Jogador do Fortaleza é punido por documentos falsificados
FIFA suspendeu Imanol Machuca por 12 meses e multou o atleta por uso de certidões falsificadas no processo de naturalização; time cearense e afetado também
A FIFA anunciou uma punição rigorosa em caso envolvendo documentos falsificados, no qual está envolvido um jogador do Fortaleza emprestado ao Vélez Sarsfield-ARG. Trata-se de Imanol Machuca, que teve sua naturalização questionada após a descoberta de inconsistências nos registros de seus avós, usados no processo de naturalização junto à federação da Malásia. A entidade encontrou discrepâncias nas certidões enviadas, determinando sanções de suspensão e multa.
Confusão envolve país asiático
Segundo a investigação da FIFA, durante o processo de naturalização, a Federação de Futebol da Malásia apresentou certidões de nascimento que afirmavam que os avós de Machuca haviam nascido em Penang, cidade malaia. No entanto, apuração apontou que uma das avós, Concepción Agueda Alaniz, é, na verdade, natural de Roldán, na Argentina, o que caracteriza uso de documentos falsificados para burlar regulamentos de elegibilidade.
Com base nesse crime de elegibilidade, a FIFA puniu Machuca e outros seis jogadores envolvidos com suspensão de 12 meses em todas atividades de futebol a partir da data da notificação da decisão. Além disso, uma multa de 2.000 francos suíços foi aplicada a cada atleta. A federação malaia (FAM) também foi punida com multa de 350 mil francos suíços.

Fortaleza vive momento conturbado em campo e passa por nova polêmica (Foto: reprodução/Rubens Chiri/Saopaulofc.net)
Consequências para o atleta, clube e federação
Para Machuca, a suspensão representa paralisação forçada em sua carreira por um ano, com impactos irreversíveis para sequência do contrato e visibilidade. O atleta deixa de participar de jogos oficiais e dá ao clube e a suas aspirações esportivas uma lacuna até sua reabilitação.
Para o Fortaleza, clube proprietário de Machuca, a situação gera escrutínio e risco reputacional. Embora o jogador estivesse emprestado, a associação ao caso pode gerar questionamentos sobre processos de contratação, fiscalização documental e a responsabilidade da gestão sobre qualquer irregularidade cometida durante períodos de cessão.
Para a FAM e o futebol malaio, a punição evidencia uma falha grave em certificações e processos internos de elegibilidade, demonstrando que manipulações documentais não serão toleradas pela FIFA. A multa pesada busca criar precedente dissuasivo para futuras tentativas de fraudes similares. A decisão da FIFA sinaliza que o Estatuto de elegibilidade e as regras de transparência documental têm peso real. A punição imposta mostra que a entidade internacional não deixará impune quem tenta burlar os regulamentos do esporte.
