Depois do GP da Austrália, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) emitiu um comunicado para as equipes na tarde de segunda-feira (17), mostrando que alterou as verificações da flexibilidade das asas traseiras, assunto polêmico em 2024, e segue movimentando o debate da Fórmula 1 nesta temporada.
De acordo com a federação, o limite máximo de flexibilidade permitido antes era de 2 mm e agora será 0,5 mm, quando submetido a uma carga vertical de 75 kg em cada extremidade da asa traseira.
Exclusivamente para esta corrida, por conta do aviso emitido às equipes na última segunda-feira (17) ter sido muito em cima da hora, será permitido um adicional de 0,25 mm.
O que são as asas traseiras e como serão os novos testes
As asas traseiras fazem parte do sistema de DRS (redução de arrasto), que, ao ser ativado, abre as aletas das peças para diminuir a resistência do ar e aumentar a velocidade nas retas. A preocupação da FIA é sobre o restante da estrutura, que não pode ser muito flexível, uma vez que isso poderia garantir vantagens indevidas em diferentes trechos das pistas.
No comunicado oficial, a federação explicou o motivo da mudança: “Depois de analisar as imagens das deformações da asa traseira combinadas com as deflexões estáticas medidas dentro da garagem da FIA em Melbourne, a FIA concluiu que existem motivos suficientes para a introdução de um teste mais rigoroso na asa traseira superior a partir do próximo Grande Prêmio da China”, informou.
O teste irá consistir da imposição de um peso vertical de 75kg sobre as asas. Com essa carga adicional, elas não devem se mover para além do limite de 0,5mm.
A FIA também vai utilizar câmeras para observar o movimento das peças nos carros durante as sessões, assim como fez durante o GP da Austrália, nenhuma irregularidade foi observada em nenhum dos carros das dez equipes durante esse circuito.
Eles também já comunicaram que novos testes mais exigentes para as asas dianteiras entrarão em vigor a partir da nona etapa do campeonato, no GP da Espanha.
Próxima etapa da Fórmula 1
A Fórmula 1 retorna no próximo fim de semana, entre os dias 21 e 23 de março, direto de Xangai, com o GP da China.
Como o país vai sediar a primeira corrida sprint do ano, o único treino livre está programado para a madrugada de sexta-feira (21), à 00h30 no horário de Brasília. Poucas horas depois, às 04h30, os carros voltam à pista para a classificação da prova curta.
Na virada de sexta para sábado (22), exatamente à 00h, as luzes se apagam para a sprint. Momentos depois, às 4h, acontece a classificação do GP da China. Por fim, a largada da segunda etapa da temporada está marcada para as 4h de domingo (23).