Corinthians quita saldo devedor com empresa de consultoria

O Timão teria admitido que tinha dívidas com a empresa de reestruturação financeira

Lucas da Silva Fiuza Por Lucas da Silva Fiuza
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Foto destaque: presidente Augusto Mello no jogo contra o Criciúma (Reprodução/Ricardo Moreira/Getty Images Embed)

Durante a gestão de Duílio Monteiro Alves, o time presidido por Augusto Mello buscou ajuda na KPMG, com o objetivo de ajudar na reestruturação financeira da equipe. Após a empresa mover uma ação solicitando que o timão pagasse a dívida, foi quitado o valor devido de R$1.634.000, 00.

No dia 30 de dezembro de 2023, o Coringão assinou um documento admitindo que existiam pendências financeiras a serem pagas e prometeu quitação até 20 de janeiro deste ano, o que acabou não sendo cumprido. O Presidente preferiu não prosseguir investindo no trabalho desta instituição quando assumiu e, consequentemente, efetuou a troca para a Ernst e Young.

O ocorrido

Em junho deste ano, a KPMG entrou com um processo alegando calote da parte do Alvinegro do Parque São Jorge e cobrando um valor de R$ 1.490.967,78. A prestadora de serviços ainda solicitou adição de R$ 29.852,11, ao qual se referiram na carta de citação à instituição. No total, ficou R$ 1.520.819,89. Os advogados que estavam envolvidos na situação citaram em texto:

Desde o inconteste vencimento da dívida, as exequentes envidaram todos os esforços possíveis para recebimento, de forma amigável, de seu crédito, no entanto, o executado quedou-se inerte e não honrou com o compromisso assumido do título extrajudicial exequendo, não restando, assim, alternativa à KPMG para o recebimento de seu crédito senão o ajuizamento desta ação de execução”.

Na ocasião, houve troca de emails onde os diretores financeiros do Corinthians questionaram a cobrança que estava sendo feita no processo. Foi solicitado que o pagamento fosse efetuado em 3 dias, alegando possível indicação de bens de penhora caso não houvesse o pagamento.


Augusto Mello no jogo Corinthians e Grêmio (Foto: reprodução/Miguel Schincariol/Getty Images embed)


Esclarecimentos de Duílio Monteiro

Em nota oficial comentando a matéria da ESPN, ele citou o seguinte:

Existe um falso debate aqui. Fim de mandato também é mandato. Assim como assinei o contrato com a Ezze seguros no ultimo mês do meu mandato, para que as receitas ficassem a disposição do meu sucessor, assinei também renegociações. Só que elas não foram levadas a sério por quem preferiu gastar R$130 milhões no time que empatou ontem sem sequer separar R$ 1,5 milhão para uma empresa que foi fundamental no acordo que fizemos em 2022 com a Caixa. E pelo que vejo, tampouco tentaram acerto com os credores que mandaram mensagens e não tiveram resposta. Aí é um modelo de gestão que eles escolheram, o de deixar estourar na justiça.

O ex-presidente do clube lembrou ainda que durante a transição da gestão todas as informações haviam sido passadas para a diretoria, até mesmo para os profissionais que permanecem no departamento jurídico e financeiro.

O Timão volta ao campo no dia 11 de Setembro contra o Juventude, pela Copa Do Brasil.