Os Estados Unidos estudam um boicote diplomático aos Jogos Olímpicos de inverno, em fevereiro de 2022. Joe Biden, presidente da nação norte-americana, considera não mandar representantes governamentais por conta das infrações aos direitos humanos por parte da China.
“É algo que estamos considerando”, disse Biden quando questionado se o país tem realmente a intenção de não participar dos jogos.
A razão para o boicote seria o tratamento dado pelo governo chinês de Xi Jinping ao povo uigur, muçulmanos que habitam predominantemente a região autônoma de Xinjiang, no noroeste da China. O Ocidente pressiona a China para interromper os massacres e as prisões, enquanto Pequim nega excessos.
A relação entre a China e os EUA também passa por crises em outras áreas, como a escalada militar em Taiwan e a pressão por Hong Kong, território autônomo cada vez mais submetido ao controle político absoluto do governo chinês.
Joe Biden, presidente dos EUA. (Foto:Reprodução/BBC)
O secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse que os EUA e seus aliados estão em “conversas ativas” sobre as ações a serem tomadas em relação aos Jogos Olímpicos de inverno.
“Estamos conversando com aliados, parceiros e países ao redor do mundo sobre como eles estão pensando sobre os jogos, como estão pensando sobre a participação”, disse o secretário de estado.
Joe Biden ainda discute a possibilidade de fazer disso uma ação conjunta com o Canadá. A proposta está sendo avaliada com o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau. Biden tem sido muito pressionado por grupos ativistas e membros da política estadunidense para boicotar os Jogos.
Por se tratar de uma medida estritamente diplomática, os atletas da delegação norte-americana não participariam do boicote.
As Olimpíadas de inverno estão programadas para começar no dia 4 de fevereiro em Pequim.
Foto destaque: Jogos Olímpicos de Inverno 2022. Reprodução/COB