Barcelona goleia no retorno ao Camp Nou e assume liderança de LaLiga

O Barcelona viveu uma tarde de celebração e autoridade em seu reencontro com o Camp Nou. Neste sábado, a equipe comandada por Hansi Flick goleou o Athletic Bilbao por 4 a 0 e assumiu a liderança de LaLiga, aproveitando a margem aberta antes da partida do Real Madrid, que joga apenas no domingo. A atuação segura, eficiente e intensa fez o torcedor catalão reviver o ambiente de um estádio que, mesmo em obras, recebeu cerca de 45 mil pessoas e pulsou como nos melhores momentos.

O triunfo também marcou um retorno simbólico. Desde maio de 2023, o Camp Nou não recebia uma partida oficial, e a volta não poderia ter sido mais marcante. Com gols de Lewandowski, Fermín López e dois de Ferran Torres, o Barça mostrou força coletiva, soube acelerar quando necessário e neutralizou as investidas mais perigosas do adversário basco. A equipe saiu aplaudida e deixou uma sensação clara: está de volta à disputa pelo título com protagonismo.

Intensidade desde o apito inicial e vantagem construída cedo

O Barcelona iniciou a partida com postura agressiva, imprimindo ritmo forte desde os primeiros segundos. A pressão alta logo surtiu efeito, obrigando o Athletic Bilbao a errar saídas de bola e dando ao time da casa o controle territorial que tanto buscava. Com apenas três minutos de jogo, Lewandowski abriu o placar ao aproveitar uma jogada bem trabalhada pela direita. O polonês, atento e rápido, finalizou com precisão para colocar os catalães em vantagem.

A partir do gol, o Barça manteve o domínio, alternando posse consciente com transições rápidas. O Athletic tentou responder, principalmente pela velocidade de seus pontas, mas parou em Joan García, que fez intervenções importantes na reta final da primeira etapa. O goleiro mostrou segurança, evitando que o adversário crescesse emocionalmente no jogo.

Quando tudo indicava que o intervalo chegaria com apenas um gol de diferença, Ferran Torres apareceu para ampliar. Em finalização aparentemente controlável, Unai Simón falhou e permitiu o 2 a 0. O lance esfriou qualquer reação bilbaína e aumentou a confiança dos mandantes, que entraram no vestiário com vantagem justa e construída com imposição.


Melhores momentos da goleada do Barça no retorno ao Camp Nou (Vídeo: reprodução/YouTube/ESPN)


Segundo tempo controlado e atuação coletiva que empolga

A volta para o segundo tempo manteve o Barcelona em ritmo firme, mas com maior controle e menos necessidade de acelerar. Com o Athletic Bilbao mais exposto, tentando diminuir o prejuízo, o Barça encontrou espaços para transitar com troca de passes rápidas e infiltrações. Fermín López, sempre participativo entre as linhas, marcou o terceiro após boa construção pelo meio. Sua finalização certeira mostrou maturidade de quem segue conquistando espaço na equipe principal.

O quarto gol veio novamente dos pés de Ferran Torres, que vive fase goleadora e demonstrou confiança ao completar uma jogada em velocidade. O atacante vem se consolidando como uma das figuras mais regulares do time nesta temporada, aproveitando bem as oportunidades e imprimindo intensidade nas ações ofensivas.

Com o placar já encaminhado, o Barcelona administrou a vantagem, rodou a bola e esfriou qualquer tentativa de reação dos visitantes. O Athletic Bilbao criou poucas chances reais no segundo tempo e novamente encontrou Joan García bem posicionado quando conseguiu finalizar. A defesa catalã, por sua vez, mostrou solidez, controlando as ações sem grandes sustos.


Barcela estreia a temporada em sua casa (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Alex Caparros)


Retorno ao Camp Nou marca nova fase e liderança momentânea

Mais do que os três pontos, o Barcelona celebrou um momento simbólico. O retorno ao Camp Nou, ainda em obras, trouxe energia renovada ao clube e aproximou o time de sua identidade histórica. O público, embora menor do que o habitual devido à capacidade reduzida, fez muito barulho e transformou o reencontro em uma festa.

O resultado deixa o Barça na liderança de LaLiga, superando o Real Madrid na tabela. Ambos têm a mesma pontuação, mas a vitória deste sábado amplia a vantagem momentânea dos catalães, enquanto aguardam o duelo dos merengues contra o Elche no domingo, às 17h. A disputa promete ser intensa, mas o desempenho diante do Athletic Bilbao indica que o Barcelona está preparado para brigar até o fim.

A goleada por 4 a 0, construída com autoridade e equilíbrio, reforça o momento positivo do elenco e dá sinais de que o trabalho de Hansi Flick está no caminho certo. O Camp Nou voltou a pulsar — e o Barcelona, ao que tudo indica, também.

Chelsea vence, Forest surpreende e rodada da Premier League esquenta disputa por vagas no topo

A Premier League retornou neste sábado (22) para a 12ª rodada trazendo uma sequência de partidas que mexeram diretamente nas pontas opostas da tabela. Logo às 09h30, Burnley e Chelsea abriram o dia no Turf Moor, num duelo que marcou a ascensão do time londrino à vice-liderança após uma vitória por 2 a 0 longe de casa. Os Blues controlaram o jogo com autoridade e mostraram evolução em setores que vinham sendo criticados, especialmente no ataque, que enfim encontrou fluidez e equilíbrio.

A parte da tarde ampliou a emoção com cinco confrontos simultâneos às 12h. Bournemouth, Brighton, Fulham, Liverpool e Wolverhampton entraram em campo em compromissos que foram desde viradas dramáticas até tropeços inesperados. A combinação dos resultados redesenhou o meio da tabela e acentuou a disputa pelas primeiras posições, com equipes reforçando pretensões europeias enquanto outras tentam escapar da zona de ameaça.

Chelsea consolida força e abre a rodada com vitória segura

O dia começou com a atuação sólida do Chelsea, que venceu o Burnley por 2 a 0 fora de casa, chegando à vice-liderança da competição. Mesmo com a pressão inicial do time anfitrião, os londrinos demonstraram organização tática e souberam controlar o ritmo da partida. O triunfo reforça o crescimento da equipe, que se mantém firme na corrida pelo título e mantém boa sequência no campeonato.

Com o resultado, os Blues atingem uma marca importante neste início de temporada e dão sinais de consistência. Já o Burnley, que tentou equilibrar as ações, deixou o gramado sob vaias da própria torcida, ampliando a preocupação em relação ao desempenho defensivo, que voltou a apresentar falhas decisivas.


Chelsea vence fora de casa (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Nathan Stirk)


Bournemouth reage, Brighton vira, Fulham respira e Sunderland

A tarde reservou histórias distintas e cheias de nuances. No Vitality Stadium, Bournemouth e West Ham protagonizaram um empate movimentado em 2 a 2. Os visitantes chegaram a abrir dois gols de vantagem com Callum Wilson, mas permitiram a reação dos mandantes, que empataram com Ünal e Tavernier. O resultado deixa o Bournemouth na sétima posição, agora com 19 pontos, consolidando uma campanha estável. Para o West Ham, o empate tem sabor agridoce: sai momentaneamente da zona de rebaixamento, subindo para o 17º lugar, mas ainda demonstra fragilidade defensiva.


Bournemouth e West Ham ficaram apenas no empate (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Richard Heathcote)


Em Brighton, o clima foi de alívio e tensão. Os donos da casa bateram o Brentford por 2 a 1 em um jogo decidido nos detalhes. Igor Thiago abriu o placar para os visitantes, mas Welbeck e Hinshelwood comandaram a virada. O atacante brasileiro ainda teve a chance de empatar no fim, mas desperdiçou um pênalti que poderia mudar o desfecho da tarde. A vitória leva o Brighton aos 19 pontos e à quinta colocação, mantendo o time firme na luta por vaga no G-4, enquanto o Brentford estaciona em 16 pontos, no 12º posto.


Melhores momentos da vitória do Brighton (Vídeo: reprodução/YouTube/ESPN)


No Craven Cottage, o Fulham conseguiu um triunfo importante diante do surpreendente Sunderland. Raúl Jiménez marcou o gol da vitória por 1 a 0 já nos minutos finais, resultado que dá à equipe londrina um respiro significativo na briga contra a parte baixa da tabela. Com 14 pontos, o Fulham abre distância do Leeds, primeiro time da zona de rebaixamento, que tem 11. O Sunderland, sensação da temporada, caiu para o sexto lugar, ficando com 19 pontos.

Nottingham calou Anfield, enquanto Wolves afunda

O resultado mais impactante do dia aconteceu em Anfield. O Nottingham Forest derrotou o Liverpool por 3 a 0, conquistando sua primeira vitória fora de casa no campeonato e impondo ao time de Salah a sexta derrota em 12 jogos. Murillo, Savona e Gibbs-White foram os responsáveis pelo placar surpreendente, construído com eficiência e aproveitamento das falhas defensivas do adversário.


Liverpool perde em casa para o Forest (Vídeo: reprodução/YouTube/ESPN)


Mesmo com o retorno de Alisson, que voltou após dois meses lesionado, o Liverpool teve dificuldade para transformar posse de bola em finalizações perigosas. O time chegou a registrar 80% de domínio no primeiro tempo, mas não conseguiu furar a barreira montada pelo Forest. A derrota derruba ainda mais o moral da equipe, que segue irregular e distante da zona de classificação europeia. O Nottingham, por outro lado, sobe para a 16ª posição e respira fora da zona de perigo.

Fechando a faixa das 12h, o Crystal Palace venceu o Wolverhampton por 2 a 0, fora de casa, com gols de Muñoz e Yéremy Pino. O triunfo coloca a equipe de Oliver Glasner dentro do G-4, alcançando 20 pontos e consolidando uma arrancada surpreendente. O Wolves segue em situação dramática, com apenas dois pontos somados em 12 jogos, isolado na lanterna e sem sinais de reação.

Chelsea vence o Burnley e assume vice-liderança provisória da Premier League

O Chelsea conquistou uma vitória importante na tarde deste sábado ao superar o Burnley por 2 a 0, no Turf Moor, e assumir momentaneamente a vice-liderança da Premier League. O resultado confirma o crescimento recente da equipe de Londres, que conseguiu impor seu ritmo desde os primeiros minutos e saiu de campo com três pontos fundamentais na disputa pelas primeiras posições da tabela.

Com uma atuação eficiente, os comandados de Enzo Maresca demonstraram controle tático, paciência e objetividade para aproveitar as oportunidades criadas. O Burnley, em situação delicada no campeonato, encontrou dificuldades para reagir ao gol sofrido ainda no primeiro tempo e viu o adversário administrar o jogo com maturidade, ampliando a vantagem na etapa final para sacramentar o triunfo.

Primeiro tempo de domínio azul e Pedro Neto decisivo

O Chelsea mostrou desde o início que não estava disposto a perder tempo. Com transições rápidas e marcação alta, a equipe londrina neutralizou as tentativas de saída de bola do Burnley, forçando erros e recuperando a posse com frequência no campo ofensivo. Esse comportamento permitiu ao time criar superioridade numérica pelos lados, especialmente pelo setor esquerdo.

Aos 36 minutos, o esforço ganhou recompensa. Adarabioyo percebeu o avanço de Cucurella e lançou o lateral em profundidade. O espanhol dominou, levantou a cabeça e acionou Gittens, que chegava livre pela linha de fundo. O cruzamento rasteiro encontrou Pedro Neto posicionado entre os zagueiros, e o atacante português completou para o fundo da rede, abrindo o placar e coroando o bom desempenho coletivo dos Blues.

O Burnley, pressionado pela própria campanha irregular, tentou responder nos minutos seguintes, mas esbarrou na falta de criatividade e na imposição física do meio-campo adversário. O goleiro Petrovic, praticamente sem trabalho, assistiu de longe aos esforços frustrados dos donos da casa. O Chelsea, por sua vez, seguiu tocando a bola com tranquilidade, evitando riscos desnecessários e mantendo o controle emocional da partida.


Burley e Chelsea se enfrentaram na Premier League (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Nathan Stirk)


Burnley afunda no segundo tempo

Na volta do intervalo, o cenário não mudou muito. O Burnley até tentou adiantar suas linhas e buscar mais presença ofensiva, mas faltou precisão nas trocas de passe e profundidade pelos corredores. A defesa londrina, bem postada, conseguiu conter as investidas com relativa facilidade, enquanto o setor ofensivo explorava os espaços deixados pela equipe mandante.

A entrada de alguns jogadores mais descansados deu fôlego ao Chelsea, que passou a administrar a vantagem com maior tranquilidade, alternando momentos de posse longa e escapadas rápidas em contra-ataques. A torcida local lamentava a dificuldade do time em encontrar soluções, especialmente diante de um adversário que não se expôs em momento algum.

Quando o relógio caminhava para os minutos finais, o golpe definitivo veio dos pés de Enzo Fernández. Em jogada bem construída pelo meio, o argentino recebeu livre próximo da área, fez o domínio orientado e bateu colocado, sem chances para o goleiro. O 2 a 0 selou o triunfo e deu a segurança necessária para a equipe apenas esperar o apito final.


Melhores momentos da vitória dos Blues (Vídeo: reprodução/YouTube/ESPN)


Situação na tabela e pressão entre os líderes

Com a vitória, o Chelsea chegou aos 23 pontos, ultrapassando o Manchester City e assumindo momentaneamente a vice-liderança da Premier League. A equipe agora se coloca a apenas três pontos do líder Arsenal, que ainda entra em campo na rodada e sente a pressão da aproximação dos rivais.

Para o Burnley, o revés aumenta a preocupação. Permanecendo com 10 pontos, o time pode terminar o fim de semana dentro da zona de rebaixamento, dependendo dos resultados dos concorrentes diretos. A falta de reação diante de adversários mais fortes acende um alerta, principalmente pela dificuldade em criar jogadas e pela fragilidade defensiva mostrada em momentos decisivos.

O Chelsea, por outro lado, mantém sua trajetória ascendente e segue mostrando evolução sob o comando de Maresca. O triunfo fora de casa, com controle tático e eficácia, reforça a confiança da equipe na briga por posições de destaque na temporada — e coloca ainda mais tempero na disputa pelo topo da Premier League.

Lamine Yamal mira uma temporada ainda mais marcante em 2026

A temporada passada consolidou Lamine Yamal como uma das figuras mais impactantes do futebol mundial. Aos 18 anos recém-completados em julho, o atacante do Barcelona e da seleção espanhola já convive com expectativas dignas de veteranos. Depois de conquistar o troféu de melhor jogador da Espanha em 2024/25, oferecido pelo jornal Marca, o jovem deixou claro que não pretende limitar suas ambições. Questionado sobre quais títulos mais desejava levantar em 2026 — Champions League, Copa do Mundo ou Bola de Ouro — ele resumiu seu objetivo com poucas palavras, mas enorme confiança: “Eu quero tudo. Tomara que eu consiga tudo. Enquanto pudermos jogar, é possível conseguir”.

A resposta reforça a mentalidade competitiva de um atleta que tem quebrado recordes desde sua estreia profissional e que vive uma curva ascendente impressionante. Para superar nomes consolidados como Vini Jr., Mbappé e Raphinha na disputa pelo prêmio individual, Yamal precisou demonstrar regularidade, decisões técnicas precisas e uma maturidade incomum para sua idade. Ele reconhece que acumular conquistas tão cedo é algo que alimenta sua motivação, além de abrir novos horizontes para o futuro.

Apesar da crescente fama, Yamal mantém foco na temporada atual, em que o Barcelona ainda busca maior consistência. A equipe treinada por Hansi Flick ocupa a vice-liderança de LaLiga, com 28 pontos, três a menos que o líder Real Madrid. Em meio à disputa intensa, Yamal tem sido peça central no sistema ofensivo, acumulando atuações decisivas e assumindo responsabilidades compatíveis com seu talento emergente. Este sábado marca um momento simbólico para o clube: a volta oficial ao Camp Nou, agora reformado, em jogo diante do Athletic de Bilbao. Para o atacante, o reencontro com a casa blaugrana pode ser determinante para fortalecer a confiança do elenco.

A consolidação de um fenômeno global

O prêmio de melhor jogador da Espanha não foi conquistado por acaso. Yamal encerrou a última temporada com atuações que misturaram criatividade, velocidade e eficiência, características que o transformaram em um dos principais protagonistas do futebol europeu. Sua ascensão meteórica chamou atenção não só no cenário nacional, mas também entre torcedores e analistas internacionais, que o apontam como um dos candidatos naturais a dominar o esporte nos próximos anos.

O fato de superar jogadores como Mbappé e Vini Jr., dois dos nomes mais influentes do futebol contemporâneo, reforça o impacto que Yamal já causa. A maneira como ele equilibra ousadia e consciência tática desperta comparações com grandes atacantes do passado, mas o jovem busca trilhar trajetória própria. O reconhecimento individual, segundo ele, serve como combustível para manter o alto nível, mas não substitui a prioridade por conquistas coletivas.

Enquanto isso, o Barcelona tenta reencontrar o padrão de excelência que marcou sua história recente. A chegada de Hansi Flick trouxe uma filosofia mais dinâmica e intensa, que aos poucos começa a ser assimilada pelo elenco. Yamal, adaptado desde cedo a diferentes estilos de jogo, tem se mostrado um dos atletas mais preparados para absorver as exigências do treinador alemão, desequilibrando em duelos individuais e ampliando sua influência na criação das jogadas.


Atacante Lamine Yamal do Barcelona (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Stuart Franklin)


A volta ao Camp Nou como impulso para a reta final

Depois de meses atuando em Montjuic, o retorno ao Camp Nou representa mais do que um simples reencontro com o estádio. Para Yamal e seus companheiros, trata-se de recuperar uma atmosfera única, que historicamente impulsiona o time em momentos decisivos. “A torcida conta muito. Jogamos em um campo que não era nosso. Montjuic era bom, mas não era o que queríamos. O Camp Nou será um apoio muito grande para todos e somará muito para o que falta da temporada”, destacou o atacante.

O duelo contra o Athletic de Bilbao, válido pela 13ª rodada da LaLiga, ocorre às 12h15 (de Brasília) e promete clima especial não apenas para os torcedores, mas também para o grupo que busca reduzir a diferença para o Real Madrid. A mobilização interna é grande, e Yamal desponta como um dos líderes técnicos para esta fase do campeonato.

O cenário atual indica que o jovem astro encara 2026 como uma oportunidade única para transformar potencial em hegemonia. Com ambições claras, apoio da torcida e papel crescente no Barcelona, Yamal reúne condições para fazer da temporada um marco em sua carreira. Se vai conquistar “tudo”, como deseja, o tempo dirá — mas o caminho que ele trilha já o coloca entre os personagens centrais do futebol moderno.

Vasco encaminha renovação de Rayan e dobra multa rescisória para manter joia em São Januário

O Vasco da Gama deu um passo decisivo para assegurar a permanência de uma de suas principais promessas. O clube avançou nas conversas para renovar o contrato do atacante Rayan, de 19 anos, e estabelecer um novo acordo com validade até o fim de 2028. Além da ampliação do vínculo, o jogador também deve receber um reajuste salarial significativo, acompanhando sua ascensão no elenco e o interesse crescente no mercado internacional. A informação foi divulgada inicialmente pelo jornalista Lucas Pedrosa.

A discussão sobre os termos finais ainda está em andamento, mas o otimismo é grande em São Januário. A nova proposta não apenas estende a relação entre clube e atleta, como também define uma multa rescisória bem mais alta do que a atual. A diretoria cruz-maltina considera o movimento estratégico para proteger um ativo importante, especialmente em um período em que a concorrência europeia está cada vez mais atenta às revelações do futebol brasileiro.

O ponto central da negociação é a multa rescisória, que deve ser elevada para 80 milhões de euros — montante que gira em torno de R$ 497,5 milhões na cotação atual. O valor representa o dobro da multa anterior, estipulada em 40 milhões de euros (aproximadamente R$ 248,7 milhões) no acordo firmado em abril deste ano, válido até dezembro de 2026. Embora pagamentos integrais de multa sejam raros no futebol contemporâneo, a revisão fortalece consideravelmente a posição do Vasco em possíveis tratativas futuras.

Novos valores e impacto no mercado

A atualização contratual coloca Rayan em um novo patamar, tanto esportivo quanto financeiro. A elevação da multa rescisória funciona como uma blindagem contra investidas imediatas e reforça a avaliação do clube sobre o potencial do atacante. Com apenas 19 anos, ele já despertou o interesse de gigantes europeus ao longo de 2024, como Barcelona, Porto, Arsenal e Bayern de Munique.

O cenário de sondagens constantes serviu de alerta para a diretoria cruz-maltina, que atua para evitar que o jogador deixe São Januário por valores considerados abaixo de seu potencial. A medida também é um recado ao mercado: Rayan é visto como peça central no planejamento esportivo e econômico do Vasco para os próximos anos.

A nova multa não inviabiliza negociações futuras, mas garante que qualquer proposta parta de um patamar elevado. Para um clube que busca estabilidade financeira e competitividade, ter controle sobre um ativo jovem e valorizado representa um movimento estratégico fundamental. O reajuste salarial que acompanha a renovação é outro ponto importante, uma vez que reconhece o protagonismo crescente do atleta no elenco principal.


Rayan marcou um gol na vitória do Vasco contra Fortaleza no Brasileirão (Vídeo: reprodução/X/@footureFC)


Pressão esportiva e busca por reação imediata

Fora do ambiente administrativo, o momento esportivo exige respostas rápidas. O Vasco vive uma sequência de quatro derrotas consecutivas no Campeonato Brasileiro e vê a necessidade urgente de recuperação. A equipe comandada por Fernando Diniz busca estancar a má fase e reencontrar o caminho das vitórias na reta final da temporada.

Rayan, peça ofensiva importante, volta a campo neste domingo (23), às 16h (de Brasília), na Arena Fonte Nova, pela 35ª rodada do Brasileirão. O duelo contra o Bahia ganha peso adicional, já que o Vasco precisa reagir de imediato para afastar qualquer risco maior na tabela e recuperar confiança no momento decisivo da competição.

A expectativa é de que o clima de renovação e valorização do jovem atacante também contribua para motivá-lo dentro de campo. Apesar da pressão atual, o jogador segue sendo visto como um dos pilares do futuro vascaíno, capaz de entregar desempenho esportivo e, mais adiante, retorno financeiro expressivo.


Rayan a jovem promessa do Vasco (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Lucas Figueiredo)


Planejamento e preservação do futuro

Com a renovação encaminhada, o Vasco demonstra uma postura mais firme em relação à gestão de seus talentos. O clube, que viveu recentemente períodos turbulentos, tenta consolidar uma nova fase com decisões de médio e longo prazo. Blindar Rayan é parte desse projeto, que envolve reconstrução, cuidado com patrimônio e ambição esportiva.

A formalização do acordo nas próximas semanas deve selar um ciclo importante na estratégia vascaína. Para a torcida, representa um sinal de esperança: o clube se movimenta para manter seus destaques e enfrentar a concorrência internacional de maneira mais segura. Para Rayan, é a oportunidade de continuar sua evolução em um ambiente onde ganhou espaço, confiança e responsabilidade. Em um momento decisivo da temporada, a notícia da renovação aponta para um futuro promissor dentro e fora de campo — e reforça que o Vasco, apesar dos desafios, trabalha para recuperar protagonismo no cenário nacional.

Fortaleza surpreende o Bahia em duelo intenso e conquista triunfo vital na luta contra o Z-4

O Fortaleza viveu uma noite de precisão, resiliência e coragem ao derrotar o Bahia por 3 a 2, nesta quinta-feira, em um confronto que manteve torcedores presos às arquibancadas e às telas até o último lance. Num duelo marcado por alternâncias e ritmo frenético, o time cearense mostrou força mental para suportar a pressão do adversário que apresenta o melhor aproveitamento como mandante no Brasileirão. Além disso, explorou com eficiência os contragolpes para construir um resultado crucial na luta contra o rebaixamento.

O triunfo levou o Leão do Pici aos 34 pontos e estendeu sua invencibilidade para seis partidas, recolocando esperança em um momento decisivo da temporada. Apesar da atmosfera hostil na Arena Fonte Nova e da insistência ofensiva tricolor, Bareiro, Herrera e Deyverson protagonizaram a noite nordestina. Do outro lado, Willian José e Tiago descontaram para os donos da casa, que deixaram escapar a chance de se aproximar do G-5.

Primeiro tempo aberto, chances para os dois lados

A etapa inicial foi pautada por intensidade e poucas interrupções. Bahia e Fortaleza entraram dispostos a ditar o ritmo desde o primeiro minuto, proporcionando uma partida vibrante. Os anfitriões, com postura agressiva e linhas adiantadas, criaram mais volume no campo de ataque. As principais jogadas surgiam pelo lado esquerdo, onde Erick Pulga era acionado com frequência. Ele, inclusive, protagonizou a melhor chance do time baiano no período, finalizando dentro da área para defesa espetacular de Brenno, que evitou o gol com um reflexo impressionante.

O Fortaleza, porém, tinha um trunfo: velocidade e precisão nos contra-ataques. Com transições rápidas e bem coordenadas, a equipe cearense encontrava espaços às costas da defesa tricolor. Bareiro, o destaque ofensivo da noite, quase abriu o placar logo aos 10 minutos, mas seu gol foi anulado por impedimento. Pouco depois, aos 23, o atacante paraguaio recebeu de Breno Lopes, finalizou com força e viu a bola explodir no travessão. Seria o prenúncio do que viria em seguida.

Aos 29, Herrera apareceu com liberdade pela direita e cruzou na medida para Bareiro, que não desperdiçou desta vez. O gol esfriou o Bahia, que passou a demonstrar certa desorganização defensiva. Aproveitando o momento, o Fortaleza ampliou aos 35 minutos: Pochettino encontrou Herrera infiltrando como elemento-surpresa, e o camisa 9 completou com precisão para fazer 2 a 0, aumentando ainda mais o nervosismo dos anfitriões.


Tricolor baiano perde para o Leão do Pici na Arena Fonte Nova (Vídeo: reprodução/YouTube/geTV)


Bahia reage com mudanças, mas Fortaleza resiste e mata o jogo

O segundo tempo manteve o mesmo roteiro movimentado. O Bahia voltou com maior posse de bola, embora encontrasse dificuldades para penetrar na área adversária. A entrada de Everton Ribeiro tornou o time mais criativo, abrindo caminhos pelo setor central. Logo na primeira jogada construída com o meia, Erick Pulga apareceu cara a cara com Brenno, mas mandou para fora desperdiçando uma chance clara de reduzir o placar.

Aos 18 minutos, o cenário mudou: Ademir foi derrubado por Pochettino dentro da área, e Willian José converteu o pênalti com categoria, reacendendo o ânimo da torcida. A partir daí, o Bahia intensificou a pressão, empurrando o Fortaleza contra o próprio campo. No entanto, a equipe visitante manteve seu foco nas transições rápidas e conseguiu ser novamente letal. Aos 29, Herrera realizou grande jogada individual e serviu Deyverson, que marcou o terceiro do Leão do Pici, silenciando momentaneamente a arena.

O Bahia não desistiu. Além de duas chegadas perigosas de Acevedo e um quase gol contra de Gazal, a equipe conseguiu diminuir novamente aos 43 minutos. Everton Ribeiro cobrou escanteio de forma inteligente, Ademir rolou para Tiago e o volante finalizou no canto, deixando o placar em 3 a 2 e acendendo os minutos finais da partida.

Nos acréscimos, emoção pura: Pikachu desperdiçou oportunidade clara de contra-ataque para matar o jogo, enquanto Willian José, no último lance, finalizou rente à trave de Brenno, arrancando suspiros da torcida baiana. Nada disso, porém, foi suficiente para impedir a vitória cearense.


Fortaleza e Bahia na Arena Fonte Nova (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Sports Press Photo)


Situação das equipes e próximos compromissos

Com o resultado, o Fortaleza ganhou fôlego e passou a somar 34 pontos, ocupando a 18ª posição e ficando a apenas três do Santos, primeiro time fora da zona da degola. A sequência positiva reacende as expectativas do torcedor na busca pela permanência na elite.

O Bahia, por sua vez, caiu para sétimo lugar, estacionando nos 53 pontos e se afastando momentaneamente da briga direta por vaga no G-5, que hoje tem o Botafogo como líder da corrida. As duas equipes voltam a campo no domingo. O Bahia recebe o Vasco, novamente na Arena Fonte Nova, às 16h. Já o Fortaleza encara o Atlético-MG, às 18h30, no Castelão.

Jogo de seis gols termina sem vencedor e complica planos de Juventude e Cruzeiro

A tarde desta quinta-feira, no Alfredo Jaconi, ofereceu espetáculo, mas frustração. Juventude e Cruzeiro protagonizaram um duelo vibrante, repleto de alternâncias no placar e lances de emoção, porém encerrado com um empate em 3 a 3 que pouco ajudou as ambições de ambos na reta final do Campeonato Brasileiro. O confronto, que prometia caminhos distintos para cada lado, acabou mantendo o time gaúcho dentro da zona do rebaixamento e freando a aproximação dos mineiros na briga pelas primeiras posições.

A partida teve brilho individual de dois personagens: Gabriel Taliari, pelo Juventude, e Kaio Jorge, pelo Cruzeiro. Ambos balançaram as redes duas vezes, influenciando diretamente o ritmo e as reviravoltas do encontro. Ainda assim, as atuações decisivas não foram suficientes para transformar o desempenho ofensivo em resultado efetivo, seja para a luta do Juve contra o descenso ou para o sonho cruzeirense de ultrapassar concorrentes diretos na parte de cima da tabela.

Antes da primeira metade da etapa inicial, o Juventude já havia desenhado um cenário promissor. Com 15 minutos, o placar apontava 2 a 0 para os mandantes. Marcelo Hermes inaugurou o marcador em jogada articulada com Taliari, surpreendendo Cássio com um chute direto para a meta. Logo depois, o próprio Taliari escapou nas costas da defesa mineira e ampliou. O ritmo do time de Caxias do Sul mostrava intensidade, articulação rápida e boa leitura de espaços.

Primeiro tempo movimentado e reação tardia da Raposa

O Cruzeiro demorou a se encontrar. Antes mesmo do Juventude abrir vantagem, Gabigol havia desperdiçado oportunidade clara ao chutar desequilibrado. A equipe celeste sofria com a falta de compactação e encontrava dificuldade para conter as investidas pelos lados. A postura reativa quase custou caro, já que Jadson teve chance de marcar o terceiro, mas parou em boa defesa de Cássio aos 38 minutos.

O momento de respiro para os visitantes surgiu pouco depois. Aos 41, William cobrou falta pela esquerda, e Sinisterra apareceu bem posicionado para cabecear e diminuir a diferença. O gol despertou a Raposa, que ainda viu Lucas Romero e Nenê tentarem, de longe, surpreender Jandrei. No último instante antes do intervalo, a igualdade quase veio quando Kaiki cabeceou firme, exigindo grande intervenção do goleiro alviverde.

Apesar da melhora, o Cruzeiro foi para o vestiário ainda buscando consistência, enquanto o Juventude lamentava não ter aproveitado melhor as oportunidades criadas.


Juventude e o Cruzeiro ficaram apenas no empate em Caxias (Vídeo: reprodução/YouTube/geTV)


Reviravoltas, brilho individual e pressão final

Na volta do intervalo, o Cruzeiro parecia determinado a mudar a história do jogo. Lucas Romero arriscou chute perigoso, anunciando um segundo tempo mais agressivo dos mineiros. O empate veio rapidamente: aos sete minutos, Japa cruzou, Kaiki ajeitou, e Kaio Jorge — artilheiro do Campeonato Brasileiro — completou para o gol.

A resposta do Juventude, porém, veio com a mesma intensidade. Taliari voltou a aparecer com protagonismo e, após cruzamento preciso, recolocou o time gaúcho em vantagem. O atacante viveu tarde inspirada, combinando movimentação inteligente com capacidade de decisão, e foi o principal nome da equipe comandada por Thiago Carpini.

Com o novo revés, o técnico do Cruzeiro promoveu alterações buscando maior controle e presença ofensiva. O Juventude, por sua vez, recuou linhas e priorizou a proteção da própria área, tentando resistir à pressão. A estratégia poderia ter funcionado, não fosse o faro goleador de Kaio Jorge, que novamente apareceu aos 41 minutos da etapa final para empatar o placar.

Os minutos restantes foram de tensão constante. O Cruzeiro empilhou chances, incluindo finalizações do próprio Kaio Jorge e de Gabigol, mas Jandrei e a falta de precisão impediram a virada. Para o Juventude, restou defender-se como pôde, tentando segurar ao menos um ponto diante de um adversário em melhor situação na tabela.


Cabuloso buscou o empate no final contra o Juventude (Foto: reprodução/X/E.C. Juventude)


Situação na tabela e próximos compromissos

Com o empate, o Juventude chega aos 33 pontos e permanece em 18º lugar, mantendo-se a três do Vitória e a quatro do Santos — concorrentes diretos na luta para deixar a zona do rebaixamento. A equipe perdeu a chance de se aproximar dos rivais, que também empataram na rodada, desperdiçando uma oportunidade importante em casa.

O Cruzeiro, por outro lado, alcança 65 pontos, segue na terceira posição e permanece a quatro do Palmeiras e a seis do líder Flamengo. O resultado impede a equipe celeste de encurtar distâncias justamente em uma rodada em que os dois primeiros colocados também tropeçaram. No domingo, o Juventude encara o São Paulo, às 16h, na Vila Belmiro. Já o Cruzeiro volta a campo às 20h30, no Mineirão, para enfrentar o Corinthians, em duelo crucial para suas pretensões no Campeonato Brasileiro.

Palmeiras tropeça em casa contra o Vitória e vê liderança mais distante

O Palmeiras deixou o Allianz Parque na noite desta quarta-feira com a sensação amarga de que desperdiçou uma oportunidade crucial na disputa pelo título do Campeonato Brasileiro. Empurrado por sua torcida e com ampla posse de bola, o time criou diversas situações para abrir o placar, mas esbarrou em uma atuação impecável do goleiro Thiago Couto. O empate sem gols diante do Vitória, em duelo antecipado da 37ª rodada, acendeu o alerta no clube paulista, que pode ver o Flamengo ampliar sua vantagem na liderança.

Do outro lado, enquanto o Palmeiras lamenta as chances perdidas, o Vitória celebra um ponto que pode ter peso determinante na briga pela permanência na Série A. A equipe baiana suportou a pressão e ainda levou perigo em contragolpes bem articulados, mostrando disposição e leitura tática ao longo dos 90 minutos. Porém, apesar da valentia, faltou precisão para superar Carlos Miguel, que também teve participação segura.

Palmeiras pressiona, mas falha nas finalizações

O jogo começou com o Palmeiras ocupando o campo ofensivo e tentando impor ritmo acelerado para sufocar o adversário. A estratégia funcionou parcialmente, já que o Verdão conseguiu recuperar a bola com facilidade e rondar a área do Vitória. Entretanto, a ausência de algumas peças importantes reduziu a capacidade de conclusão da equipe. Faltou criatividade em determinados momentos e sobrou ansiedade nas finalizações.

À medida que o tempo passava, o Vitória passou a encontrar brechas e ganhou confiança. As jogadas aéreas se tornaram arma forte da equipe, que obrigou a defesa palmeirense a redobrar a atenção. Com a partida mais parelha, o Palmeiras começou a se complicar em passes curtos e desperdiçou construções promissoras. O melhor lance do primeiro tempo veio justamente em uma jogada individual: Allan arrancou, driblou três marcadores e bateu com perigo, mas a bola saiu à esquerda do gol, frustrando a torcida.

Ainda assim, o grande nome da etapa inicial já despontava do lado baiano. Thiago Couto foi decisivo em tentativas de Felipe Anderson e Gustavo Gómez, realizando defesas que deixaram o clima ainda mais tenso no Allianz Parque. Sua segurança sob o travessão manteve o Vitória vivo no confronto e ampliou a impaciência da equipe da casa.


Palmeiras em pata com o Vitória pós data FIFA (Vídeo: reprodução/YouTube/geTV)


Mudanças de Abel melhoram o time

Insatisfeito com o desempenho antes do intervalo, Abel Ferreira acionou Vitor Roque e Felipe Anderson para renovar a energia ofensiva. O efeito foi imediato: o Palmeiras voltou mais dinâmico, aproximou os jogadores do ataque e passou a finalizar com mais frequência. Em poucos minutos, o goleiro do Vitória já precisava trabalhar novamente, evitando que o Verdão abrisse o marcador.

O meio-campo ganhou novo ritmo com a entrada de Aníbal Moreno, que deu equilíbrio e clareza às transições. O argentino, inclusive, protagonizou um dos lances mais bonitos do jogo ao arriscar um chute colocado no ângulo. Thiago Couto, entretanto, voou para realizar mais uma defesa espetacular e evitar o que seria um golaço.

O Vitória, sustentado principalmente pelo brilho de seu goleiro, aproveitou o desgaste palmeirense para encaixar contra-ataques perigosos. Embora tenha chegado com certa frequência ao campo ofensivo, esbarrou na boa postura de Carlos Miguel e não teve precisão na hora de concluir.

Nos minutos finais, Abel ousou ao colocar Gustavo Gómez como centroavante para tentar explorar o jogo aéreo. A mudança resultou em uma sequência de lances dentro da área adversária, mas faltou capricho. A bola passou rente à trave, desviou na defesa, sobrou em rebotes desperdiçados — e o placar insistiu em permanecer inalterado.


Andreas Pereira leva cartão no final da partida (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Alexandre Schneider)


Situação na tabela e próximos compromissos

Com o empate, o Palmeiras chega aos 69 pontos e permanece na segunda colocação. O problema é que o resultado abre margem para o Flamengo aumentar a vantagem: caso vença o Fluminense na rodada, o líder pode abrir até cinco pontos de diferença. A pressão por uma reação imediata cresce, e o próximo confronto — justamente contra o Flu, no sábado, às 21h30, novamente no Allianz Parque — torna-se ainda mais decisivo.

Já o Vitória segue respirando com dificuldade na zona de rebaixamento. Com 36 pontos, ocupa a primeira posição dentro do Z-4 e ainda não consegue deixar a região incômoda nesta rodada. Entretanto, o ponto conquistado fora de casa mantém o time vivo na briga, sobretudo pela qualidade defensiva demonstrada na partida. O Leão agora se prepara para enfrentar o Sport, no domingo, às 18h30, em um duelo direto que pode elevar ou complicar ainda mais sua situação na reta final do campeonato.

O Allianz Parque viu um duelo de contrastes: de um lado, a frustração de quem busca o título; do outro, a esperança de quem luta para não cair. No fim, o placar zerado reflete tanto a eficiência defensiva do Vitória quanto a falta de precisão do Palmeiras — um enredo que, certamente, terá impacto na sequência do Brasileirão.

Brasil fecha 2025 com empate sem brilho contra a Tunísia em último teste antes da Copa

O Brasil encerrou o ano de 2025 sem vitória no último amistoso antes da reta final de preparação para a Copa do Mundo de 2026. Na tarde desta terça-feira (18), a equipe de Carlo Ancelotti empatou por 1 a 1 com a Tunísia no Estádio Decathlon, em Lille, na França. A partida, marcada pela instabilidade defensiva e pela falta de criatividade no meio-campo, deixou a torcida com mais perguntas do que respostas a poucos meses do Mundial, que será disputado nos Estados Unidos, México e Canadá.

Mesmo repetindo a escalação utilizada na vitória sobre Senegal, Ancelotti viu um Brasil menos agressivo e com dificuldades para furar a marcação adversária. O único desfalque da equipe foi Gabriel Magalhães, substituído por Éder Militão, que atuou mais centralizado. Wesley, lateral da Roma, ganhou oportunidade como titular, mas acabou envolvido no lance que originou o gol tunisiano. Apesar do volume de jogo — superior em posse e número de passes — a Seleção não transformou o domínio em oportunidades claras, desperdiçando inclusive um pênalti no segundo tempo.

Brasil domina posse, mas sofre com lentidão e falhas individuais

O primeiro tempo do amistoso escancarou a dificuldade brasileira em transformar posse em eficiência. Embora o Brasil tenha controlado as ações, com 64% de posse de bola contra 36% da Tunísia, o ritmo lento e a falta de infiltrações deixaram o ataque previsível. A Seleção precisou recorrer a chutes de média distância, quase sempre sem ameaça real ao goleiro tunisiano.

A Tunísia, por sua vez, explorou com inteligência os contra-ataques, especialmente pelo lado esquerdo, com Abdi. Foi justamente por esse setor que surgiu o gol adversário. Aos 22 minutos, Wesley perdeu a disputa e permitiu que o lateral tunisiano avançasse com liberdade para cruzar. Na área, Mastouri dominou com categoria e finalizou na saída de Bento, abrindo o placar em Lille.

Em desvantagem, o Brasil seguiu com dificuldade de acelerar as jogadas. No entanto, encontrou o empate nos minutos finais da primeira etapa. Aos 42, após revisão do VAR, o árbitro assinalou pênalti por toque de mão de Bronn. Estêvão, em grande fase, cobrou com precisão e recolocou a Seleção no jogo. O time encerrou o primeiro tempo com 269 passes trocados, além de 88% de acerto — números altos, mas pouco refletidos em chances reais de perigo.

Apesar da igualdade, o desempenho coletivo estava longe do ideal. O meio-campo apresentou lentidão, e a transição ofensiva mostrou-se pouco coordenada. A Tunísia, mesmo recuada, manteve-se ameaçadora nos contra-ataques, aproveitando cada erro individual brasileiro.


Brasil fica no empate com a Tunísia no frio da ciade de Lille (Vídeo: reprodução/YouTube/geTV)


Segundo tempo tem mudanças, pênalti perdido e pouca evolução

Na volta do intervalo, Ancelotti promoveu duas alterações imediatas: Danilo e Vitor Roque entraram para tentar dinamizar o jogo. As mudanças, porém, não surtiram o efeito esperado. O Brasil manteve a posse de bola, mas seguiu sem agressividade, esbarrando na organização defensiva da Tunísia.

Vitor Roque protagonizou um dos lances mais importantes da etapa final ao pressionar Sassi dentro da área e sofrer pênalti, aos 32 minutos. A chance de virar parecia clara, mas a decisão de Ancelotti surpreendeu: Lucas Paquetá, e não Estêvão, assumiu a cobrança. O meia bateu forte demais e mandou por cima do travessão, desperdiçando a melhor oportunidade brasileira no jogo.

Após o erro, o Brasil tentou acelerar as jogadas, mas continuou esbarrando na compactação tunisiana. A equipe africana, firme na marcação e consciente taticamente, segurou o empate até o apito final. O resultado premiou a disciplina da Tunísia e expôs as limitações brasileiras no último compromisso antes da virada do ano.

O desempenho preocupa pela falta de intensidade e pela baixa capacidade de criação. Mesmo com amplo domínio territorial, faltou objetividade, triangulações rápidas e maior presença ofensiva. A equipe mostrou dependência dos lances individuais e fragilidade nas transições defensivas, além de desperdiçar chances fundamentais.


Brasil e Tunísia emparam no último amistoso do ano (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Sameer Al-Doumy)


Desafios pela frente antes da Copa de 2026

O empate em Lille deixa a Seleção com lições importantes para o ano que antecede o Mundial. Com um elenco talentoso, mas ainda em busca de identidade consolidada sob o comando de Carlo Ancelotti, o time precisará ajustar setores-chave — especialmente a criação e a recomposição defensiva.

O técnico italiano, conhecido pela gestão de grandes grupos, terá de trabalhar para alinhar intensidade, variações táticas e maior conexão entre os setores. O rendimento mostrado contra a Tunísia reforça a necessidade de equilíbrio entre posse de bola e eficiência, especialmente em jogos contra adversários que apostam na transição rápida.

Apesar do tropeço, o ano termina com observações importantes, novos nomes ganhando espaço e tempo para ajustes. Restam meses cruciais até o início da Copa do Mundo, e o Brasil sabe que precisará evoluir para chegar competitivo ao maior palco do futebol mundial.

Neymar volta ao centro do debate: Ancelotti diz que atacante tem seis meses para garantir vaga na Copa

Durante a entrevista coletiva realizada na véspera do amistoso entre Brasil e Tunísia, Carlo Ancelotti voltou a ser questionado sobre o tema que se tornou recorrente desde sua chegada à Seleção Brasileira: a presença de Neymar na próxima Copa do Mundo. Com o olhar firme, o treinador reforçou que o atacante segue entre os atletas cotados para disputar o torneio nos Estados Unidos, México e Canadá, mas ressaltou que ainda há um caminho a percorrer até a convocação final.

O técnico explicou que Neymar terá um intervalo de seis meses para provar que está pronto. A condição física, segundo Ancelotti, será decisiva. Não há qualquer promessa, e o comandante preferiu adotar um tom cauteloso ao dizer que todos os jogadores estão sendo avaliados criteriosamente. “Nós só temos que observá-lo, como fazemos com os outros, para tentar não cometer erros na lista definitiva”, afirmou o italiano, na manhã desta segunda-feira, em Lille, na França, reforçando seu discurso de equilíbrio.

Torcida pressiona e espera mais comprometimento do craque

Desde que assumiu o comando da Seleção, Ancelotti enfrenta perguntas sobre o futuro do camisa 10. Em todas as entrevistas, o treinador deixou clara sua intenção de contar com Neymar, desde que ele apresente boas condições físicas e ritmo de jogo. O atacante, porém, segue em busca de estabilidade após sucessivas lesões e um período irregular em campo.

A reafirmação de Ancelotti de que Neymar figura entre os nomes possíveis para o Mundial reacendeu debates entre torcedores. Nas redes sociais, parte da torcida demonstrou apoio, enquanto outros pediram mais dedicação por parte do jogador. Há quem veja na oportunidade uma chance de retomada da carreira, mas também quem enxergue o momento como um teste crucial para definir se o craque ainda pode ser protagonista em competições internacionais.

O início do Campeonato Brasileiro, marcado para o fim de janeiro, surge como aliado nesse processo. A sequência de jogos pode servir como plataforma para que Neymar recupere ritmo, se readapte ao calendário e demonstre evolução física. Ele terá até a Data Fifa de março — quando o Brasil enfrenta França e Croácia em amistosos nos Estados Unidos — para convencer o treinador de que merece voltar a vestir a camisa amarelinha.


Comentário de torcedor sobre a provável convocação (Vídeo: reprodução/X/@vitiwho)


Números reforçam trajetória vitoriosa, mas desafio agora é físico

A carreira de Neymar pela Seleção Brasileira é marcada por números expressivos: 128 jogos, sendo 123 como titular, 79 gols, 57 assistências e participação direta em gols a cada 78 minutos. Estatísticas que o mantêm entre os maiores nomes da história recente do futebol mundial.

Além dos números individuais, o atacante sustenta conquistas importantes com a camisa verde e amarela. Foi campeão da Copa das Confederações em 2013 e conquistou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, momentos que reforçaram seu papel como referência na seleção ao longo da última década. Esses feitos, no entanto, não garantem vaga automática no próximo Mundial, como fez questão de destacar Ancelotti.

Para o treinador, o ciclo até a Copa demanda desempenho, regularidade e, sobretudo, condições físicas que permitam ao jogador atuar em alto nível. Neymar, que hoje defende o Santos, sabe que terá uma espécie de contagem regressiva para recuperar espaço. A expectativa é que ele consiga utilizar o período de pré-temporada e os primeiros meses de competição para demonstrar evolução e afastar dúvidas sobre sua forma.


Atacante Neymar do Santos (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Wagner Meier)


Observação constante e avaliação técnica até a lista final

O staff da Seleção trabalhará com monitoramento minucioso nos próximos meses. Ancelotti, conhecido pela capacidade de gestão de grupo e leitura tática, pretende analisar Neymar com os mesmos critérios aplicados aos demais atletas. O objetivo, segundo ele, é evitar erros e construir uma lista final equilibrada e competitiva.

A presença do atacante na Copa ainda é uma incógnita, mas o discurso oficial aponta para uma porta aberta — desde que ele apresente condições ideais. Os amistosos de março devem funcionar como divisor de águas, tanto para o jogador quanto para a comissão técnica. A partir deles, será possível medir se Neymar reúne o desempenho necessário para competir no mais alto nível.

A torcida brasileira segue dividida, entre esperança e cautela. O próximo semestre será determinante para definir se o camisa 10 voltará a liderar o ataque em uma Copa do Mundo ou se verá, pela primeira vez desde 2010, o principal torneio do planeta de fora. O relógio já começou a correr.