Cristiano Zanin toma posse no Supremo Tribunal Federal

Nesta quinta-feira (3), tomou posse como novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, em cerimônia realizada na Corte. Zanin foi indicado pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) e vai ocupar a cadeira do ministro Ricardo Lewandowski, que se aposentou em abril deste ano. 

Cerimônia de Posse

Na cerimônia de posse, que contou com a participação dos Três Poderes, Zanin fez juramento de cumprir a Constituição e os deveres inerentes ao cargo. A cerimônia foi presidida pela ministra Rosa Weber e contou com a presença do presidente Lula, do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), além de representantes da Ordem dos Advogados do Brasil, da Advocacia-Geral da União e da Procuradoria-Geral da República.


Cristiano Zanin assina termo de posse ao lado do ministro Gilmar Mendes. (Foto; reprodução/G1)


Zanin assinou o tempo de posse, logo após ser feita a leitura pelo diretor-geral do STF. Com a assinatura, Cristiano Zanin foi declarado empossado pela presidente do tribunal. 

Assumindo o cargo, Zanin fará parte da distribuição dos processos que chegaram ao tribunal. Os casos poderão ser assumidos por ele, através de sorteio ou por prevenção, ou seja, se houver, em seu gabinete, ação ou recurso que trate de tema semelhante ao novo processo.  Por ter 47 anos, Zanin permanecerá por 28 anos no STF, até completar 75 anos, levando em consideração as regras atuais para aposentadoria no STF. 

Desafios e atuação 

O novo ministro vai assumir a relatoria de ações com repercussões sociais e de cunho econômico. A maioria dos processos versa sobre Direito Administrativo e Direito Público, assim como casos tributários. Entre os processos estão os que tratam sobre validade de regras da Lei das Estatais sobre nomeação de conselheiros e diretores; validade de decreto do presidente Lula que restabelece as alíquotas de PIS/Pasep e Cofins, que tinham sido reduzidas pela metade; investigações sobre supostos desvios do “orçamento secreto”; omissões durante a pandemia de Covid-19 pelo governo de Jair Bolsonaro (PL); validade de decreto de Bolsonaro que flexibilizava a exploração  de cavidades subterrâneas, a exemplo de grutas e cavernas. 

Zanin ainda poderá atuar quando o STF também analisar temas populares. Na ordem de votações, por regra, será o primeiro a votar logo depois do relator, uma vez que é o ministro mais novo do tribunal. Na Corte, o novo ministro do Supremo também deve integrar a Primeira Turma, já que a vaga foi aberta com a transferência do ministro Dias Toffoli para a Segunda Turma do STF, com a saída de Ricardo Lewandowski.

Foto Destaque: Cristiano Zanin ao lado do presidente Lula. Reprodução/Folha

“Estava me perseguindo”, diz Ângela Bismarchi sobre ex-marido Wagner de Moraes

A atriz e modelo, Ângela Bismarchi, de 56 anos, fez denúncia contra o ex-marido, o cirurgião plástico, Wagner de Moraes, na Delegacia de Atendimento à Mulher em Niterói, Rio de Janeiro, por perseguição e escândalos que o ex-marido vem fazendo. Segundo a atriz, o ex-marido mudou de comportamento, desde que o caso chegou à Justiça.

Ela concedeu uma entrevista exclusiva à QUEM, onde fala sobre a decisão de denunciar o ex-companheiro com quem viveu 20 anos, assim como fez outras revelações sobre Wagner de Moraes.  Na entrevista, ela ainda conta que o ex-marido não quis aceitar o fim da união de 20 anos e que a partir de então passou a ter comportamentos de intimidação em relação a ela.


(Ângela Bismarchi e o ex-marido, Wagner de Moraes. (Foto: reprodução/Quem)


Fim do Casamento

Após 20 anos convivendo com o companheiro, Ângela decidiu pôr fim no casamento. A decisão, tomada há exatamente um mês, marcaria a vida da atriz e modelo, conhecida nacionalmente. É que, segundo ela própria afirma em entrevista à QUEM, o ex-marido Wagner Moraes adotou outro tipo de comportamento, até então desconhecido por ela. “Chegou ao extremo de ele me prender no carro para não deixar eu sair e fazer escândalo em público”, diz ela em um momento da entrevista. E logo completa: “Estava me perseguindo, e eu tendo que correr para sair de casa para que ele não me seguisse. Foram situações constrangedoras”, revela a atriz.

Ângela Bismarchi disse ainda que a ficha do término do casamento só caiu de fato, quando tudo isso passou a acontecer na vida dela. “Acho que caiu a ficha de que a gente realmente está separado e que não quero mais, pelo menos neste momento”, afirmou. Ela ainda divide a casa com o ex até que o imóvel seja vendido e os bens divididos entre os dois.

O fim do casamento foi anunciado ainda em abril, quando o estopim da separação teria sido o desejo de Wagner de Moraes de ir embora do Brasil para morar nos Estados Unidos. Ângela, porém, queria permanecer no Brasil a fim de concluir os estudos de psicanálise. Sobre isso ela diz: “Ele também queria que eu fosse, mas não adianta ficar forçando a barra. Quem sabe, ele indo para os Estados Unidos, a gente até possa reatar, dependendo da mudança de conduta dele. Foram 20 anos juntos, e não quero ter inimizade com ele”, diz Ângela.

Encorajar outras mulheres

Ângela Bismarchi afirma também que em nenhum momento teve a intenção de prejudicar o ex-companheiro na justiça, apenas se proteger. E que foi em razão da mudança de comportamento do cirurgião que ela procurou a Delegacia da Mulher. “Preferi denunciar para dar uma segurada nele, e estou ajudando-o, porque pessoas descontroladas fazem besteira”, diz.

Mas o principal motivo da ida da atriz e modelo à Justiça é para que o caso possa encorajar mulheres que também passam por situações parecidas. “Quantas mulheres passam pela mesma situação ou pior e não denunciam?”, questiona Ângela. E afirma: “Não pode ter medo porque a Lei Maria da Penha é para isso”.

Ainda na entrevista, ela cita o caso da irmã, Angelina, morta em 2012 e compara o seu caso com o da irmã. Angelina se suicidou durante briga em casa com o então namorado e ex-marido, depois de ele ser morto com tiros pelo atual dela. Ângela Bismarchi soube do ocorrido enquanto estava confinada no reality A Fazenda 12, da TV Record.

“Estou me vendo na mesma situação. Minha irmã se suicidou por causa de opressão de homem, do ex que também a perseguia e chegou ao ponto de entrar na casa dela, e ela com o namorado. Ela se suicidou porque eles estavam brigando por ciúmes, e o namorado atirou nas costas do meu ex-cunhado. Chegou a esse extremo porque não tinha ninguém para separar, e ela tampouco denunciou”, disse.

Ainda na entrevista à QUEM, a atriz e modelo diz acreditar na reconciliação. “Essa é uma separação que, no meu coração, jamais será definitiva”, afirma. O caso entre a atriz e o cirurgião plástico ocorre em segredo de Justiça, porém Ângela afirma que medidas legais já foram tomadas.

Foto Destaque: Atriz Ângela Bismarchi e  Wagner Moraes. Reprodução/Pixabay

Sobe o número de mortos por PMs em serviço no estado de SP

Os dados do Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público (Gaesp) mostram que o número de pessoas mortas por policiais militares em serviço no estado de São Paulo aumentou 24% de janeiro a julho de 2023, se comparado ao mesmo período no ano passado. O mês de julho deste ano foi o que mais registrou aumento no número de mortos, com 33 vítimas.

Nesses sete meses do ano de 2023, já foram 185 pessoas mortas por policiais militares trabalhando. Em 2022, foram 149. Os dados atualizados nesta última terça-feira (1) indicam também que 63 pessoas foram mortas por policiais militares fora do horário de expediente. Em 2022, no mesmo período, foram 75 mortos.


Viaturas da Polícia Militar de São Paulo. (Reprodução/CNN)


Com a Operação Escudo, que acontece desde o último dia 28, depois que um policial militar da Rota em Guarujá foi morto, até 1° deste mês, foram mortas 13 pessoas por policiais militares em Santos e em Guarujá, cidades onde acontece a operação. Nesta quarta-feira (2), o número de mortos chegou a 16 no total. O Ministério Público, por sua vez, apresentou dados, ainda em 2020, que já indicavam uma tendência de queda na taxa de letalidade de policiais nos últimos dois anos. Os números só foram caindo ao longo dos anos. Em 2020, foram registradas 484 mortes, o número caiu para 313 no ano seguinte e depois para 149 em 2022.

Sobre o número de mortes apontado, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo disse à CNN que “os números mostram que a principal causa das mortes decorrentes de intervenção policial não é a atuação da polícia, mas sim a opção do confronto feita pelo infrator, que subjuga as vítimas, colocando-as em risco, assim como todos os participantes da ação”, disse a SSP.

Os dados do Gaesp

Em termos de comparação, considerando os meses de janeiro a julho, no ano de 2022, os números apontaram que as mortes por PMs em serviço foram de 149 no total, tendo o mês de março como o que mais houve mortes, enquanto as mortes fora de serviço foram 75, com o mês de maio registrando o maior número de mortos. A pesquisa mostra também os números de mortes nos anos de 2021 e 2020. Em 2021 foram 313 mortes por PMs em serviço, enquanto as mortes por PMs fora de serviço foram 60 no total. Em 2020, 484 mortes foram registradas em serviço, enquanto fora do serviço foram 74 mortes.

Secretaria de Segurança Pública se posiciona sobre o caso

A Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo emitiu uma nota se posicionando a respeito dos dados levantados pelo Gaesp. De acordo com a pasta, no primeiro semestre deste ano, as forças policiais detiveram um total de 95.394 pessoas, o que significou para a SSP “um aumento de 8,4% em relação ao mesmo período do ano anterior”, diz um trecho da nota.

A pasta diz, ainda, que em 99,76% de todas as ocorrências, não há registro de mortes em confronto com a polícia. Diz que as mortes decorrentes da intervenção policial “não é a atuação da polícia, mas sim a opção do confronto feita pelo infrator” e que “a pasta continua investindo de forma contínua no treinamento do efetivo e na implementação de políticas públicas para reduzir as mortes decorrentes de intervenção policial (MDIP), que incluem o aprimoramento constante dos cursos e treinamentos”, finaliza. A pasta informou também que há, por parte do Ministério Público, uma investigação rigorosa de todos os casos dessa natureza.

Foto Destaque: Emblema da Polícia Militar de São Paulo. Reprodução/Pixabay

Zambelli confirma realização de pagamento ao hacker Walter Delgatti

Nesta quarta-feira (2), a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) confirmou que realizou o pagamento ao hacker da Vaza Jato, Walter Delgatti. Porém, segundo a deputada, o pagamento foi feito para serem realizados serviços relacionados ao seu site pessoal.

Ainda de acordo com Zambelli, foram usados R$ 3 mil de sua cota para comunicação nos serviços do site realizados por Delgatti. Já o restante, no valor de R$ 13,5 mil, saiu do próprio bolso, de acordo com informações de fontes da Polícia Federal (PF).

Segundo a deputada, “os pagamentos que houve foram sempre relacionados ao site, para ele fazer melhorias no site, fazer firewall no site e ligar minhas redes sociais ao site, que ele próprio disse que não conseguiu realizar essa tarefa. Inclusive, deveria ter tido até a devolução”, afirmou Zambelli, durante coletiva de imprensa na Câmara dos Deputados.


Deputada Carla Zambelli (PL-São Paulo). Reprodução/CNN


Entenda o caso

A Polícia Federal (PF) apontou que assessores da deputada Carla Zambelli (PL-São Paulo) realizaram pagamentos ao hacker ligado à Vaza Jato, o Walter Delgatti Neto. Os repasses seriam para que ele tentasse fraudar as urnas eletrônicas, assim como invadir as contas do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF). Os pagamentos foram via pix, somam R$ 13,5 mil e foram identificados nos extratos dos envolvidos, de acordo com a PF.

A PF fez também busca e apreensão aos endereços dos assessores Renan Cesar Silv Goulart e Jean Hernani Guimarães Vilela. Renan Cesar Silva Goulart foi assessor de Zambelli entre fevereiro de 2019 e setembro do mesmo ano. Já Jean Hernani Guimarães Vilela foi do gabinete da liderança do governo Jair Bolsonaro (PL) de fevereiro de 2019 a janeiro de 2023. Em maio, foi admitido no gabinete de Zambelli.

Em julho, durante depoimento à PF, Walter Delgatti disse que foi contratado pela deputada para fraudar o sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e invadir o celular do ministro Alexandre de Moraes, assim como realizar inclusão de documentos falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão.

Operação da PF

Os pagamentos feitos pela deputada do PL de São Paulo ao hacker Delgatti fazem parte de um dos elementos que estão sendo avaliados pela Polícia Federal, na operação realizada nesta quarta-feira (2). Delgatti foi preso pela operação, a qual cumpriu mandados de busca e apreensão nos endereços ligados à Zambelli, incluindo o gabinete da deputada na Câmara dos Deputados.

Em uma entrevista concedida à CNN, Walter Delgati declarou que a operação Lava Jato pretendia prender os ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Na entrevista concedida ao jornalista Caio Junqueira que foi ao ar no último domingo (30), às 19h15, em mais um episódio do “CNN Séries Originais”, o hacker Walter Delgati fez declarações bombásticas. Foi a primeira vez que ele falou sobre as mensagens às quais teve acesso. Afirmou, ainda, que as conversas privadas demonstravam que a Lava Jato queria a prisão dos ministros do STF.

Foto Destaque: Hacker Walter Delgatti e deputada Carla Zambelli. Reprodução/Pixabay

Paulinho da Viola é diagnosticado com GIST no intestino delgado

Após passar mal e cancelar um show, o cantor Paulinho da Viola, de 80 anos, precisou ser internado na noite de domingo (30). A revelação do diagnóstico com um GIST no intestino delgado veio após uma bateria de exames realizados na Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro, onde o cantor estava internado. Com o tumor identificado, Paulinho da Viola foi submetido a uma cirurgia em razão de um sangramento digestivo. A cirurgia delicada é denominada de enterectomia (retirada de um pedaço do intestino) para tratar a lesão. No entanto, o cantor passa bem.


(Região onde o câncer GIST se desenvolve. Reprodução/Pixabay)


Entenda o que é GIST

O GIST é um tumor estromal gastrointestinal. Ele também pode ser chamado de Tumor GIST e é considerado um tipo de câncer raro. O tumor se origina no tecido conjuntivo, revestindo o sistema digestivo, onde se localiza o estômago e o intestino.

O GIST tem origem quando um determinado grupo de células passa a se comportar de forma anormal, tendo crescimento acelerado e desordenado. No GIST, o crescimento acontece em um grupo de células chamado Cajal, que se encontram na parede dos órgãos de trato gastrointestinal. O tumor é mais comum após os 50 anos. Entre 50 a 80 anos. É raro e pode ter origem no trato gastrointestinal, em qualquer lugar, do esôfago ao ânus.

Sintomas, diagnóstico e tratamento

Os sintomas da doença só aparecem depois do tumor alcançar certo tamanho. É um tumor frágil e por isso, sangra mais facilmente, dependendo da rapidez do crescimento, assim como da localização. Os principais sintomas desse tipo raro de câncer são: dor no abdômen, vômito ou evacuação com sangue, náusea, perda de apetite e de peso, além de dificuldade para engolir (quando o tumor cresce no esôfago). Não há uma causa determinada para o aparecimento desse tipo de câncer. Sabe-se que pode ocorrer em pessoas de qualquer idade, sendo mais comum em pessoas com mais de 50 anos. É associado a síndromes genéticas.

O diagnóstico é feito em razão dos sintomas que o paciente apresenta. Por vezes, o câncer pode ser descoberto por meio de uma colonoscopia. O tratamento, por sua vez, normalmente é realizado via cirurgia, se o paciente apresentar condições clínicas. O tratamento depende também da localização e do estadiamento, ou seja, do grau de avanço do tumor.

Foto Destaque: Paulinho da Viola. Reprodução/Pixabay

Ministro Haddad devolverá onça de ouro ao governo da Arábia Saudita

O Ministro da Fazenda Fernando Haddad fará a devolução da onça de ouro que recebeu na manhã desta segunda-feira (31) à Embaixada do Reino da Arábia Saudita, por orientação da Receita Federal, por meio do secretário Robinson Barreirinhas.

Entenda o caso

Fernando Haddad recebeu a peça valiosa das mãos de Khalid Al Falih, Ministro de Investimento, em uma visita da comitiva saudita ao Brasil, sendo acompanhado por mais de 70 representantes das principais empresas públicas e privadas do país.


Onça de ouro recebida pelo ministro Haddad da Embaixada da Arábia Saudita. (Reprodução/G1)

Segundo o secretário da Receita, Robinson Barreirinhas, o protocolo de oferta de presentes a autoridades públicas pressupõe aviso prévio ao cerimonial do órgão agraciado. Assim sendo, Barreirinhas orientou o ministro Haddad a realizar a devolução da peça. O Ministério da Fazenda emitiu uma nota, em que um trecho diz que “O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, orientou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a devolver a estátua de uma onça, recebida do governo da Arábia Saudita, à embaixada do país em Brasília, o que será prontamente atendido”, diz o ministério da Fazenda.

A pasta aproveitou também para agradecer ao governo saudita, porém avisando ser necessário cumprir exigências que as leis brasileiras determinam nesse caso. “O ministro Fernando Haddad agradece a visita de Khalid Al Falih, Ministro de Investimentos da Arábia Saudita, em São Paulo, quando teve a oportunidade de explicar pontos do Plano de Transição Ecológica do governo brasileiro e ouvir sobre o interesse a respeito das oportunidades de investimentos que o pacote atrair”, esclarece o Ministério da Fazenda em nota.

Ex-presidente Bolsonaro e o caso das joias

O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) está sendo investigado por ter recebido joias e outros objetos de valor da Arábia Saudita, por não ter respeitado as exigências legais em relação ao caso. Segundo apurações, o ex-presidente tentou retirar presentes antes de sair do país rumo aos Estados Unidos, a fim de evitar passar a faixa ao presidente eleito Luís Inácio Lula da Silva (PT). Os objetos recebidos por Bolsonaro tinham valor estimado de R$5 milhões, segundo apurou a Receita Federal.

Foto Destaque: Ministro da Fazenda Fernando Haddad. (Reprodução/Pixabay)

Estudo revela relação entre ansiedade e doenças neurodegenerativas

Um estudo divulgado pela revista científica “eBioMedicine” apontou que a ansiedade pode aumentar problemas relacionados à cognição em idosos, até mesmo naqueles que não apresentam demência, aponta que a ansiedade pode influenciar o aumento da deterioração cognitiva, necessitando de acompanhamento multidisciplinar em pacientes idosos.

O médico psiquiatra Flávio H. Nascimento ressalta o fato da ansiedade ser uma doença complexa que “demanda cuidados personalizados a depender de cada paciente, mas os cuidados requerem mais atenção quando ela vem associada a outras condições, como a demência”, diz Flávio H. Nascimento.


Médico psiquiatra, Flávio H Nacimento. (Foto: reprodução/MF Press Global)


Saiba o significado sobre a ansiedade

Ansiedade é uma reação temporária e normal do corpo a situações que causam medo ou preocupação, que atrapalha atividades do dia a dia ou outras, como, por exemplo, precisar fazer apresentação em público, passar por uma entrevista de emprego. Quando a ansiedade é intensa, pode indicar um transtorno de ansiedade como transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de pânico ou fobia.

Em casos de sintomas frequentes ou intensos como os citados anteriormente, a recomendação é marcar uma consulta com o psiquiatra para uma avaliação precisa. Os principais sintomas da ansiedade são: preocupação constante, dificuldade para relaxar, para se concentrar, falta de atenção, alterações do sono, raciocínio confuso, assim como dor de cabeça e cansaço fácil.

Doenças neurodegenerativas

Por sua vez, as doenças neurodegenerativas, chamadas popularmente de demências, são condições que afetam o sistema nervoso, levando assim à degeneração progressiva e até mesmo irreversível das células nervosas, que geralmente se desenvolvem em pacientes idosos. Existem algumas alternativas para tratar a demência, sem necessariamente usar medicamentos, como, por exemplo, intervenções relacionadas ao cuidado personalizado, atividades físicas e recreativas, além de outros, que segundo especialistas resultam em alternativas promissoras para a qualidade de vida das pessoas que apresentam esse problema.

De acordo com Flávio Nascimento, é necessária uma atenção especial a respeito da relação entre ansiedade e demência apontada pelo estudo científico, uma vez que “não adianta tratar uma condição enquanto a outra piora”, diz. Ele ressalta que por conta disso recomenda acompanhamento de profissionais especializados e preparado para tratar os problemas relacionados à doença.”Sempre recomendo o acompanhamento com um neurologista, além do psiquiatra”, diz.  Para ele, com a influência negativa que a ansiedade pode causar à cognição de pacientes idosos, especialmente, um acompanhamento multidisciplinar se faz muito necessário.

 

Foto Destaque: idoso com demência. Reprodução/Pixabay

Violência contra indígenas aumentou em 2022, aponta estudo

No Brasil, o número de violência contra os povos indígenas aumentou consideravelmente no ano de 2022, é o que aponta uma pesquisa divulgada pelo Conselho Indigenista Missionário, divulgada nesta quarta-feira (26). Os números levantados pelo órgão dizem respeito a questões ligadas a conflitos por terras, crimes contra a pessoa e sobre violência contra o patrimônio em 2021 e 2023. O relatório apontou que o ano de 2022 é considerado o fim de um ciclo, marcado por violência intensa contra os povos indígenas.

Segundo dados da pesquisa, no Rio Grande do Sul, pelo segundo ano consecutivo, é mais marcado por conflitos sobre territórios. Os conflitos correspondem a 17% do total de conflitos registrados no Brasil. Só em 2022, 27 conflitos com indígenas por disputas de terra foram registrados no estado, mesmo registro de 2021. No país, por sua vez, foram 158 casos desse tipo.


Sônia Guajajara, Ministra dos Povos Indígenas. (Foto: reprodução/G1)


Os números da pesquisa

O estudo levantado pelo Conselho Indigenista Missionário traz números alarmantes sobre violações aos povos originários. A pesquisa foi categorizada em três aspectos: conflito por terras, crimes contra pessoa (assassinatos e/ou ameaça de morte) e violência contra patrimônio, esta última refere-se a situações como invasões ligadas à grilagem de terra, extração irregular de madeira, garimpo, caça e pesca ilegais.

No tocante à violência relacionada ao conflito de terras, em 2021 foram registrados 118 casos. Em 2022, infelizmente os números sobem para 158 casos. Já no que diz respeito a crimes contra pessoa, como assassinatos e ameaças de morte, no ano de 2021 foram registrados 382 casos. Esses números só aumentaram em 2022, que registrou 416 casos, um aumento de 8,9%. Por outro lado, os casos de violência relacionados a extração irregular de madeira, invasões por grilagem de terras e outros do tipo em 2021. 423 casos ocorreram e os números só aumentaram em 2022, que registrou 467 casos (10,4%).

Fim de um ciclo de violência

O relatório do referido conselho, destacou que, mesmo com os números alarmantes de violação aos direitos e a integridade dos povos indígenas brasileiros, o ano de 2022 representa o fim de um ciclo governamental, notadamente marcado por intensa violência contra os povos originários. Segundo aponta o estudo, nos últimos três anos, aconteceu um desmonte de políticas públicas direcionadas aos indígenas, assim como um desmantelamento dos órgãos fiscalizadores e de proteção dos territórios desses povos.

Na cidade de São Paulo, considerado menor território indígena do país, os povos indígenas enfrentam situação conflitante ligada a invasões, como ocupações irregulares. A ministra Sônia Guajajara visitou nesta quarta (26), a Terra Indígena Jaraguá, Zona Oeste da cidade. Conforme a ministra, no Jaraguá, os indígenas têm enfrentado desafios como a “falta de segurança” e pontua que “há uma ameaça aos indígenas por conta das invasões dentro do próprio parque e ocupações no entorno do território, e que acaba gerando conflitos entre os indígenas e esses ocupantes ali invasores desse território”, explicou Sônia Guajajara. Entretanto, a ministra ressalta o compromisso de defender os povos originários. “Nós temos esse dever de proteger essa cultura tão rica, tão diversa, que só engrandece o nosso país”, finaliza.

O Conselho Indigenista Missionário está ligado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. No estudo levantado pelo órgão, em 2022, estados como Roraima, Mato Grosso do Sul e Amazonas registraram, respectivamente, 41, 38 e 30 casos de assassinatos de indígenas.

 

Foto destaque: povos indígenas. Reprodução/Pixabay.

Suspeita de bomba é descartada em prédio do Ministério de Alckmin

Nesta quarta-feira (26), o esquadrão antibombas da Polícia Federal (PF) evacuou o prédio onde funciona o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), que tem o vice-presidente Geraldo Alckimin (PSB) como comandante da pasta, após suspeita de ter uma bomba dentro de uma mochila encontrada bem próxima ao edifício, localizado na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

No momento da evacuação, o vice-presidente Geraldo Alckimin não se encontrava no local. Por volta das 11h20, a Polícia Militar do Distrito Federal foi acionada por meio de seguranças do Ministério. O prédio só foi isolado minutos depois da chegada da PF ao local.


Sede do Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Foto reprodução/Poder360


Nota do Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

Em nota, o MDIC afirmou que o edifício passou por liberação para circulação de pessoas no início da tarde e declarou que as equipes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), assim como da Polícia Federal e da Polícia Militar (PM) do Distrito Federal, encontraram somente roupas no interior da mochila.

De acordo com informações do site Poder 360, a mochila teria sido deixada ali por um homem. Nela, teria um bilhete no qual havia uma mensagem que dizia: “Agradecendo a Deus”, além de um livro da Constituição Brasileira bem ao lado da mochila. Um trecho da nota divulgada pelo MDIC diz: “o prédio está isolado, e as equipes de segurança investigam o conteúdo da mala e fazem uma varredura dos andares”.

Bomba é descartada pela polícia

Na tarde desta quarta-feira (26), a PM descartou a ameaça de bomba na sede do MDIC. Por causa disso, a nota emitida pelo referido Ministério diz que “após passar por procedimento preventivo de segurança, diante de uma mala que havia sido encontrada abandonada na área externa aos fundos, o prédio do MDIC já foi liberado para circulação de pessoas”.

Equipes do GSI, em coordenação com a Polícia Federal e com a Polícia Militar do DF, evacuaram e isolaram o prédio em cerca de duas horas na manhã desta quarta-feira (26), enquanto investigavam o conteúdo da mala. Segundo informações das equipes de segurança, havia apenas roupas em seu interior. O vice-presidente e ministro Geraldo Alckimin (PSB) participava de um evento no Palácio do Planalto.

Foto destaque: Mala encontrada próximo à sede. Reprodução/ Poder 360.

 

OMS faz alerta para surtos de gripe aviária em humanos

Com base no crescente número de infecções de gripe aviária em mamíferos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) levantou uma preocupação de a gripe aviária se tornar um surto e um verdadeiro problema para os humanos. Nesta quarta-feira (26), a OMS fez esse alerta para o risco que os surtos de gripe aviária em animais podem significar aos seres humanos. O número de infecções aumentou consideravelmente entre mamíferos, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e a Organização Mundial para a Saúde Animal (WOAH).


OMS alerta sobre surtos de gripe aviária em humanos. Foto reprodução/Pixabay


As organizações chegaram à conclusão de que os animais mamíferos são biologicamente mais próximos dos humanos que as aves. Dessa forma, corre-se o risco de o vírus conseguir se adaptar e infectar os humanos de maneira mais fácil. No entanto, de acordo com a OMS, permanecem “raros” os casos confirmados em humanos que podem ocasionar doenças graves com elevada taxa de mortalidade, apenas cerca de 8 infecções foram relatadas desde dezembro de 2021. Os casos confirmados estariam relacionados ao contato próximo com ambientes contaminados e aves infectadas.

Número e aumento de casos de gripe aviária

Desde 2020, uma variante da linhagem ganso/Guangdong do vírus da gripe H5N1, que surgiu em 1996 pela primeira vez, causou muitas mortes em aves domésticas, mas também selvagens, de países dos continentes africano, asiático e europeu. Em 2021, por sua vez, o vírus espalhou-se na América do Norte e, em 2022, na América Central e do Sul. Assim sendo, cerca de 67 países em cinco continentes fizeram relatos sobre surtos de gripe aviária em 2022, que foram responsáveis pela morte de mais de 131 milhões de aves domésticas, tendo como consequência seus abatimentos. Neste ano, pelo menos 14 países, especialmente nas Américas, já relataram surtos. No Brasil, por exemplo, o número de casos subiu para 63, segundo a informação emitida pelo Ministério da Agricultura, nesta quarta-feira (12).

Medidas de Biossegurança

Para as organizações da ONU, as formas de combater a gripe aviária se dão por “medidas de biossegurança” que devem ser aprimoradas nas fazendas, como também nas cadeias de valor das aves. Além do mais, de acordo com as organizações, boas práticas de higiene precisam ser aplicadas. Para Silvie Briand, diretora de Preparação e Prevenção de Pandemias e Epidemias da OMS, é necessária a vigilância para identificar possíveis evoluções no vírus, mas diz que com as informações mais precisas sobre o vírus, ele “não parece ser capaz de se transmitir facilmente de uma pessoa para outra”, ressaltou.

As organizações da ONU emitiram um comunicado onde dizem que já se pode “considerar a vacinação de aves como uma ferramenta complementar de controle de doenças com base em vigilância sólida e levando em considerações fatores locais, como cepas de vírus circulantes, avaliação de risco e condições de implementação da vacinação”, diz o trecho da nota. Ou seja, comunicar às autoridades competentes a fim de uma ação a ser realizada o mais rapidamente possível contra surtos é, conforme os membros da WOAH, a “primeira linha de defesa”.

As organizações da ONU afirmaram que a gripe aviária já levou à devastação de populações de animais, o que inclui aves domésticas, selvagens e mesmo alguns mamíferos e que os surtos causaram prejuízos aos meios de subsistência dos agricultores, assim como ao comércio de alimentos. E alerta que é preciso “salvar o maior número de animais”, frisaram. Para as organizações da ONU, os países precisam trabalhar em conjunto no enfrentamento dessa problemática.

Foto Destaque: Ave doméstica. Reprodução/Pixabay.