Lojas Americanas pode pedir recuperação judicial

Lucas Bonimani Por Lucas Bonimani
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Na tarde de ontem, sexta feira (13), o juiz da 4° Vara Empresarial do Rio de Janeiro, Paulo Assed, concedeu uma medida de tutela de urgência cautelar pedida pela rede de varejo brasileira.

A medida de tutela dada pelo juiz suspende toda e qualquer possibilidade de um bloqueio, sequestro ou penhora de bens da empresa, assim como adia a obrigação da Americanas de pagar suas dívidas de R$ 40 bilhões, até que um provável pedido de recuperação judicial seja feito à Justiça.



Americanas, R$ 40 bi em dívidas. (Reprodução/Twitter)


“As inconsistências contábeis exigirão reajustes nos lançamentos da Companhia, o que poderá impactar nos resultados finais divulgados nos respectivos exercícios anteriores, com alteração do grau de endividamento da empresa”.

No pedido de tutela feito pela Americanas, a empresa afirma que a descoberta do rombo contábil de R$ 20 bilhões, anunciado anteontem num fato relevante, pode acarretar “no vencimento antecipado e imediato de dívidas em montante aproximado de R$ 40 bilhões.” Assed deu um prazo de 30 dias para que a Americanas peça, se avaliar que é o caso, recuperação judicial.

Ainda é afirmado que o BTG, por exemplo, credor da Americanas, já “declarou o vencimento antecipado” de dívidas “em montante superior a R$ 1,2 bilhão”.

O juiz, em sua decisão, escreve que é “justificável o deferimento da medida, com vistas a evitar o exaurimento de todos os ativos da companhia, por credores altamente qualificados, em detrimento dos demais credores, e, principalmente, da própria manutenção da atividade econômica”.

Na mesma decisão, Assed nomeou como administradores judiciais o advogado Bruno Rezende e o Escritório de Advocacia Zveiter.

A rede de varejo perdeu mais de R$ 8 bi na bolsa de valores após o escândalo dessa semana. As ações da Americanas encerraram a sessão em queda de 77%, a 2,72 reais, ante um recuo de 0,6% do Ibovespa.

Foto Destaque: Lojas Americanas. (Reprodução/Twitter)

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