Carta atribuída a Epstein que cita Trump é considerada falsa pelo Departamento de Justiça

Uma carta atribuída ao financista Jeffrey Epstein, na qual ele supostamente afirma que o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, “compartilha nosso amor por garotas jovens e núbeis”, foi considerada falsa pelo Departamento de Justiça norte-americano. O documento veio a público após a divulgação de milhares de arquivos ligados ao caso Epstein, mas, segundo autoridades, não há qualquer evidência de autenticidade ou ligação real entre o conteúdo da carta e fatos comprovados.

A divulgação do documento e a repercussão internacional

A carta passou a circular após a divulgação de milhares de páginas de arquivos relacionados a Jeffrey Epstein, condenado por crimes sexuais e morto em uma prisão federal em 2019. O material foi tornado público como parte de um processo de transparência conduzido pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que reuniu documentos apreendidos ao longo de investigações anteriores. Entre eles, estava uma carta supostamente escrita por Epstein e endereçada a Larry Nassar, ex-médico da seleção de ginástica dos Estados Unidos, também condenado por abuso sexual.

O trecho que mais chamou atenção mencionava Donald Trump de forma explícita, afirmando que o então presidente “compartilhava o amor por garotas jovens e núbeis”. A frase rapidamente repercutiu na imprensa internacional e nas redes sociais, gerando questionamentos sobre a relação entre Trump e Epstein, que de fato se conheciam socialmente nas décadas de 1990 e 2000.



Análise oficial aponta falsificação do documento

Pouco depois da repercussão, o Departamento de Justiça e o FBI se manifestaram oficialmente, afirmando que a carta não é autêntica. Segundo as autoridades, a análise técnica identificou diversas inconsistências que comprovam que o documento não foi escrito por Jeffrey Epstein. Entre os problemas apontados estão a caligrafia incompatível com a de Epstein, erros formais no suposto envio da correspondência e um carimbo postal datado de dias posteriores à morte do financista, o que torna impossível que ele tenha enviado a carta.

Além disso, o documento não continha informações obrigatórias para correspondência enviada por um detento, como o número de identificação prisional. Esses elementos levaram o FBI a concluir que o material foi forjado e não possui valor probatório. O Departamento de Justiça reforçou que a divulgação do documento não significa validação de seu conteúdo. Segundo o órgão, todos os arquivos foram liberados por obrigação legal, e muitos deles incluem materiais não verificados, incompletos ou até falsos, que ainda precisam ser contextualizados.

O contexto da liberação dos arquivos de Epstein

A divulgação do material faz parte de um esforço maior de transparência exigido por decisões judiciais e por legislações que determinam a abertura de documentos relacionados a investigações de grande interesse público. Milhares de páginas foram liberadas, incluindo registros de voos, contatos, anotações internas e correspondências diversas.

Autoridades reforçam que a simples presença de nomes conhecidos nesses documentos não implica, por si só, envolvimento criminal. Muitos registros citam pessoas apenas de forma circunstancial, sem qualquer indício de participação em crimes. Por esse motivo, investigadores alertam para o risco de interpretações precipitadas e desinformação.

Ausência de acusações contra Trump

Apesar da repercussão, não há qualquer acusação formal contra Donald Trump relacionada ao conteúdo da carta. O próprio Departamento de Justiça foi enfático ao afirmar que não existe investigação baseada nesse documento e que ele não sustenta nenhuma alegação criminal. Veículos como Reuters, Time e NDTV reforçaram que a carta não tem validade jurídica nem probatória.

Especialistas em direito penal e transparência pública também destacaram que a divulgação de documentos brutos, sem análise prévia, pode gerar confusão e alimentar narrativas falsas, especialmente quando envolve figuras públicas de grande projeção política.

Conclusão

A carta atribuída a Jeffrey Epstein que menciona Donald Trump é considerada falsa pelas autoridades americanas e não tem valor legal ou investigativo. Embora tenha gerado grande repercussão, o próprio Departamento de Justiça esclareceu que sua divulgação não confirma a veracidade do conteúdo nem implica qualquer acusação contra o ex-presidente.

O episódio reforça a importância da checagem rigorosa de informações e da leitura cuidadosa de documentos divulgados em processos de transparência pública, sobretudo em casos de grande sensibilidade e impacto político.

Bolsonaro é internado em hospital para realizar cirurgia de hérnia

Jair Bolsonaro (PL), deixou a Superintendência da PF em Brasília nesta quarta-feira (24), véspera de natal, e foi internado no Hospital DF Star, que fica a cerca de 5 a 7 minutos da Superintendência, para realizar uma cirurgia para hérnia inguinal bilateral.

O ex-presidente é internado após autorização do STF e do ministro Alexandre de Moraes para deixar a sede da Polícia Federal, onde está preso atualmente. Bolsonaro deixou a sede da PF por volta das 9h30, e chegou ao hospital em cerca de cinco minutos. Esta é a primeira vez em 32 dias que o mesmo deixa a prisão.

Internação e cirurgia

A cirurgia interventiva de hérnia inguinal bilateral será a oitava cirurgia de Jair. A expectativa é de que a equipe médica chegue a Brasília nesta quarta-feira (24), o procedimento cirúrgico irá ocorrer no dia do natal (25).


PF levando Jair Bolsonaro ao hospital DF Star em Brasília (Foto: Reprodução/SERGIO LIMA/Getty Images Embed )


Em entrevista à CNN, o cirurgião Cláudio Birolini e a equipe médica responsável pela cirurgia de Bolsonaro, estimam ao menos uma semana de internação após a cirurgia. O procedimento cirúrgico é considerado seguro, de baixo risco, com recuperação rápida e geralmente costuma durar cerca de três horas.

Determinações de segurança

Alexandre de Moraes detalhou as determinações de segurança e como será cada etapa da internação do ex-presidente. 

  • Estabeleceu que a transferência de Bolsonaro para o hospital deveria ocorrer sem aparição pública e de maneira discreta, com desembarque feito pelas garagens do hospital.
  • Determinou segurança e fiscalização 24 horas por dia, com no mínimo dois policiais federais posicionados na porta do quarto, contando também com equipes dentro e fora do hospital.
  • Moraes proibiu a entrada de telefones celulares, computadores e quaisquer dispositivos eletrônicos no quarto onde Bolsonaro está instalado, exceto, claro, os equipamentos médicos. 
  • O ministro autorizou que Michelle Bolsonaro (PL) acompanhe Jair Bolsonaro. Os filhos Flávio e Carlos Bolsonaro também pediram para ser acompanhantes do pai, mas o pedido foi negado por Moraes. Os filhos podem recorrer a visitas mediante prévia autorização judicial.

STF analisa transferência de Bolsonaro para cirurgia

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) protocolou nesta terça-feira (23) no Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de autorização para que ele seja transferido da sede da Polícia Federal, em Brasília, para um hospital particular da capital federal, onde deve passar por uma cirurgia após confirmação do diagnóstico pela perícia da própria PF.

Pedido da defesa prevê internação e exames preparatórios

De acordo com a solicitação encaminhada ao STF, a defesa de Jair Bolsonaro pede que o ex-presidente seja conduzido e internado na quarta-feira, 24 de dezembro, no hospital DF Star, em Brasília. A internação antecipada teria como finalidade a realização de exames e procedimentos prévios à cirurgia, prevista para o dia seguinte, 25 de dezembro.

No documento enviado ao Supremo, os advogados argumentam que a medida é essencial para garantir que o procedimento cirúrgico ocorra dentro das condições médicas adequadas, respeitando a agenda da equipe responsável e os protocolos clínicos indicados. A defesa destaca que a cirurgia foi recomendada por médicos que acompanham Bolsonaro e que o diagnóstico foi posteriormente confirmado pela perícia médica da Polícia Federal.


Perícia da PF confirma diagnóstico médico

Segundo as informações divulgadas, a Polícia Federal realizou uma perícia médica para avaliar o quadro clínico do ex-presidente. O laudo confirmou o diagnóstico apresentado pela equipe médica particular de Bolsonaro, o que levou à autorização prévia do procedimento cirúrgico pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF.

A confirmação da perícia é um passo fundamental no processo, uma vez que qualquer deslocamento de um preso para fora da unidade onde cumpre custódia precisa ser devidamente justificado, especialmente quando envolve internação em hospital particular. A decisão do ministro considera tanto o estado de saúde quanto os critérios legais e de segurança envolvidos na situação.

Manifestação da PGR antecede decisão final

Após o protocolo do pedido da defesa, o processo segue o rito padrão no STF. A Procuradoria-Geral da República (PGR) tem prazo de 24 horas para se manifestar sobre a solicitação. Somente após essa manifestação o ministro Alexandre de Moraes deverá proferir a decisão sobre a autorização da transferência de Bolsonaro da sede da Polícia Federal para o hospital.

A atuação da PGR é considerada uma etapa essencial, pois cabe ao órgão avaliar se o pedido atende aos requisitos legais e se não há riscos processuais ou de segurança associado à saída temporária do ex-presidente do local de custódia.

Saída temporária não significa liberdade

Apesar da repercussão do caso, a eventual autorização para a transferência não representa concessão de liberdade ao ex-presidente. Trata-se de uma saída temporária, estritamente vinculada à realização de tratamento médico, com retorno previsto à custódia após o procedimento, conforme decisão judicial.

Casos semelhantes já ocorreram em outras situações envolvendo presos que necessitaram de atendimento médico especializado fora do sistema prisional. Nesses casos, a Justiça costuma estabelecer regras específicas para o deslocamento, a internação e a segurança do paciente, garantindo o cumprimento da lei e a preservação da integridade física do custodiado.

Decisão ficará a cargo de Alexandre de Moraes

O ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no STF, é o responsável por analisar os argumentos apresentados pela defesa, a manifestação da Procuradoria-Geral da República e os laudos médicos anexados aos autos. A decisão deverá considerar tanto o direito à saúde quanto as condições legais impostas ao ex-presidente.

Até a conclusão da análise, Jair Bolsonaro permanece detido na sede da Polícia Federal, em Brasília. A expectativa é que a decisão seja tomada dentro do prazo necessário para viabilizar, ou não, a internação prevista para o dia 24 de dezembro. O caso segue sob acompanhamento das autoridades judiciais e médicas, e qualquer movimentação dependerá de autorização expressa do STF.

Alexandre de Moraes autoriza cirurgia do ex-presidente Bolsonaro no dia 25, no Natal

Nesta terça-feira (23), no Diário de Justiça, foi publicada uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizando o pedido da defesa do ex-presidente do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, para que ele pudesse sair da prisão na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. (Condenado a 27 anos e 3 meses por condenação por tentativa de golpe de Estado). 

A decisão autoriza o ex-presidente a realizar uma cirurgia para tratar um quadro de hérnia inguinal bilateral por conta de crises de soluço, no Hospital DF Star, também localizado em Brasília. A defesa do ex-presidente solicitou que seus filhos, Flávio e Carlos Bolsonaro, acompanhassem o pai deles, Jair, no hospital. No entanto, a única pessoa autorizada a acompanhar Jair Bolsonaro durante toda a internação, em razão da cirurgia, foi sua esposa, Michelle.

O ex-presidente será internado no Hospital DF Star no dia 24 de dezembro, véspera de Natal, para a realização de exames, e passará por cirurgia no dia 25, data do Natal, para a correção de hérnias inguinais que vêm afetando sua saúde há bastante tempo.

Estado de saúde do ex-presidente do Brasil, Bolsonaro 

O ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, passou por uma perícia médica realizada pelo Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal (PF). Na avaliação, foi concluído que o ex-presidente apresenta soluços intensos e persistentes, com episódios de até 30 a 40 minutos, o que teria agravado seu estado de saúde e contribuído para o desenvolvimento de hérnia inguinal bilateral — um problema que afeta os dois lados da região da virilha —, tornando necessária intervenção cirúrgica. 

A cirurgia é considerada eletiva, ou seja, não se trata de um caso de urgência ou emergência. Porém, para uma melhora de saúde de Bolsonaro, é bom fazer quanto antes.  A hérnia inguinal, também chamada de hérnia na virilha, ocorre quando tecidos do interior do abdômen atravessam um ponto enfraquecido da parede muscular abdominal, formando um abaulamento local, ou seja, um inchaço na região da virilha. Quando essa condição ocorre em ambos os lados, ela é classificada como bilateral.


 

Médico explica a cirurgia que o ex-presidente Bolsonaro vai ser submetido (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)


Jair Bolsonaro foi esfaqueado durante a campanha presidencial de 2018, o que, desde então, tem causado problemas de saúde crônicos e múltiplas cirurgias ao longo dos anos. Em abril deste ano de 2025, o ex-presidente foi hospitalizado em Brasília após sentir fortes dores abdominais por uma obstrução no intestino, consequência da facada sofrida em 2018.

Já em setembro de 2025, Jair Bolsonaro foi ao Hospital DF Star para exames e retirada de oito lesões de pele. As análises indicaram a presença de câncer de pele em estágio inicial. Também foram constatadas anemia persistente e alterações na função renal.

Entre outubro e novembro de 2025, o filho do ex-presidente, Carlos Bolsonaro, relatou episódios de fortes soluços e vômitos que afetaram a saúde e a comunicação de Jair Bolsonaro. O que levou à necessidade de avaliação médica e ao pedido de autorização judicial para a cirurgia, que ocorrerá no dia 25 de dezembro, no Natal.

Decisão do ministro do STF, Alexandre de Moraes

A autorização para a cirurgia foi concedida pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, na última quinta-feira (19). Na ocasião, ele permitiu que a esposa do ex-presidente Bolsonaro, Michelle, o acompanhasse no hospital, mas negou que seus filhos, Flávio e Carlos Bolsonaro, pudessem estar presentes.

Além disso, o ministro também negou o pedido de prisão domiciliar apresentado pela defesa do ex-presidente. Moraes entende não haver requisitos legais para a concessão do benefício e mencionou diversos descumprimentos das medidas cautelares por Jair Bolsonaro, como o uso de telefone irregular e a tentativa de violar a tornozeleira eletrônica.


Post do Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente, sobre a decisão de Moraes (Foto: reprodução/Instagram/@carlosbolsonaro)


A defesa do ex-presidente não havia solicitado uma data para a cirurgia na quinta-feira (19); no entanto, submeteu o pedido oficialmente nesta terça-feira (23). Assim, o ex-presidente poderá passar pela cirurgia no dia 25 de dezembro.

Para concluir, o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro está detido na Superintendência da Polícia Federal (PF) desde 22 de novembro, após ter tentado violar a tornozeleira eletrônica que utilizava. O ex-presidente confessou ter tentado abrir o aparelho com um ferro de solda. Em 25 de novembro, o ministro Alexandre de Moraes determinou que ele começasse o cumprimento da pena de mais de 27 anos e 3 meses de reclusão no mesmo local em que já estava detido.

Moraes concede prisão domiciliar a Heleno

O general da reserva Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Jair Bolsonaro, passou a cumprir prisão domiciliar na noite desta segunda-feira (22), após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Condenado a 21 anos de prisão por envolvimento em uma trama golpista após as eleições de 2022, Heleno deixou o Comando Militar do Planalto depois que laudos médicos apontaram um quadro de demência compatível com Alzheimer, levando o STF a autorizar a mudança de regime por razões humanitárias.

Decisão do STF altera regime de cumprimento da pena

O ministro Alexandre de Moraes autorizou a conversão do regime fechado para prisão domiciliar após analisar laudos médicos produzidos por peritos oficiais que apontaram comprometimento cognitivo e a necessidade de acompanhamento contínuo. A decisão foi tomada no âmbito da execução da pena imposta a Augusto Heleno, condenado pelo Supremo Tribunal Federal por envolvimento em uma trama considerada antidemocrática após as eleições de 2022.

Na decisão, Moraes afirmou que a mudança no regime não representa revisão da condenação nem redução da gravidade dos crimes, mas uma medida de caráter excepcional, fundamentada em critérios humanitários e previstos na legislação penal brasileira. O ministro também destacou que o cumprimento da pena continua válido e que a prisão domiciliar está condicionada ao respeito a regras rigorosas impostas pelo STF.


Heleno começa a cumprir prisão domiciliar após decisão de Moraes (Vídeo: reprodução/YouTube/Itatiaia)


Saída do Comando Militar do Planalto

Augusto Heleno estava detido desde o fim de novembro em instalações do Comando Militar do Planalto, em Brasília, local destinado ao cumprimento inicial da pena em razão de sua condição de general da reserva. Com a nova decisão, ele deixou a unidade militar e seguiu para sua residência, onde passou a cumprir a pena sob monitoramento judicial.

A permanência em unidade militar havia sido definida como alternativa ao sistema prisional comum, mas o avanço do quadro clínico levou a Corte a reavaliar a adequação do local ao estado de saúde do condenado. A defesa vinha sustentando que o ambiente de reclusão poderia agravar o comprometimento cognitivo apontado nos exames.

Laudos médicos e parecer da PGR embasaram decisão

A conversão do regime foi embasada em laudos médicos solicitados pelo próprio Supremo Tribunal Federal, elaborados por peritos da Polícia Federal. Os documentos indicaram um quadro compatível com demência em evolução, exigindo cuidados constantes e acompanhamento especializado, além de apontarem risco de agravamento caso o general permanecesse em ambiente de detenção.

A Procuradoria-Geral da República se manifestou favoravelmente ao pedido da defesa, entendendo que os elementos médicos apresentados justificavam a adoção da prisão domiciliar. O parecer da PGR foi citado por Moraes como um dos fundamentos para a decisão.

Restrições impostas durante a prisão domiciliar

Apesar de cumprir a pena em casa, Augusto Heleno permanece submetido a medidas cautelares determinadas pelo STF, incluindo monitoramento eletrônico e restrições de comunicação. A decisão estabelece que o ex-ministro não poderá deixar a residência sem autorização judicial, manter contato com outros investigados nem utilizar meios de comunicação que possam interferir no andamento do processo.

O Supremo também determinou que o descumprimento das condições impostas poderá resultar na revogação imediata do benefício e no retorno ao regime fechado, reforçando que a prisão domiciliar não significa liberdade.

Condenação e contexto da investigação

Heleno foi condenado pelo STF por participação em um núcleo estratégico que, segundo a acusação, atuou para desacreditar o processo eleitoral e estimular medidas de ruptura institucional após a derrota do então presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2022. O ex-ministro era considerado um dos principais assessores do governo e mantinha forte influência sobre temas ligados à segurança institucional.

A pena aplicada ultrapassa 20 anos de prisão e passou a ser executada após o trânsito em julgado da decisão. O caso integra um conjunto de ações penais que envolvem militares da reserva e civis acusados de atentar contra o Estado Democrático de Direito.

Repercussão da decisão

A autorização da prisão domiciliar gerou repercussão imediata no meio político e jurídico. Enquanto especialistas destacam que a medida está prevista em lei e pode ser aplicada independentemente da gravidade do crime, desde que haja justificativa médica comprovada, críticos avaliam que o caso reacende o debate sobre tratamento diferenciado a autoridades de alto escalão.

No Supremo, a avaliação é de que a decisão segue parâmetros técnicos e jurídicos, mantendo a execução da pena e assegurando o controle judicial sobre o condenado. O caso segue sob acompanhamento da Corte, que poderá reavaliar o regime caso haja descumprimento das condições ou mudança no quadro clínico.

China critica interceptação de navios pelos EUA e defende Venezuela

Nesta segunda-feira (22), a China afirmou que a apreensão de navios de outros países pelos Estados Unidos é uma grave violação do direito internacional. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês fez a declaração durante uma coletiva de imprensa diária. Segundo o ministro, Pequim se mantém firme em sua oposição a sanções unilaterais consideradas “ilegais”.

China alerta sobre tensões diplomáticas

Em posicionamento oficial, a China classifica as ações de apreensão dos Estados Unidos como arbitrárias, destacando que tais medidas não podem ser constatadas como respaldadas por organismos multilaterais e que desrespeitam normas de navegação internacional e também de comércio. O ministro ressaltou ainda que práticas desse tipo agravam as tensões diplomáticas entre os países e comprometem a estabilidade das relações de interesse.


Cargas com bandeira dos EUA e China (Foto: reprodução/Yaorusheng/Getty Images Embed)


Ainda durante a coletiva, o representante do governo chinês afirmou que a Venezuela possui pleno direito de manter relações políticas, comerciais e econômicas com qualquer outro país.

A China, até então, é um dos maiores aliados do governo venezuelano, que há alguns dias saiu em defesa de Nicolás Maduro diante das críticas que o regime vem enfrentando por parte dos Estados Unidos, atualmente sob a administração de Donald Trump.

Cenário geopolítico

Informações divulgadas neste último domingo (21) indicam a terceira interceptação, por parte dos Estados Unidos, de um navio petroleiro nas proximidades da costa da Venezuela. Tal fato culminou no posicionamento chinês referente a essas atitudes. Contudo, a ação foi noticiada por duas agências distintas, Bloomberg e Reuters, que apresentaram versões diferentes sobre o ocorrido.

Segundo a Bloomberg, o navio seria o petroleiro Bella 1 e forças norte-americanas já teriam embarcado na embarcação. Já a Reuters informou que o navio interceptado estaria sendo perseguido, mas que a abordagem ainda não teria sido concluída até o momento da publicação.

O episódio coloca em foco o cenário de tensão geopolítica envolvendo, mais uma vez, os Estados Unidos, a Venezuela e seus aliados, além de trazer novamente ao debate o uso de sanções econômicas como instrumento de pressão política no cenário internacional.

Imagens inéditas de stalker de Isis Valverde são divulgadas após prisão

O homem acusado de perseguir a atriz Isis Valverde, há mais de 20 anos, foi preso no Rio de Janeiro, após ser flagrado dentro do condomínio onde ela mora. A prisão de Cristiano Rodrigues Kellermann ocorreu na última semana e foi exibida pelo Fantástico, que divulgou imagens inéditas do suspeito entrando no local em mais de uma ocasião.

Nas gravações exibidas no programa, Kellermann aparece acessando o condomínio e, em depoimento, admite que buscava contato direto com a atriz. “Eu sou amigo dela. Me apresentei como primo porque era o único jeito de conseguir chegar até ela”, afirmou. O suspeito também declarou que contratou um detetive para obter informações pessoais.

“Eu pedi [o endereço] pra um detetive, porque estou correndo atrás dela faz mais de uma semana, pra saber onde ela morava”, complementa Cristiano.

Ainda segundo o relato exibido na reportagem, Kellermann disse que conheceu Isis Valverde em Brasília e que nunca mais teve contato com ela após o primeiro encontro. “Eu queria conversar com ela, a conheci em Brasília. Ela se apresentou, simpática, e eu me apaixonei por ela. Eu tinha que arrumar uma mulher pra casar. Só que eu nunca mais falei com ela”, afirmou. A partir dessas declarações, a Polícia Civil intensificou a apuração e confirmou que ele já havia sido denunciado pelo Ministério Público antes de ser preso em flagrante na terceira tentativa de aproximação.

Stalker está preso

Cristiano Rodrigues Kellermann foi preso em flagrante na terceira tentativa registrada de aproximação do condomínio de Isis Valverde. De acordo com o Ministério Público, ele já era alvo de investigação e havia deixado o local antes da chegada da polícia em ocasiões anteriores.


Imagens inéditas de Cristiano Rodrigues Kellermann  (Vídeo: reprodução/Instagram/@showdavida/@saiggmahomed/@renataceribelli)


A promotora de Justiça Mariah da Paixão informou que, na abordagem mais recente, o comportamento do suspeito foi considerado mais agressivo e intimidatório, com resistência em deixar o local sem contato com a vítima. A defesa solicitou avaliação psiquiátrica e relatou que Kellermann passou por internação compulsória em 2023, por dependência química e conduta considerada de risco.

Marcos Pitombo revela ter stalker

Após a prisão do suspeito no caso envolvendo Isis Valverde, o ator Marcos Pitombo afirmou publicamente que também é vítima de perseguição. Ele informou que a situação ocorre há mais de um ano e que já registrou boletim de ocorrência, anexando mais de 300 mensagens ao processo.

Segundo Pitombo, o perseguidor envia mensagens com ameaças, acompanha sua rotina e frequenta locais onde o ator trabalha, incluindo teatros. O Ministério Público aplicou medidas protetivas, mas, de acordo com o relato, as mensagens e abordagens continuaram mesmo após as determinações judiciais.

Bolsonaristas e lulistas divergem sobre papel de Flávio Bolsonaro na corrida presidencial

Pesquisa do instituto Genial/Quaest divulgada neste domingo (21) indica que 49% dos brasileiros acreditam que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) manterá sua candidatura à Presidência da República até o pleito de 2026. Outros 38% avaliam que a pré-campanha é usada como instrumento de negociação política do grupo liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, enquanto 13% não souberam ou não responderam.

O levantamento mostra diferenças relevantes entre os segmentos do eleitorado. Entre eleitores que se identificam como bolsonaristas, 81% acreditam que Flávio seguirá candidato até o fim do processo eleitoral, enquanto 12% veem a pré-candidatura como estratégia de negociação. Outros 7% não responderam. Já entre os eleitores identificados com o lulismo, 57% acreditam que o senador usará a candidatura para negociar, e 32% afirmam que ele será candidato em 2026.

Entre os eleitores que se declaram independentes, o cenário é dividido: 46% acreditam que Flávio Bolsonaro será candidato até o fim, enquanto 37% avaliam que a pré-campanha tem caráter negociador. Outros 17% não souberam ou não responderam. A pesquisa ouviu 2.004 eleitores entre os dias 11 e 14 de dezembro, com margem de erro de dois pontos percentuais e nível de confiança de 95%.

Flávio aposta em cultos evangélicos na pré-campanha

Sem alianças regionais consolidadas em parte do país, especialmente no Nordeste, Flávio Bolsonaro tem utilizado cultos evangélicos como estratégia para se apresentar ao eleitorado nesta fase inicial da pré-campanha presidencial. A avaliação de aliados é que os eventos religiosos funcionam como alternativa à ausência de palanques políticos formais em algumas regiões.


Bolsonaristas e lulistas divergem sobre papel de Flávio Bolsonaro na corrida presidencial (Foto: reprodução/Instagram/@infomoney)


Segundo pessoas próximas ao senador, a estratégia busca ampliar o conhecimento do público sobre seu perfil político, diferenciando sua atuação da do ex-presidente Jair Bolsonaro. Nesta segunda-feira (22), Flávio participa de um grande culto aberto ao público em Vitória, no Espírito Santo, organizado pelo senador Magno Malta (PL-ES), em um estado onde ainda não há articulação suficiente para a montagem de um palanque político estruturado.

Nomes de seu ministério serão divulgados em breve

Flávio Bolsonaro afirmou, em encontros recentes com empresários e investidores, que pretende anunciar parte dos nomes de um eventual ministério ainda durante a campanha presidencial de 2026, com prioridade para a área econômica. A proposta foi apresentada em reuniões realizadas em São Paulo, incluindo um almoço na sede do banco UBS e um encontro com representantes do mercado.

Segundo relatos de participantes, o senador defendeu a antecipação dos nomes como forma de dar previsibilidade ao programa econômico. Flávio citou como referência a campanha de 2018, quando Jair Bolsonaro anunciou Paulo Guedes como ministro da Economia, e afirmou que dará autonomia à equipe econômica caso seja eleito.

Polêmica com campanha da Havaianas gera críticas nas redes

A Havaianas, uma das marcas mais tradicionais do mercado nacional, passou a enfrentar uma onda de críticas após a publicação de um filme publicitário com a presença da atriz Fernanda Torres. O conteúdo foi interpretado de forma política por parte do público e gerou forte repercussão nas redes sociais, especialmente entre usuários que associaram a campanha a posicionamentos ideológicos.

Interpretações

No vídeo, Fernanda Torres inicia com uma fala que foi interpretada por parte do público como uma crítica à direita política, ao afirmar: “Desculpa, mas eu não quero que você comece 2026 com o pé direito”. Em poucas horas, hashtags e vídeos relacionadas ao boicote à marca já se encontravam entre os assuntos mais comentados do país, ampliando o alcance da discussão e dividindo opiniões entre os consumidores.


Vídeo campanha, Havaianas com Fernanda Torres (Vídeo: reprodução/Instagram/@oficialfernandatorres)


Ainda no post, a legenda do vídeo publicado diz: “Eu e Havaianas só te desejamos uma coisa nesse Ano Novo: coragem pra entrar com os dois pés em tudo que vier por aí”. A mensagem, segundo uma parte do público, apenas intensificou a divisão política do caso.

Cancelamento

Com a repercussão do vídeo, algumas pessoas começaram a se manifestar de forma negativa sobre o filme publicitário, fazendo declarações públicas sobre interromper imediatamente o uso dos produtos da empresa. Comentários críticos também passaram a questionar o posicionamento da marca e a relação entre publicidade e discurso político.

O vídeo faz parte de uma série de outras publicações lançadas anteriormente em parceria com a atriz Fernanda Torres, com o objetivo de promover ideias, campanhas e novos lançamentos da marca. A publicação em si tinha como objetivo celebrar a chegada do verão e o período das festas de final de ano, tradicionalmente associado a ações de marketing da empresa.

Até o momento, não houve nenhum pronunciamento oficial por parte da Havaianas nem da assessoria da atriz Fernanda Torres sobre as interpretações geradas pelo conteúdo ou sobre as críticas recebidas.

Mariana Lacerda faz criticas ao seu caso de abuso

Neste sábado (20), Mariana Lacerda, uma das peças mais importantes no julgamento do bilionário Jeffrey Epstein, se pronunciou sobre o governo Trump ter controle dos documentos relacionados ao caso. Ela criticou o fato de se ter uma certa censura nas documentações da situação em questão, disse que é um descaso com aquelas vitimizadas por ele. Explicou que havia uma empolgação esta semana quando tiveram acesso aos arquivos, mas quando chegou na hora ficaram em choque por conta da falta de transparência por parte daqueles que os liberaram. Em setembro deste ano, a mesma participou de uma coletiva de imprensa concedida à rede de TV americana ABC.

Epstein e Mariana Lacerda

Em 2002, quando a brasileira havia acabado de se mudar para os EUA, ela conheceu o bilionário Jeffrey Epstein. Na época, trabalhando em três empregos, visando o sustento de sua família, teve a oportunidade de conhecê-lo, com uma proposta de trabalho sendo apresentada. Conforme informou, quando chegou aos 17 anos, o interesse dele por ela passou, pois teria ficado “velha demais”. Disse ainda que o FBI a procurou em 2008, porém, apesar disso, ainda assim não pôde falar com a justiça, pois havia ocorrido um acordo judicial. Quando o caso foi reaberto em 2019, os depoimentos foram feitos e finalmente efetuaram a prisão dele.

No ano de 2008, ele acordou de assumir a culpa pela situação, porém, 11 anos depois, foi considerado que era inválido, então foi determinado que ele fosse preso por tráfico sexual. Conforme divulgado pelas autoridades, ele tirou a própria vida logo após ter tido sua sentença.

Em 2024, o governante dos Estados Unidos da América prometeu que iria fazer a divulgação de nomes daqueles que estavam envolvidos no meio desse problema todo, inclusive o nome de Trump apareceu num desses registros como culpado, e já é de conhecimento público que eles estavam próximos nos anos 90, já tendo relações amigáveis naquela ocasião, porém, apesar disso, o presidente não está sendo investigado.


Mariana Lacerda em setembro deste ano concedendo entrevistas em coletiva(foto:reprodução/Andrew Harnick/Getty Images Embed)


Lista de clientes

Pam Bondi, procuradora-geral, informou que existia uma suposta lista de clientes que estariam envolvidos nesses abusos em sua mesa para ser revisada, porém, o departamento de justiça dos Estados Unidos desacreditou essas informações, dizendo que essa dita listagem de pessoas não existe, assim como o próprio Trump falou que tudo isso é uma farsa.

Os republicanos que apoiam atualmente o presidenciável ficaram irritados com a mudança de versão e agora estão possivelmente compartilhando  algumas teorias de conspiração envolvendo o republicano.