O Ministério Público de São Paulo (MPSP) decidiu criar um grupo de trabalho para investigar as possíveis causas da queda do avião da Voepass no dia (9), além de procurar identificar os responsáveis. A resolução foi publicada nesta quarta-feira (14), no Diário Oficial e vai estar ativo enquanto ocorrerem as investigações sobre o acidente e os principais objetivos do grupo serão a proposição de ações civis e criminais com base na investigação, compartilhamento de informações e oferecer atendimento integral às famílias das vítimas além de oferecer assistência jurídica, psicológica e social.
O grupo vai ser formado por três promotores de Justiça de Vinhedo, cidade onde o avião caiu, o Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência (NAVV) e uma unidade investigativa do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO). Essa unidade irá atuar investigando crimes cibernéticos.
A queda do avião
Na sexta-feira (9), um avião que saia de Cascavel (PR) com destino a Guarulhos (SP) caiu em Vinhedo (SP). A aeronave caiu em um condomínio Recanto Florido e nenhuma das 62 pessoas presentes no avião sobreviveu. As investigações, até agora, não tiveram muitos avanços, mas a Força Aérea Brasileira (FAB) conseguiu recuperar a caixa-preta da aeronave em que foram gravadas com êxito os registros de voz e dados do avião relacionados ao acidente.
Na segunda (12), os bombeiros informaram que conseguiram resgatar todos os corpos das vítimas do acidente. Ainda sim, nem todos os corpos foram identificados e os 40 profissionais que estão trabalhando nos destroços do avião ainda não conseguiram resgatar todos os pertences dos falecidos. A FAB nesta quarta (14), foi a Cascavel para fazer o translado dos corpos das vítimas. O IML diz que 45 vítimas já foram identificadas e 27 foram devolvidas as famílias.
As fake news do caso
A queda do avião resultou em uma série de fake news publicadas pelas redes sociais. Vaquinhas criadas em nome dos familiares das vítimas, pessoas se passando por parentes e desinformações sobre a aeronave e o governo circularam pela internet e grupos de mensagens. Segundo a Gaeco, mais de 30 perfis falsos foram derrubados e não há notícias sobre presos. Segundo Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, Procurador-Geral da Justiça, quem está cometendo esse crime será rigorosamente punido.