Bancos públicos vão focar em endividados, MEIs, ações sociais e indústria no próximo governo

João Victor Oliveira Por João Victor Oliveira
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O pensamento do novo governo é que a Caixa Econômica Federal, BNDES, Banco do Nordeste e Banco da Amazônia atuem buscando o desenvolvimento. Para que saia do papel o “Desenrola Brasil”, um programa feito para renegociar até R$ 90 milhões em dívidas. O planejamento é criar um fundo que garanta entre R$ 7 bilhões e R$ 18 bilhões da União para que possibilite a renegociação das dívidas das famílias inadimplentes. 

Prioridades que os bancos públicos terão no próximo governo:

– mais foco em microempreendedores individuais (MEIs) que serão beneficiados com linhas especiais para expandir ou abrir novos negócios.

– apoio em programas sociais (como construção de cisternas e cooperativas de catadores), 

– financiamento de até 3,5 milhões de casas para pessoas de baixa renda 

– incentivo em trocar as máquinas e equipamentos para reaquecer a indústria.

Caso não avance com o primeiro planejamento, a equipe de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estuda garantir o Bolsa Família de R$ 600 com o crédito extraordinário, se essa PEC não tiver sucesso. Apesar de não terem sido indicados ainda, os nomes dos titulares de Caixa, BB, BNDES, Banco do Nordeste e Banco da Amazônia, o senador eleito e um dos coordenadores da campanha de Lula, Wellington Dias (PT-PI) afirmou ao GLOBO que os bancos públicos, como aconteceu nos mandatos entre 2003 e 2010, serão fundamentais no desenvolvimento econômico e social.


Luiz Inácio Lula da Silva, eleito presidente da República para 2023 (Foto:Reprodução/R7)


De acordo com dados da Serasa Experian, cerca de 32% da população adulta brasileira (68,4 milhões) estão endividados. Portanto, a ideia é que esse público volte para o sistema, ajudando na recuperação da economia, por conta de impulsionar a compra de bens e serviços.

Fintechs:

Bancos digitais mudam de estratégia e esperam alcançar uma alta renda, com conta global e cartão ‘premium’. A proposta é lançar um programa atento às famílias mais necessitadas (quem ganha até três salários mínimos, incluindo contas de água, luz e outros serviços, redes de varejo e bancos.

A faixa 1 do Minha Casa Minha Vida, o nome do programa irá voltar, aposentando o feito no mandato de Jair Messias Bolsonaro, Casa Verde e Amarela, com renda abaixo de R$ 1.800. No momento, essa parte da população não é atendida devidamente pelo governo. O argumento usado é a falta de verba orçamentária.

Para que essas famílias voltem a ter uma condição melhor, é necessário que a Caixa volte a atender essas famílias. A proposta é contratar 3,5 milhões de unidades habitacionais de 2023 a 2026, considerando todas as faixas de renda. Os subsídios sairiam de FGTS, loterias e Tesouro Nacional.

“No primeiro ano, a meta seria de 500 mil unidades habitacionais e, ao longo dos anos seguintes, 3 milhões de unidades”, disse Rita Serrano, representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Caixa.

Estes bancos, agregados por Banco do Nordeste, Banco da Amazônia e Finep (financiadora de projetos e pesquisas), podem contribuir no financiamento de projetos de infraestrutura, como energia e transportes no novo governo.

 

Foto Destaque: Bancos públicos, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. Reprodução/FEEB -PR

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