Brasil se tornou o maior exportador de algodão do mundo, ultrapassando até mesmo os Estados Unidos, que liderava o ranking anteriormente.
Durante a 75ª reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e seus Derivados, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que aconteceu em meio a 21° Anea Cotton Dinner (conferência em terras baianas, promovida pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea)), foi feito o comunicado da importante posição que agora pertence ao Brasil: o topo de exportação de algodão.
Para chegar ao topo, o Brasil precisou desbancar outros países, como a Índia, China e os Estados Unidos, que notou sua posição ser desafiada por países emergentes, perdendo no ranking que já foi, majoritariamente, seu na década de 80 e 90.
Possibilidades de oscilação
Mesmo com a atual liderança brasileira, durante o evento, no entanto, foi destacada a possibilidade de alteração na próxima safra, deixando os dois países dominantes oscilando entre si no ranking de exportação.
O presidente da Anea, Miguel Faus, destacou que a posição brasileira não se mantém de forma independente, uma vez que depende da safra norte-americana, que pode ser maior que do ano anterior.
Previsões
Por outro lado, a Associação Brasileira de Produtores de Algodão já fazem previsão para a safra seguinte, que segundo o órgão, deve chegar a 3,7 milhões de toneladas de algodão beneficiado, exportando cerca de 2,6 milhões de toneladas nesta safra. Por volta de 60% da safra já foi comercializada.
Atualmente o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking mundial de produtores de algodão, ficando atrás dos Estados Unidos, Índia e China, conforme a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, a Fao.
Superar os Estados Unidos no ranking de exportadores era uma meta prevista para 2030, entretanto, acabou sendo batida antes do encerramento comercial de 2023/24, informou à Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa).