Cicinho critica Abel Ferreira por deixar Maurício no banco e questiona decisões após derrota do Palmeiras para a LDU
Ex-jogador afirmou que o meia poderia ter mudado o rumo da partida e destacou dificuldade em entender as escolhas do treinador português
Durante o programa “Jogo Aberto”, o comentarista e ex-lateral, Cicinho, não poupou críticas a Abel Ferreira após a derrota do Palmeiras para a LDU, no primeiro confronto das semifinais da Copa Libertadores. O Verdão foi superado por 3 a 0 no Equador e agora precisa de um resultado histórico para seguir vivo na competição. Para o ex-jogador, uma das falhas do técnico português foi deixar o meia Maurício entre os reservas, mesmo após boas atuações recentes.
Segundo Cicinho, o jogador tem mostrado potencial para alterar o panorama das partidas quando entra em campo, e a ausência dele entre os titulares foi determinante para o desempenho apagado da equipe. “O Maurício não estava no jogo? É o jogador que tem entrado e mudado a cara do time. O Abel traz umas convicções que nos deixam de mãos atadas para entender o que ele pensou. Não dá para compreender ele não colocar um jogador como o Maurício num jogo desses”, afirmou o comentarista.
Críticas à postura de Abel Ferreira
Cicinho ressaltou que o treinador costuma surpreender com suas escolhas e, por vezes, causa confusão até entre os torcedores. O ex-lateral lembrou que, recentemente, o meia foi decisivo na vitória de virada do Palmeiras sobre o São Paulo, pelo Campeonato Brasileiro, mostrando ser uma peça importante para o esquema da equipe. Mesmo assim, diante da LDU, Abel optou por deixá-lo no banco de reservas durante toda a partida.
“O Maurício tem qualidade, visão de jogo e capacidade de decidir. Ele é aquele tipo de jogador que pode mudar o ritmo do confronto, e foi exatamente isso que o Palmeiras precisou em Quito. Faltou criatividade e alguém que chamasse a responsabilidade”, comentou Cicinho. Para o ex-jogador, decisões como essa dificultam o entendimento sobre o que o treinador português busca com determinadas escalações.
A derrota por 3 a 0 colocou o Verdão em uma situação delicada. O time paulista não conseguiu impor seu ritmo e teve dificuldades para lidar com a altitude de Quito. Além da falta de inspiração ofensiva, a defesa também demonstrou fragilidade, permitindo que o adversário dominasse as ações.
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Cicinho durante o Programa Jogo Aberto da TV Band (Vídeo: reprodução/Instagram/@jogoaberto)
Desafio histórico no Allianz Parque
O Palmeiras agora terá uma missão quase impossível pela frente. Na próxima quinta-feira (30), às 21h30 (de Brasília), o time reencontra a LDU no Allianz Parque precisando vencer por quatro gols de diferença para alcançar a final da Libertadores. Desde 1988, quando o formato atual da competição passou a incluir semifinais, nenhum clube conseguiu reverter um placar de 3 a 0 nesta fase.
Mesmo diante do cenário desfavorável, elenco e comissão técnica afirmam acreditar na virada. Jogadores e o próprio Abel Ferreira demonstraram confiança em uma reação diante da torcida. O técnico português, que já comandou viradas marcantes na história recente do clube, aposta no ambiente do Allianz Parque para tentar reverter o quadro.
Curiosamente, o Palmeiras já viveu o outro lado dessa história. Em 2020, venceu o River Plate por 3 a 0 na Argentina, perdeu o duelo de volta em casa por 2 a 0, mas mesmo assim avançou à decisão, conquistando o título sobre o Santos. Agora, o desafio é oposto — e o Verdão precisará escrever um capítulo inédito para alcançar sua quarta taça continental.
Confiança e pressão
Apesar das críticas e da pressão por resultados, o elenco palmeirense mantém o discurso de otimismo. Jogadores experientes reforçam que o apoio da torcida será fundamental para transformar a energia do estádio em motivação dentro de campo. Maurício, que pode retornar à equipe titular, é visto como uma das esperanças para mudar o panorama da série.
Enquanto os torcedores aguardam uma resposta positiva, Abel Ferreira tenta reorganizar o time e encontrar soluções para os erros cometidos em Quito. A expectativa é de um Allianz Parque lotado e de um Palmeiras disposto a provar, mais uma vez, que nada é impossível no futebol.
