Os casos de dengue subiram significativamente, de acordo com o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. Os números consideram os registros a doença até a primeira semana de setembro, e houve um aumento de 189,1% em comparação com o mesmo período de 2021. Foram contabilizados 1.337.413 casos prováveis de dengue no país até o dia 5 de setembro.
Em 2022, a região Centro-Oeste tem a maior taxa de incidência apresentando 1.867,3 casos/100 mil habitantes, em seguida vem as regiões:
Sul: 1.018,0 casos/100 mil habitantes
Sudeste: 494,4 casos/100 mil habitantes
Nordeste: 398,5/100 mil habitantes
Norte: 227,6 casos/100 mil habitantes
Dentre os casos prováveis de dengue, os municípios que apresentaram maiores registros foram:
Brasília (DF): 62.265
Goiânia (GO): 49.675
Joinville (SC): 21.365
Aparecida de Goiânia (GO): 21.164
Araraquara (SP): 20.937
Anápolis (GO): 19.881
O Ministério da Saúde afirma que foram confirmados 1.304 casos de dengue grave e 16.114 casos de dengue em alerta no país em 2022. Foram confirmados até o momento, 854 mortes por dengue, 737 delas por critério laboratorial e 117 por critério clínico epidemiológico. São Paulo, Goiás, Paraná e Santa Catarina são os estados com o maior número de óbitos. Outras 227 mortes estão sendo investigadas.
Os especialistas fazem um apelo à população, e afirma que cuidados básicos feitos semanalmente podem contribuir para a evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, Zika e Chikungunya.
Os casos prováveis de Zika no Brasil atingiram uma taxa de incidência de 4,6 casos por 100 mil habitantes e foram registrados 9.916 casos. Em comparação com 2019, houve um aumento de 21,1% no número de casos, e de 98,8% em relação a 2021. Segundo o boletim, casos de morte por Zika não foram notificados em 2022.
Já a Chikungunya, foram registrados 162.407 casos prováveis neste ano. Em comparação com 2021, ocorreu um aumento de 89,4% até a primeira semana de setembro.
Do ovo à fase adulta, o ciclo de desenvolvimento do mosquito leva de sete a dez dias. Cada fêmea pode colocar até 1.500 ovos, por isso, qualquer recipiente que permita o acúmulo de água parada pode se tornar um foco em potencial para a reprodução do Aedes aegypti. Os principais criadouros são: pneus, vasos de planta, caixa d´ água, bandeja de geladeira, calhas, galões, garrafas e entulhos.
Combate ao mosquito Aedes aegypti. Foto: (Reprodução/Conexão Tocantins)
Quanto mais mosquitos, maiores são as chances de transmissão dos vírus. Para ajudar a população no combate ao mosquito, pesquisadores da Fiocruz desenvolveram uma cartilha chamada “10 minutos contra o Aedes”. O material está disponível online e ele destaca os pontos que precisam de atenção nas residências.
Foto destaque. Mosquito Aedes aegypti. Foto: Reprodução/Brasil Escola.