Disparada da Alphabet coloca Larry Page no segundo lugar entre os mais ricos

O mercado amanheceu agitado na virada para 1º de dezembro. Comentários cruzavam as mesas de operação sobre a arrancada inesperada da Alphabet, que empurrou Larry Page para o segundo lugar entre os mais ricos do planeta. A mudança veio rápido, no embalo de um mês marcado pelas disputas em torno da inteligência artificial. E colocou o fim de 2025 diante de um cenário pouco comum no topo das grandes fortunas.

Page abriu dezembro com um salto de US$ 30 bilhões em novembro, enquanto Sergey Brin também ganhou terreno. Warren Buffett voltou ao top 10 após a valorização das ações da Alphabet. Já Larry Ellison enfrentou o maior revés entre os líderes, depois de uma queda brusca nas ações da Oracle.

A dança das fortunas

Nos corredores das corretoras, analistas descreviam o movimento como um acerto de rota após semanas dominadas pelo impacto do novo Gemini 3. Larry Page acabou sendo o maior beneficiado: atravessou novembro com uma valorização robusta, avançou posições e consolidou a segunda colocação. A mesma onda levou Sergey Brin ao quinto lugar, somando mais de US$ 27 bilhões no mês.

A alta também puxou Warren Buffett de volta ao grupo dos dez primeiros. A Berkshire havia feito um aporte expressivo na Alphabet, e o mercado reagiu rápido. Elon Musk, mesmo com a oscilação da Tesla, segue isolado na liderança, perdeu US$ 15 bilhões, mas continua acima dos US$ 480 bilhões.

A volatilidade e seus efeitos

Do outro lado, Larry Ellison sentiu o impacto mais pesado. A Oracle viu seus papéis caírem quase 23% após dúvidas sobre o ritmo de expansão em IA. O tombo retirou US$ 67 bilhões de seu patrimônio e o empurrou para o terceiro lugar, atrás de Page. Jeff Bezos também recuou com oscilações da Amazon e os altos custos de seu novo projeto de IA.


Larry Page se torna o segundo mais rico da história (Foto: reprodução/X/@Forbes)


Jensen Huang, da Nvidia, enfrentou uma correção no setor de chips, mas conseguiu manter posição entre os líderes. Bernard Arnault, único não americano da lista, recuperou parte do valor perdido nos últimos meses com a retomada das ações do grupo LVMH.

Os mais ricos do mundo em dezembro de 2025

  • Elon Musk — US$ 483 bilhões
  • Larry Page — US$ 262 bilhões
  • Larry Ellison — US$ 253 bilhões
  • Jeff Bezos — US$ 245 bilhões
  • Sergey Brin — US$ 242 bilhões
  • Mark Zuckerberg — US$ 222 bilhões
  • Bernard Arnault — US$ 190 bilhões
  • Jensen Huang — US$ 154 bilhões
  • Bill Gates — (fora do top 10 desde 2024)
  • Warren Buffett — US$ 152 bilhões

O ranking chegou a dezembro refletindo um mercado guiado quase sempre pelos movimentos da inteligência artificial. Quem lidera projetos de infraestrutura ou modelos de IA viu ganhos expressivos, enquanto setores tradicionais encararam correções duras. Analistas projetam novas mudanças até o fim do mês, principalmente diante de possíveis anúncios envolvendo regulações, parcerias e investimentos pesados em tecnologia.

Isenção de IR até R$ 5 mil deve injetar R$ 28 bilhões na economia, de acordo com governo

Em pronunciamento em rede nacional neste domingo (30) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a isenção do Imposto de Renda para pessoas com renda mensal de até R$ 5 mil deve injetar R$ 28 bilhões na economia brasileira em 2026. Para compensar a perda de arrecadação, o projeto de lei deve também estabelecer taxas para os super ricos.

Projeto de Lei

O novo projeto de lei, sancionado pelo presidente Lula na última quarta-feira (26), amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês, além de também prever descontos para quem recebe até R$ 7.350, o que amplia o alcance do benefício.

Para compensar a queda na arrecadação, o texto define que haja uma taxação mínima de até 10% sobre pessoas com renda anual superior a R$ 600 mil – os chamados super ricos. De acordo com Lula, a nova lei “ataca a principal causa da desigualdade no Brasil: a chamada injustiça tributária”. Não haverá cortes em outros setores do país, como a educação e a saúde, já que a arrecadação deverá vir somente da taxação dos super ricos.


Lula sanciona lei que amplia isenção do IR (Foto: reprodução/Getty Images Embed/NurPhoto)


Com a nova regra para o Imposto de Renda, por exemplo, uma pessoa que recebe R$ 4,8 mil mensal deixará de pagar a tributação, o que pode acarretar uma economia de R$ 4 mil ao longo de um ano, segundo cálculos do governo.

Economia brasileira

Em seu pronunciamento, Lula também reforçou como a isenção do Imposto de Renda deve beneficiar diversas áreas da economia. De acordo com o presidente, a arrecadação de R$ 28 bilhões é “um estímulo extraordinário para o comércio, para a indústria, o setor de serviços e o empreendedorismo, que vai gerar mais empregos, mais oportunidades e mais rendas”. O presidente completou que o país como um todo será beneficiado com o projeto de lei.

Segundo o presidente, o alívio no imposto significa “mais dinheiro no bolso”, o que implica maior poder de compra, aumento do consumo e uma reação positiva na economia brasileira. Para Lula, a mudança representa um passo decisivo em busca da justiça tributária e econômica do Brasil.

Ainda em seu discurso, Lula reforçou que a mudança na tributação é apenas o primeiro passo, mesmo que decisivo, e que o governo não deve parar por aqui. O objetivo é garantir que o que o seu governo dê “à população brasileira acesso à riqueza que produz”, de acordo com o presidente.

EUA tentam impedir colapso na rede elétrica após grande demanda da IA

No começo de 2025, equipes de energia em vários estados começaram a notar um movimento que, à primeira vista, parecia só uma coincidência. Um pedido urgente aqui, outro ali, sempre vindo de novos datacenters que surgiam em terrenos antes vazios. Quando as requisições passaram a chegar quase toda semana, ficou claro que a rede elétrica já não dava conta. A sensação de pressa tomou conta das salas de operação, onde técnicos passaram a debater, quase diariamente, como evitar que a demanda crescente empurrasse o sistema para o limite.

A pressão não surgiu do nada. Ainda em 2024, gigantes como OpenAI, Google e Amazon anteciparam um salto na potência computacional até 2030. Desde então, muitas concessionárias admitem que estão correndo atrás. Projetos chegam antes das obras, que começam antes das licenças. É assim que se formam disputas por energia, ajustes provisórios e filas de espera espalhadas por todo o país.

Redes em alerta

No Oregon, a situação ficou evidente quando a Amazon voltou às reuniões com autoridades depois de ver parte de um investimento bilionário praticamente congelado por falta de energia disponível. A Pacificorp explicou que não poderia atender ao pedido de imediato, e o assunto acabou nas mesas regulatórias. Em Santa Clara, dois centros de 50 megawatts, erguidos pela Digital Realty e pela Stack Infrastructure, seguem sem operar desde 2024. A concessionária local prevê liberar energia só depois de 2028, quando concluir uma atualização cara e demorada.


IA acelera o consumo de energia nos EUA e pode gerar gargalos antes de 2030 (Foto: reprodução/X/@hectorchamizo)


Consultores que acompanham o setor dizem que esse tipo de impasse deixou de ser exceção. Ohio vive exemplo parecido: uma mudança na regra de contratação enxugou a fila de projetos de 30 para 13 gigawatts. Ainda assim, especialistas lembram que o país tem histórico de acelerar grandes obras quando há interesse econômico forte. Institutos de energia enxergam até um lado positivo nessa corrida, que pode destravar investimentos que ficaram engavetados por anos.

Datacenters viram usinas próprias

Com a rede pública pressionada, várias empresas passaram a montar suas próprias fontes de energia. No Texas, não é raro ver turbinas novas sendo instaladas a poucos metros dos prédios que abrigam servidores. O projeto Stargate, em Abilene, montado por OpenAI, SoftBank, Oracle e MGX, já funciona com dez turbinas só para garantir que nada desligue de surpresa. Esse movimento começou a atrair até grupos do setor de petróleo: a Chevron, por exemplo, planeja instalar 5 gigawatts em geração a gás até 2027, aproveitando o excedente da Bacia Permiana.

Startups e fornecedores menores oferecem células a combustível e turbinas compactas, uma solução rápida para novos datacenters. A xAI, de Elon Musk, já aplicou a estratégia em mais de um local. Especialistas estimam que o gás natural atenderá boa parte da demanda, enquanto o governo aposta em reatores nucleares antigos e novos modelos AP1000. Modernizar a rede e programas de resposta ao consumo poderiam liberar potência extra. Pesquisadores da Duke University calculam que reduzir apenas 1% do uso dos datacenters criaria uma folga de 125 gigawatts.

Nova lei do Imposto de Renda isenta salários até R$ 5 mil

A nova lei do Imposto de Renda, sancionada esta semana, marca uma das mudanças mais significativas na tributação sobre pessoas físicas das últimas décadas. A partir de janeiro de 2026, trabalhadores com renda mensal de até R$ 5 mil estarão totalmente isentos do tributo. Já aqueles que ganham entre R$ 5 mil e R$ 7.350 terão redução progressiva no imposto, segundo faixas de renda definidas pelo governo.

Alívio para a base e regras

De acordo com estimativas oficiais, cerca de 15 milhões de brasileiros devem sentir diretamente o impacto positivo da medida. Para quem recebe até R$ 5 mil, a economia mensal fica em torno de R$ 312 — o equivalente a mais de R$ 4 mil por ano, considerando o 13º salário. A regra avalia a soma total das rendas tributáveis: até R$ 5 mil mensais, há isenção; até R$ 7.350, o desconto é gradual. Essa lógica também valerá na declaração anual de 2027, referente ao ano-calendário 2026, com isenção para rendimentos de até R$ 60 mil e reduções progressivas até R$ 84 mil por ano.

A mudança, no entanto, tem seu custo. O governo calcula uma renúncia fiscal de R$ 25,8 bilhões em 2026. Para compensar, a lei foi construída como “fiscalmente neutra”, prevendo novas fontes de arrecadação: contribuintes que recebem acima de R$ 600 mil por ano terão tributação adicional, incluindo alíquota de até 10% sobre lucros e dividendos — hoje isentos. Essa cobrança deve atingir aproximadamente 150 mil pessoas, reforçando a progressividade do sistema, em linha com práticas adotadas em países da OCDE.

Impacto no orçamento familiar

A isenção traz alívio imediato e maior poder de compra para milhões de trabalhadores. Mas especialistas lembram: para quem tem condições de poupar parte da economia gerada, a mudança pode ser uma oportunidade estratégica. A recomendação é evitar encarar o benefício como “aumento de salário” e direcionar o valor para metas financeiras, como formação de reserva de emergência ou investimentos de longo prazo.


Ilustração de investimento (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Henrique Campos)


Uma simulação usando aportes mensais de R$ 300 no Tesouro IPCA+ 2040 demonstra o potencial de crescimento patrimonial quando há disciplina e constância. O que começa como uma folga no orçamento pode se transformar em um futuro mais seguro — desde que acompanhado de planejamento.

A nova lei avança na redistribuição da carga tributária, mas, no plano individual, o impacto depende de escolhas pessoais. Aproveitar a oportunidade exige firmeza de propósito: transformar o ganho mensal em construção de patrimônio. É a combinação entre política pública e decisão individual que, de fato, muda a vida financeira do contribuinte Educação Financeira

TIM compra V8.Tech e reforça aposta no mercado corporativo

A TIM anunciou, nesta quinta-feira (27), que seu conselho de administração aprovou a aquisição de 100% do capital da V8 Consulting, conhecida no mercado como V8.Tech, por R$ 140 milhões. O movimento reforça a aposta da operadora no segmento corporativo e consolida sua estratégia de expansão em serviços de transformação digital.

Valor muito alto

Segundo comunicado oficial, o valor inicial será desembolsado no fechamento da operação. No entanto, o acordo prevê ainda pagamentos adicionais que podem alcançar mais R$ 140 milhões, condicionados ao cumprimento de metas específicas pela V8.Tech ao longo de um período de até seis anos. Na prática, o negócio pode chegar ao montante total de R$ 280 milhões, dependendo do desempenho da empresa adquirida.

Especializada na integração de soluções digitais e em serviços gerenciados, a V8.Tech é reconhecida por sua forte atuação em transformação digital, computação em nuvem e inteligência artificial. A empresa tornou-se uma referência no apoio a companhias em processos de migração para ambientes digitais e na implementação de tecnologias avançadas que envolvem automação, dados e nuvem.

Uma nova estratégia com a microsoft

Em nota, a TIM destacou que a aquisição fortalece sua estratégia voltada ao mercado B2B, ampliando a capacidade da operadora de oferecer soluções completas às empresas brasileiras. A companhia vê no segmento corporativo um caminho essencial para diversificação de receitas e para o avanço em áreas de maior valor agregado, como cloud e serviços digitais integrados.


Logo da Microsoft (Foto: Reprodução/ Samuel Boivin/NurPhoto/ Getty Images Embed)


A transação ocorre em um momento em que a TIM também reestrutura sua operação interna para acelerar a presença no setor empresarial. A companhia anunciou recentemente a criação de uma nova vice-presidência dedicada exclusivamente ao desenvolvimento e à aceleração do segmento business-to-business. A área será liderada por Fabio Costa, executivo com vasta experiência em tecnologia e que já ocupou posições estratégicas na Salesforce, Microsoft e Oracle, tanto no Brasil quanto na América Latina.

Com a incorporação da V8.Tech, a TIM pretende ampliar seu portfólio, reforçar a competitividade e se consolidar como uma fornecedora completa de soluções digitais em um mercado cada vez mais disputado e impulsionado pela transformação tecnológica.

Amazon destina US$ 50 bilhões para ampliar infraestrutura de IA governamental

Em anúncio realizado nesta segunda-feira (24), a Amazon revelou que pretende investir até US$ 50 bilhões em infraestrutura de inteligência artificial e supercomputação voltada para o setor público dos Estados Unidos. O novo passo da gigante se torna um dos maiores investimentos direcionados à nuvem governamental do país norte-americano.

A aposta da Amazon reflete a crescente importância da IA para órgãos governamentais, especialmente no contexto da corrida tecnológica que o mundo vê acontecer atualmente. Empresas de tecnologias como a OpenAI e a Alphabet também vêm investindo bilhões de dólares em infraestrutura de IA, reforçando a briga pelo controle no mercado tecnológico.

Inteligência artificial e computação

As novas instalações de data centers têm previsão de início de obras para 2026 e devem acrescentar cerca de 1,3 gigawatts de capacidade dedicados a IA e computação de alto desempenho, com objetivo de fortalecer regiões de nuvem da AWS, que contam com mais de 11.000 agências públicas nos Estados Unidos. As mesmas são classificadas a depender do grau de confidencialidade dos dados, contando com três divisões: AWS Top Secret, AWS Secret e AWS GovCloud.


Data centers da Amazon em Virgínia, nos EUA (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Bloomberg)


Cada 1 gigawatt de potência computacional, por exemplo, tem capacidade de alimentar cerca de 750.000 residências norte-americanas. O acesso ao portfólio da Amazon dará ao governo maior liberdade e avanço nas barreiras tecnológicas, já que o governo federal dos Estados Unidos tem como objetivo o desenvolvimento de soluções de IA personalizadas e geração de economias eficientes, ao mesmo tempo, em que aproveita a capacidade da Amazon destinada a AWS.

Corrida da IA

O movimento da Amazon ocorre em um momento estratégico, onde não somente os Estados Unidos, mas outras potências como a China, buscam intensificar os esforços para garantir liderança e lugar na corrida da inteligência artificial.

A Amazon não é a única a investir nesse segmento, com empresas como OpenAI, Alphabet e Microsoft, também já destinando bilhões para expandir a infraestrutura de IA, por meio da construção de data centers. Contudo, a estratégia da gigante em oferecer serviços a órgãos públicos a alavanca no setor de tecnologia, em especial dos Estados Unidos, e torna a corrida mais acirrada.

State Grid compra linha de transmissão Mantiqueira por R$ 7 bilhões

A estatal chinesa State Grid firmou a compra da linha de transmissão Mantiqueira, até então operada pela Quantum Participações – que é controlada pela empresa canadense Brookfield. A transação, avaliada em cerca de R$ 7 bilhões, reforça o crescimento da gigante chinesa no setor energético do Brasil.

A linha Mantiqueira, localizada em Minas Gerais, é responsável por operar 1.204 quilômetros de linhas de transmissão no estado, atravessando cerca de 50 municípios. Além disso, a linha conta com 18 subestações. A venda foi realizada entre a State Grid e a Quantum Participações – que detém a Pampa Transmissão e Energia e os projetos Sertaneja e Chimarrão -, estando alinhada à política global de reciclagem da Brookfield.

Expansão chinesa

A aquisição da Mantiqueira representa mais um passo importante da State Grid para consolidar sua presença no território brasileiro, em especial no mercado elétrico. A companhia veio para o Brasil em 2010 por meio da State Grid Brazil Holding S.A, e atualmente controla cerca de 24 concessionárias de transmissão, espalhadas por 14 estados.

As linhas sob seu controle representam 10% de toda a rede de transmissão elétrica em alta tensão no Brasil, com o grupo administrando 16 mil quilômetros de linhas brasileiras. De acordo com a State Grid, já foram investidos R$ 30 bilhões em projetos desde de sua chegada no país.

Leilão de transmissão no Brasil

Além da nova aquisição bilionária da State Grid, a gigante chinesa também foi responsável por adquirir o lote de leilão de linhas de transmissão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 2023. Por meio da compra, a empresa obteve um lote de 1.468 quilômetros entre Maranhão e Goiás.


Leilão de linhas de transmissão de energia elétrica da Aneel em 2023 (Foto: reprodução/Agência Brasil/Rovena Rosa)


Mediante a aquisição, a State Grid anunciou no fim do ano passado um empreendimento que deve ligar Maranhão e Goiás, tendo previsão de investimentos de R$ 18 bilhões até 2030. Paralelamente, a empresa também mantém participação no Belo Monte Transmissora de Energia (BMTE), e também controla 83,7% da CPFL Energia – que conta com ativos de geração, transmissão e distribuição de energia.

Gemini 3 leva Larry Page ao topo: terceira pessoa mais rica do planeta

Larry Page, cofundador do Google, superou Jeff Bezos e assumiu a terceira posição entre os mais ricos do mundo nesta quarta-feira (19). A alta veio depois que as ações da Alphabet subiram com o lançamento da nova inteligência artificial Gemini 3.

O movimento também favoreceu Sergey Brin, outro cofundador da empresa. Ambos figuram agora entre os principais bilionários do planeta, enquanto investidores reagiam com otimismo aos resultados do terceiro trimestre e à estratégia de inovação da companhia.

O impacto da Gemini 3 na Alphabet

As ações da Alphabet subiram 7%, atingindo um recorde histórico após o anúncio em 18 de novembro de 2025, refletindo a empolgação de investidores e analistas com o novo modelo de IA. O Gemini 3 já está presente em produtos como a busca do Google, aplicativos e serviços corporativos.

O salto fez a capitalização de mercado da empresa se aproximar de US$ 3 trilhões. Para o mercado, foi um sinal claro de que a Alphabet se mantém à frente na corrida global por inteligência artificial.

Fortunas em alta: Page e Brin

Larry Page detém cerca de 3,2% da Alphabet. O valor das ações fez sua fortuna crescer aproximadamente US$ 7,6 bilhões, chegando a US$ 240,9 bilhões e superando Jeff Bezos na lista da Forbes.


Larry Page aumenta patrimônio após alta das ações da Alphabet (Foto: reprodução/X/@EmpreHouse)


Sergey Brin, com participação de 2,9%, também registrou aumento expressivo em seu patrimônio: cerca de US$ 7 bilhões, totalizando US$ 223,4 bilhões e garantindo a quinta posição entre os bilionários. O movimento mostra como a valorização da empresa impacta diretamente a riqueza dos fundadores.

Tecnologia e perspectivas futuras

O terceiro trimestre de 2025 trouxe resultados financeiros sólidos para a Alphabet, com destaque para o desempenho do Google Cloud. A integração do Gemini 3 aos produtos da empresa reforça sua posição como líder em tecnologia e inovação.

Analistas lembram que o mercado é volátil e que fortunas podem oscilar conforme a ação da empresa. Ainda assim, o lançamento do Gemini 3 projeta um caminho de crescimento e consolida a Alphabet como referência global em inteligência artificial.

Nvidia surpreende Wall Street e acelera disputa bilionária pela infraestrutura da IA

A movimentação dos investidores mudou de tom nesta quarta-feira (19), quando a Nvidia divulgou resultados acima do esperado e colocou fim a semanas de tensão no setor de tecnologia. A empresa registrou receita de US$ 57 bilhões no terceiro trimestre, superando as projeções e reforçando a confiança do mercado no avanço da inteligência artificial.

O desempenho se soma a um salto expressivo no lucro por ação, que subiu para US$ 1,30, e reforça a posição da companhia como peça central na infraestrutura que sustenta os modelos de IA usados por gigantes de tecnologia.

Data centers puxam o crescimento

A participação da Nvidia no universo gamer, por anos sua principal vitrine, já não define mais o negócio. No trimestre, o segmento de jogos gerou US$ 4,3 bilhões em receita, uma quantia relevante, mas pequena diante dos US$ 51,2 bilhões vindos de data centers, onde estão os chips usados para treinar e operar modelos avançados de IA.

Esse avanço é impulsionado por empresas como Microsoft, Google, Amazon e Meta, que aumentam investimentos em infraestrutura digital. A estimativa é de que esses aportes cresçam mais de 30% nos próximos 12 meses, consolidando a Nvidia como fornecedora essencial de processamento para a nova economia da IA.


Resultado da Nvidia em data centers (Vídeo: reprodução/X/@SentinelFlash)


Previsão surpreende e empurra mercado para cima

Mesmo com números fortes, a maior reação veio das projeções para os próximos meses. A Nvidia espera receita de cerca de US$ 65 bilhões no próximo trimestre, superando as estimativas dos principais analistas do setor. Segundo Jensen Huang, a demanda pelos novos chips Blackwell segue acima da capacidade disponível, e estoques estão praticamente esgotados.


Jensen Huang, CEO da Nvidia (Foto: reprodução/Instagram/@nvidia)


A sinalização positiva ajudou a impulsionar índices como o S&P 500 no after-market, reacendendo o apetite por risco no mercado global. Hoje avaliada em aproximadamente US$ 4,55 trilhões, a companhia reforça sua posição entre as mais valiosas do mundo.

O que isso significa para o investidor

A alta da Nvidia não resolve, por si só, preocupações com uma possível bolha no setor, mas indica que o crescimento atual é sustentado por receitas e não apenas por expectativas. A inteligência artificial segue como motor de investimentos estruturais, com impactos que vão além dos chips, energia, data centers e software, formam um ecossistema que deve se expandir junto com ela.

Para quem investe, o cenário exige atenção não apenas à Nvidia, mas às empresas ligadas ao ciclo de infraestrutura da IA. Os resultados reforçam que a transformação tecnológica continua acelerando e que o setor ainda tem espaço para crescimento nos próximos trimestres.

Google anuncia investimento de US$ 40 bilhões para expansão de data centers no Texas

O Google anunciou um investimento de US$ 40 bilhões para ampliar sua infraestrutura de centro de dados no Texas, com a construção de três novos complexos. O projeto aumentará o número de data centers que a empresa já tem no estado norte-americano de dois para cinco, reforçando sua presença na corrida da inteligência artificial.

O investimento alto marca um momento estratégico para a gigante de tecnologia, que aposta no crescimento da demanda por IA. De acordo com a Bloomberg, o CEO do Google, Sundar Pichai afirmou que a construção dos data centers disponibilizará milhares de empregos, através de treinamentos.

Novos centros de dados

Os três novos data centers do Google serão distribuídos entre os condados de Armstrong e Haskell. Segundo a Bloomberg, um dos complexos em Haskell será alocado ao lado de uma nova usina solar com sistema de armazenamento de energia em baterias, que visa reduzir o impacto na rede elétrica do local e tornar o funcionamento mais sustentável.

Pichai reforçou que o investimento de US$ 40 bilhões não apenas irá alavancar a empresa na computação para IA, mas também irá fomentar a economia local por meio da criação de novos empregos e capacitação técnica. A empresa investirá em programas de treinamentos profissionais para estudantes de universidades e aprendizes de eletricista.


Data center do Google no Texas (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Ron Jenkins)


Por que o Texas?

O estado do Texas vem se tornando um polo atrativo para a criação de data centers, principalmente por sua combinação de disponibilidade de terrenos e custo de energia para uso industrial mais barato. Essas características tornam o estado do sul dos EUA especialmente competitivo entre as empresas de tecnologia, como o Google – que já mantém dois polos no local. Conforme a Bloomberg, o governador do Texas, Greg Abbott, afirmou que o estado pode se tornar o estado com o maior número de data centers do Google no mundo, se todos os projetos obterem sucesso.

Não somente o Google, mas também empresas como a OpenAI e Anthropic também tem anunciado grandes planos para erguer centros de dados no Texas. O centro de IA da OpenAI tem previsão para inaugurar em 2026, na cidade de Abilene; já a Anthropic anunciou um investimento de US$ 50 bilhões em data centers em estados norte-americanos, incluindo o Texas.