação foi posteriormente confirmada pelo Mundo Deportivo, reforçando a gravidade do momento vivido pelo atleta.

Durante coletiva matinal, o técnico Hansi Flick foi breve ao comentar o caso. Visivelmente preocupado, o treinador pediu respeito ao defensor e reforçou que a situação exige sensibilidade. Sem entrar em detalhes, Flick deixou claro que Araújo não está em condições de treinar ou entrar em campo, preservando a privacidade do uruguaio.

A fala do treinador também acendeu um alerta dentro do clube, que já demonstrava preocupação com a sobrecarga emocional de alguns atletas após uma sequência de resultados irregulares na temporada. Para Araújo, contudo, o peso das críticas recentes parece ter ultrapassado os limites aceitáveis.

Erros decisivos e pressão crescente sobre o zagueiro

A expulsão contra o Chelsea não foi o primeiro episódio recente que colocou Araújo no centro de críticas contundentes. Em abril, o uruguaio recebeu cartão vermelho direto contra o Paris Saint-Germain, pelas quartas de final da Champions League, quando o Barcelona vencia por 1 a 0. Com um jogador a menos, o time cedeu à pressão e acabou derrotado por 4 a 1, sendo eliminado da competição.

Na ocasião, o meia alemão Ilkay Gündogan fez declarações duras, atribuindo ao lance de Araújo parte da responsabilidade pela eliminação. O comentário gerou repercussão imediata entre imprensa e torcedores, e desde então o defensor passou a ser cobrado com ainda mais intensidade em momentos decisivos.

Somando episódios consecutivos de frustração, a carga emocional sobre o atleta atingiu níveis preocupantes. Embora tenha histórico de resiliência e dedicação, a sequência de falhas em jogos importantes e a resposta pública negativa parecem ter contribuído para um desgaste significativo.


Ronald Araújo na expulsão contra os Blues (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Pedro Salado)


Barcelona foca no Atlético enquanto espera a recuperação

Enquanto Araújo recebe apoio do clube e permanece afastado, o Barcelona se concentra no duelo desta terça-feira contra o Atlético de Madrid, no Camp Nou, em confronto adiantado da 19ª rodada de La Liga. A partida, marcada para as 17h (de Brasília), é vista como crucial para manter viva a disputa pelo topo da tabela.

Mesmo sem uma de suas principais peças defensivas, a equipe pretende apresentar uma resposta sólida em campo. Internamente, dirigentes e comissão técnica afirmam que a prioridade é garantir que Araújo se recupere plenamente, sem pressões para retorno imediato.

A situação trouxe à tona um debate importante no futebol de alto rendimento: a necessidade de atenção à saúde mental dos atletas, frequentemente expostos a críticas intensas e cobranças constantes. No caso de Araújo, o Barcelona reforça que o clube está comprometido em oferecer todo suporte possível, permitindo que o uruguaio retorne apenas quando se sentir preparado.

Brasil deve sediar Copa América Feminina em 2026 como evento-teste para o Mundial

O Brasil está perto de confirmar a realização de uma edição especial da Copa América Feminina em 2026, proposta apresentada pela Conmebol durante reunião do conselho da entidade, realizada na última semana em Lima. A sugestão, de acordo com relatos, foi recebida positivamente pelo presidente da CBF, Samir Xaud, que sinalizou interesse em transformar o torneio em um grande evento-teste para a Copa do Mundo Feminina, sediada no país em 2027 pela primeira vez na história.

A competição ocorreria em meio à temporada e serviria como importante avaliação das estruturas que serão utilizadas no Mundial. A ideia é aproveitar parte dos estádios que estarão na rota da Copa do Mundo e observar o funcionamento operacional, além de preparar equipes de apoio, logística e segurança. Embora as conversas ainda estejam em andamento, o projeto avança com otimismo dentro da entidade sul-americana.

Conmebol vê torneio como passo estratégico para 2027

A proposta da Conmebol surge em um momento de expansão do futebol feminino na América do Sul e tem como objetivo fortalecer o calendário continental antes do Mundial. A edição mais recente da Copa América foi disputada no Equador, em 2024, e vencida pelo Brasil, que atuou em três estádios localizados em Quito. A experiência positiva na organização equatoriana impulsionou a ideia de repetir o torneio no ano seguinte, em um país que receberá a maior competição do planeta.

Até 2022, a Copa América Feminina era classificatória para a Copa do Mundo, mas o cenário mudou com a criação da Liga das Nações da Conmebol. A disputa, que termina em 2026, garantirá duas vagas diretas e duas de repescagem para o Mundial. Como país-sede, o Brasil já tem presença assegurada e, por isso, não participa do torneio continental classificatório.

Realizar a Copa América no país permitiria à seleção brasileira competir em casa diante da torcida, além de manter ritmo de jogo e testar novas formações. Para a Conmebol, o torneio também funcionaria como ferramenta de promoção da modalidade e preparação das demais seleções sul-americanas.


Brasil é o atual Campeão da Copa América Feminina (Foto: reprodução/X/@futdasminass)


Estádios do Mundial devem receber jogos da Copa América

A expectativa é que o torneio utilize parte das estruturas que estarão envolvidas no Mundial. O Brasil terá oito cidades como palco da Copa do Mundo de 2027: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Recife, Fortaleza, Salvador, Brasília e Porto Alegre. Todas contam com arenas que atendem aos padrões exigidos pela FIFA e já estão em processo de planejamento para o evento global.

O Maracanã, que será o palco da abertura e da final da Copa do Mundo, desponta como possível candidato para sediar também partidas decisivas da Copa América Feminina. Embora nada esteja fechado, a CBF pretende alinhar as escolhas de estádios ao cronograma das obras de adequação e aos testes necessários para garantir excelência em 2027.

Os jogos devem ocorrer no meio do ano, em período que não deverá interferir no andamento do calendário regular dos clubes. A confederação trabalha para conciliar datas, evitar conflito de competições e assegurar boa logística para deslocamentos entre as sedes.

CBF quer Rio e Brasília na disputa pela final da Libertadores 2027

Além da Copa América Feminina, a CBF aproveitou a reunião da Conmebol para sugerir que Rio de Janeiro e Brasília entrem na disputa pela final da Libertadores de 2027. Assunção, no Paraguai, e La Plata, na Argentina, também manifestaram interesse. A escolha deverá ocorrer mais adiante, mas o Brasil busca ampliar sua participação na rota de grandes decisões sul-americanas.

Enquanto isso, a edição de 2025 da final da Libertadores já tem sede definida: Montevidéu, no Uruguai. A entidade pretende manter o formato de jogo único em campo neutro, que vem sendo adotado desde 2019.

Com negociações ainda abertas, a realização da Copa América Feminina em 2026 se desenha como movimento estratégico para consolidar o Brasil como centro do futebol feminino mundial. Caso confirmada, a competição marcará o início de uma sequência histórica de eventos que promete transformar o país em vitrine global do esporte.

Flamengo faz história no Peru e se torna o primeiro tetracampeão brasileiro da Libertadores

O Flamengo escreveu um novo capítulo de ouro na sua trajetória continental na tarde deste sábado, no Estádio Monumental de Lima. Com uma atuação segura, intensa e emocionalmente carregada, o time comandado por Filipe Luís derrotou o Palmeiras por 1 a 0 e ergueu sua quarta taça da Copa Libertadores da América. O feito, além de recolocar o clube no topo do continente, também o torna o primeiro brasileiro a alcançar tamanho número de conquistas na história do torneio.

A vitória ganha contornos ainda mais simbólicos porque veio em clima de reencontro com o passado. Quatro anos depois da dolorosa derrota para o próprio Palmeiras na final de 2021, o Flamengo conseguiu sua revanche, desta vez com autoridade. O gol solitário — anotado por Danilo na segunda etapa — coroa não apenas a campanha rubro-negra, mas também uma jornada pessoal marcada pela superação, revelada pelo zagueiro logo após o apito final.

O início da festa e a redenção rubro-negra

O jogo começou travado, com marcação firme dos dois lados e poucas oportunidades claras nos primeiros minutos. O Flamengo demonstrou mais iniciativa na criação, apostando no trio ofensivo composto por Bruno Henrique, Carrascal e Samuel Lino, enquanto Arrascaeta ditava o ritmo no meio-campo. Mesmo assim, o Palmeiras conseguiu ajustar as linhas e equilibrou o duelo ao longo da etapa inicial, principalmente após chegada perigosa de Vitor Roque.

A tensão do primeiro tempo ganhou peso extra com a forte entrada de Pulgar em Bruno Fuchs. A jogada causou reclamações intensas dos palmeirenses, mas o árbitro argentino Dario Herrera optou apenas pelo cartão amarelo depois de consultar a dinâmica da jogada. O lance paralisou a partida por alguns minutos, aumentando a temperatura no Monumental.

Ainda antes do intervalo, Bruno Henrique quase abriu o placar em um disparo pela esquerda, mas a defesa alviverde conseguiu evitar o gol. O equilíbrio permaneceu até o fim da etapa inicial, mantendo a decisão em aberto para o segundo tempo.


Melhores momentos d vitória do Flamengo (Vídeo: reprodução/YouTube/geTV)


O gol histórico: Danilo sobe ao topo da América

No retorno para a etapa final, o Flamengo voltou com postura mais agressiva. Bruno Henrique continuou explorando os flancos e Arrascaeta passou a encontrar mais espaço para distribuir o jogo. Em meio a esse cenário, quem brilhou foi Danilo. Aos 20 minutos, após escanteio cobrado por Arrascaeta, o zagueiro subiu mais alto que toda a defesa palmeirense para cabecear com precisão e balançar as redes de Carlos Miguel.

O gol não apenas colocou o Flamengo em vantagem como reescreveu a história do defensor. Além de marcar o tento que decidiu a Libertadores, Danilo alcançou um feito raríssimo: tornou-se o primeiro jogador bicampeão da Libertadores e da Champions League. Momentos após o término da partida, ele revelou a emoção de viver a conquista em meio ao luto pela morte de uma tia na véspera da final, dedicando o título e o gol à família.

O Palmeiras tentou reagir e até teve boa chance com Vitor Roque já nos minutos finais, mas parou na marcação rubro-negra. O Flamengo controlou as ações até o apito final, garantindo o triunfo e a celebração incontida de sua imensa torcida.


Danilo fez o gol do título da Libertadores  (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Rodrigo Valle)


Um clube no panteão dos maiores da América

Com a conquista deste sábado, o Flamengo alcança um espaço nobre no cenário continental. Agora tetracampeão, iguala River Plate e Estudiantes, ficando atrás apenas de Independiente, Boca Juniors e Peñarol no ranking dos maiores vencedores da Libertadores. Entre os brasileiros, ultrapassa Palmeiras, São Paulo, Santos e Grêmio, todos com três títulos.

A campanha também rendeu ganhos financeiros expressivos: ao somar premiações por cada etapa, o clube termina o torneio com R$ 178,2 milhões adicionados ao seu caixa. Apenas a final valia US$ 24 milhões, montante que amplia ainda mais o impacto do título para a instituição.

Filipe Luís, por sua vez, alcança marca especial. O ex-lateral tornou-se o nono nome a vencer a Libertadores como jogador e treinador. Campeão pelo Flamengo em 2019 e 2022 dentro de campo, agora ele celebra sua primeira taça no comando técnico, consolidando uma ascensão meteórica na nova função.

Revanche, futuro mundial e o lado palmeirense

O triunfo rubro-negro em Lima também serviu como resposta esportiva às frustrações vividas em 2021, quando Andreas Pereira escorregou no lance que resultou no título palmeirense na prorrogação. O meio-campista, curiosamente, vestiu a camisa do Palmeiras nesta final, tornando ainda mais simbólica a reviravolta na história.

Com a taça conquistada, o Flamengo volta a ter a chance de lutar por um título mundial. Eliminado no torneio da Fifa no meio do ano, o time agora disputará a Copa Intercontinental no Catar, onde buscará coroar uma temporada que já entrou para a história.

Do lado palmeirense, resta a disputa pelo Campeonato Brasileiro. Vice-líder da competição, o Verdão ainda sonha com a taça nacional, mas depende de tropeços justamente do Flamengo nas duas rodadas finais.

Em Lima, no entanto, a noite ficou marcada pela festa rubro-negra. Com o gol de Danilo, a emoção de um elenco em sintonia com sua torcida e o comando preciso de Filipe Luís, o Flamengo reencontrou a glória eterna e reafirmou seu lugar de protagonista absoluto no futebol sul-americano.

Crise no São Paulo: Casares assume erros, antecipa mudanças e projeta reconstrução para 2026

O São Paulo vive um de seus momentos mais turbulentos dos últimos anos após a derrota por 6 a 0 para o Fluminense, no Maracanã, pela 36ª rodada do Campeonato Brasileiro. Abalado pelo resultado e pressionado interna e externamente, o presidente Julio Casares concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira e admitiu falhas no planejamento da temporada, além de anunciar mudanças profundas no departamento de futebol. A goleada precipitou a saída do diretor de futebol, Carlos Belmonte, e dos adjuntos Nelson Marques Ferreira e Fernando Bracalle Ambrogi, abrindo espaço para uma reformulação que, segundo ele, já estava desenhada para ocorrer ao fim do ano.

Nos dois primeiros momentos da coletiva, o presidente adotou tom de responsabilidade compartilhada. Para Casares, a crise que tomou conta do clube não é fruto de decisões isoladas, mas sim de um conjunto de escolhas equivocadas. Ele destacou que, apesar da pressão por impeachment vinda de parte da oposição, recebeu apoio da coalizão que o sustenta politicamente e disse confiar na capacidade de entregar um balanço financeiro positivo, que serviria de base para um 2026 mais competitivo. “Me sinto parte integrante deste momento. A responsabilidade é coletiva. Do presidente, da diretoria, da comissão técnica e dos atletas”, afirmou.

Mudanças antecipadas e novo modelo de gestão

A derrota no Rio de Janeiro acelerou um processo de transição que, de acordo com Casares, aconteceria após o término do Brasileirão. A saída de Belmonte e dos demais membros da diretoria de futebol abriu espaço para que Rui Costa, executivo contratado anteriormente, assumisse a liderança do setor ao lado de Muricy Ramalho, que permanecerá como coordenador.

O presidente também explicou a participação crescente de Marcio Carlomagno, superintendente que ele define como “CEO” do clube. Segundo Casares, Carlomagno não assume o papel de diretor de futebol, mas estará presente para auxiliar na consolidação da profissionalização do clube, assim como já faz em outros departamentos. Ele reforçou que, com a nova estrutura, nenhum conselheiro atuará diretamente no futebol, que será comandado exclusivamente por profissionais contratados.

Visivelmente abalado com o momento, o presidente voltou a admitir frustrações. Disse que o clube viveu um “momento desastroso” diante do Fluminense e que não havia alternativa senão antecipar o processo de mudança estrutural. A ideia, segundo ele, é preparar o São Paulo para ter uma temporada mais sólida em 2026, corrigindo as falhas de gestão que se acumularam no ano atual.


Melhores momentos da goleada sofrida do tricolor paulista (Vídeo: reprodução/YouTube/geTV)


Crespo nos planos e repercussão de críticas internas

Durante a coletiva, Casares tratou da situação do técnico Hernán Crespo, considerado peça central no planejamento traçado para o futuro. O presidente afirmou acreditar na permanência do treinador, que participa das decisões voltadas para o próximo ano. A expectativa da diretoria é que Crespo continue no comando e ajude a implementar o novo ciclo.

Casares também respondeu sobre as declarações recentes de Luiz Gustavo, que expôs frustrações após a goleada. O presidente minimizou a fala do volante, dizendo que interpreta seu desabafo como reflexo do sentimento coletivo. Ele observou que o jogador não culpou indivíduos, mas destacou a necessidade de correções amplas. Em vários momentos, Casares ressaltou que o elenco enfrentou problemas sérios ao longo da temporada, como um número elevado de lesões — 15 ao total, o que, segundo ele, prejudicou substancialmente o nível de competitividade da equipe.

Outro ponto discutido foi a conversa realizada entre Rui Costa e Luiz Gustavo. Para Casares, a situação foi conduzida internamente e serviu para reforçar que o clube precisa encarar seus erros de forma conjunta, sem apontar culpados individuais. O presidente voltou a frisar que, apesar das críticas, mantém confiança na comissão técnica e nos profissionais responsáveis pela preparação física e médica.


Hérnan Crespo sendo anúnciado pelo Julio Cazares (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Ricardo Moreira)


Erros, temporada frustrante e papel do “CEO” no futuro

Ao falar sobre os erros cometidos, Casares evitou listar falhas específicas, mas reconheceu que delegou demais e que o planejamento esportivo não foi bem executado. Ele mencionou reforços que sofreram lesões graves e comprometeram a estratégia inicial, além de lamentar o impacto do calendário apertado, que dificultou ajustes ao longo do ano. Segundo o presidente, 2024 já havia sido difícil, e a goleada sofrida apenas acentuou um cenário que já exigia mudanças profundas.

Casares também voltou a comentar o papel de Marcio Carlomagno no processo de reestruturação. Ele afirmou que o superintendente possui sólida experiência em gestão e orçamento, atributos essenciais para o plano de médio prazo do clube. O presidente destacou que, em instituições associativas como o São Paulo, a capacidade de combinar gestão de pessoas com conhecimento técnico é fundamental — algo que, segundo ele, Carlomagno reúne.

Com a temporada chegando ao fim e o São Paulo acumulando decepções, Casares decidiu fazer um “mea culpa” público. Ele reconheceu que a equipe teve momentos de reação, mas ficou aquém das expectativas. Ainda assim, disse acreditar na união interna e garantiu que já conversa com dirigentes e profissionais para consolidar o novo caminho.

O São Paulo agora tenta se reorganizar antes de concluir o Brasileirão, ao mesmo tempo em que inicia, de forma antecipada, sua preparação para 2026. A crise escancarou falhas, mas também forçou decisões que, segundo a diretoria, serão fundamentais para um processo de reconstrução mais sólido. O futuro imediato continua repleto de questionamentos, mas o clube aposta que a reestruturação pode recolocar o time no caminho da competitividade.