Maria Casadevall fala sobre sua sexualidade e antigo namoro com Caio Castro

Rafaela Manchini Por Rafaela Manchini
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Foto destaque: Maria Casadevall fala sobre desconforto em relacionamentos heterossexuais que viveu (Reprodução/Rogério Mesquita)

Maria Casadevall revelou em entrevista para a Marie Claire que demorou 31 anos para entender sua sexualidade e os desconfortos de relacionamentos heterossexuais que já viveu. Questionada sobre seu relacionamento com Caio Castro, com quem atuou em “Amor à Vida” (2013) e “I Love Paraisópolis” (2015), ela revelou que sentia que algo estava errado, até se declarar lésbica em 2020.

“Tive uma vida afetiva de relacionamentos com homens cisgênero, mas como não sabia identificar essa pressão, encarava com naturalidade o desconforto que vinha como consequência das minhas escolhas. Não sabia nomear, mas sabia que alguma coisa estava meio fora do tom, fora do lugar”.

Maria Casadevall

Maria Casadevall e Caio Castro (Foto: reprodução/TV Globo)

Dificuldade em se aceitar

A atriz também mencionou que nunca reprimiu seu desejo por mulheres, mas acreditava que a homoafetividade nunca faria parte de sua vida. Ela explicou que desde cedo percebia a atração por mulheres, mas devido à heteronormatividade em que cresceu, sempre viu o desejo por homens como uma “regra” e seu desejo por mulheres como uma “experiência para ser vivida“.

“Eu nunca reprimi [a atração], mas mantinha ele à parte de qualquer reconhecimento, por nem cogitar que houvesse espaço ou possibilidade da homoafetividade assumir um lugar central na minha vida. Tanto pessoal, quanto pública, e isso tem nome: heteronormatividade compulsória”.

Maria Casadevall

Casadevall também compartilhou que levou anos para seu autoconhecimento. Segundo ela, foi só em seus 31 anos de idade, por meio de muito afeto e aprendizado, que ela compreendeu que era vítima de uma estrutura que obriga a sociedade a enxergar a heteronormatividade como uma via única de “sucesso amoroso”.

Autoconhecimento

A atriz foi inspirada por muitas mulheres que vieram antes, abrindo caminhos e, principalmente, por suas contemporâneas que continuam a lutar por esses espaços. Maria ainda contou que foi natural se assumir como parte da comunidade LGBTQIA+ e que, desde então, passou a se conhecer melhor. Ela refletiu sobre a jornada de autoconhecimento, descrevendo-a como um processo contínuo ao longo da vida, e não apenas um evento isolado.

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