Capa de Frankenstein gerada por IA é semifinalista no Prêmio Jabuti

Editoria Imag Por Editoria Imag
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Nesta quinta-feira (9), saiu a lista dos semifinalistas do Prêmio Jabuti, a maior premiação de literatura no Brasil e que está em sua 65ª edição. Na categoria ilustração, concorre o designer Vicente Pessôa, responsável pela capa da nova edição de Frankenstein, obra clássica de Mary Shelley.

Ilustração gerada por IA

Uma polêmica movimenta essa edição do prêmio, pois a ilustração de Vicente Pessôa foi criada com ajuda de um programa de Inteligência Artificial (IA). O processo de criação foi mostrado no canal Clube de Literatura Clássica, no YouTube, que pertence à editora que publicou o livro. No X, já são muitas as discussões sobre o tema, questionando os limites éticos e jurídicos da utilização de imagens geradas por inteligência artificial. Um dos jurados da categoria, André Dahmer, disse não saber que avaliava um trabalho híbrido e que a organização do prêmio deve, na próxima edição, abrir uma nova categoria para trabalhos que foram feitos a partir do auxílio de IA. Ele ressalta, ainda, que acredita que o autor não agiu de má fé, já que colocou na coautoria da peça “Midjourney”, uma ferramenta de inteligência artificial.


Vicente Pessôa conta em live o processo de criação de ilustração. (Vídeo: Reprodução/YouTube/Clube de Literatura Clássica) 


O criador e a criatura: a visão do designer por trás do trabalho

Em uma live transmitida no canal Clube de Literatura Clássica, Vicente Pessôa conta sobre o processo de criação da ilustração do livro e afirma que “o processo da máquina é bem parecido com o processo do pintor”. Por meio de comandos dados por ele, a ferramenta, por meio de cálculos matemáticos, foi gerando as imagens que compõem a capa. Em entrevista ao Estadão, o autor diz gostar das polêmicas que envolvem seu trabalho e que a IA é “uma tendência que veio para ficar”. Ainda segundo Pessôa, a obra é o “primeiro livro da história do universo que foi inteiramente ilustrado por IA”.

 

Foto Destaque: Capa da nova edição de “Frankenstein” feita com auxílio de IA. (Reprodução/Clube de Literatura Clássica/O Povo)

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