Após a derrota por 3 a 1 para o São Bernardo, fora de casa, o técnico do Santos, Pedro Caixinha, revelou ter conversado com Jorge Jesus, atual treinador do Al-Hilal. O português buscou informações sobre a condição física do atacante, mas evitou estipular uma data para a estreia.
“Sabemos que ele chega na sexta-feira, será apresentado em São Paulo e terá um primeiro contato com o grupo. Depois, seguirá para a Vila Belmiro. Fizemos um levantamento detalhado sobre sua condição. Conversei com Jorge Jesus, mas o conteúdo da conversa permanece privado. Temos acesso aos seus dados de treino e sabemos que ele estará em boa forma para atuar rapidamente”, afirmou Caixinha.
O treinador destacou que ainda não teve um encontro direto com Neymar, mas ressaltou o impacto que sua chegada trará ao elenco.
“Temos clareza sobre onde ele jogará e como será integrado ao time. Ainda não falei com ele pessoalmente, mas teremos essa oportunidade assim que estiver conosco. Estamos muito felizes em receber um jogador desse nível, pois ele agregará novas dinâmicas ao grupo”, completou o técnico.
Preparação para a nova fase com Neymar
Embora o Santos ainda não tenha anunciado oficialmente o retorno do atacante, Neymar já foi recebido com entusiasmo pelo presidente Marcelo Teixeira. O jogador rescindiu seu contrato com o Al-Hilal e desembarca no Brasil nesta sexta-feira (31), quando será apresentado à torcida.
Sobre as condições de jogo do camisa 10, Caixinha foi direto. “Ele tem ritmo de jogo? Ainda não. Está disponível? Sim. Sabemos exatamente onde ele se sente mais confortável em campo. Nosso objetivo é tornar Neymar uma peça decisiva e garantir que ele jogue na função que mais gosta”, pontuou o treinador.
O Santos volta a campo no sábado (1º), às 20h30, contra o São Paulo, pela sexta rodada do Paulistão. O clássico será disputado na Vila Belmiro, onde Neymar deve assistir à partida de seu camarote.
Caixinha e Luan Peres cobram reação do Santos
O Santos voltou a sofrer com jogadas pelo alto. O zagueiro Luan Peres reconheceu a fragilidade do time nesse aspecto e cobrou uma mudança urgente de postura.
“Muitos gols acontecem assim. Precisamos melhorar. Somos um grupo. Quando perdemos, todos perdem. Controlamos o jogo, mas erramos novamente na bola aérea. Isso precisa mudar. Representamos o Santos, não podemos perder três seguidas. A atitude tem que ser outra”, destacou o defensor.
O Peixe só não sofreu gols aéreos na vitória sobre o Mirassol, na estreia do Paulistão. Nos outros quatro jogos, a defesa foi vazada pelo alto pelo menos uma vez. Até o momento, a equipe levou nove gols na competição e não vence há quatro partidas, acumulando três derrotas seguidas e um empate.
Atualmente, o Santos ocupa a segunda posição do Grupo B, com quatro pontos, três atrás do líder Guarani. Red Bull Bragantino, também com quatro, e Portuguesa, com dois, completam a chave. Contra o São Bernardo, o Alvinegro Praiano teve mais posse de bola, com 57%, e finalizou 11 vezes, mas apenas quatro foram no alvo. O time abriu o placar com Guilherme, mas viu o adversário marcar três vezes entre os 15 e os 46 minutos do segundo tempo.
O técnico Pedro Caixinha lamentou o revés e a sequência negativa do time. “Sempre que perdemos, isso mexe com todos. Imagine uma série de derrotas”, disse o treinador.
Apesar do momento delicado, o português destacou pontos positivos no desempenho da equipe. “Precisamos avaliar o crescimento do time. Se excluirmos o gol sofrido, um padrão em que ainda temos dificuldades, conseguimos boas jogadas. Ainda não atingimos os resultados esperados, mas não podemos continuar sofrendo gols dessa maneira”, concluiu Caixinha.