IBP defende a não intervenção no preço dos combustíveis

Gustavo Sebastião da Silva Correia Por Gustavo Sebastião da Silva Correia
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Nesta terça-feira (19), a autonomia em relação aos preços dos combustíveis no país, foi defendida pelo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), com o intuito de promover a concorrência, atrair mais investimentos e garantir que o abastecimento nacional ocorra a curto e longo prazo. 

A entidade se posicionou após o presidente Jair Bolsonaro declarar que resolveria “a questão do preço do diesel” essa semana. O objetivo do presidente é acenar para os caminhoneiros, que estão ameaçando fazer uma greve por conta do aumento do diesel.

Três classes, que representam os trabalhadores de transportes de carga, anunciaram uma greve geral para 1º de novembro, caso o governo não responda as atuais solicitações. Uma das demandas é em relação a mudança na política de preços da Petrobras, que nesse caso está alinhada junto ao mercado externo.

Para o IBP, o preço de combustíveis no Brasil “deve ocorrer de acordo com premissas claras de mercado, evitando mecanismos conjunturais que causem distorções e desequilíbrios que comprometam a oferta e a continuidade dos investimentos”.


O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás afirma que desde 2016 o Brasil segue uma política de preço alinhada ao mercado internacional. (Foto: Reprodução/galeriadaarquitetura.com.br)


O IBP afirma que é necessário que os preços estejam alinhados com o mercado internacional para que o abastecimento ocorra “ao menor custo para a população” e alega que o crescimento do consumo de combustíveis cresceu em 2021 atingindo os níveis apresentados no período pré-pandemia. 

Por conta da capacidade de refino ser menor à demanda, o país depende da importação. Segundo a entidade, esse cenário não deve mudar na próxima década. No período de janeiro a agosto de 2021, foram comprados no mercado internacional 26% do volume do diesel e 8% da gasolina.

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Em nota, o IBP comentou que: “Sem uma percepção clara por parte dos agentes econômicos de que os preços vão variar de acordo com as regras de mercado, como em todas as demais commodities, não há segurança para a expansão do parque nacional de refino, para a expansão da produção de biocombustíveis ou para agentes importadores para complementar o déficit interno de derivados, especialmente considerando o atual cenário global de descompasso conjuntural entre oferta e demanda por commodities devido à rápida e significativa recuperação pós-pandemia ”

Por último, o IBP comentou que o alinhamento de preço é praticado pelo Brasil desde 2016, e com isso tem sinalizado aos agentes econômicos a atração para investimentos no aumento do abastecimento e na melhoria da logística de distribuição.

 

Foto destaque: Reprodução/G1

 

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