Iniciada a retirada de centenas de manifestantes que acampavam em Lutzerath, no oeste europeu da Alemanha desde 2020. A polícia alemã realizou na manhã da última quarta-feira (11), uma força tarefa para a retirada total destes manifestantes que protestavam no local.Estima se que em dois dias ou no Maximo uma semana toda a evacuação do vilarejo possa ter sido realizada.
Foto: Manifestantes protestam contra destruição de Lutzerath e a poluiçao de CO2 no clima .Reprodução/gtty imagens.
A região européia estava ocupada por mil ativistas que tentavam impedir que a famosa empresa de energia RWE, realizasse uma demolição do vilarejo, para extração de linhito, um carvão mineral que encontra se embaixo da localidade.
Com a invasão da Ucrânia pela Rússia o abastecimento energético na Alemanha ficou em crise. Privada do gás russo, o país vem se esforçando para garantir um fornecimento de energia alternativo. Isso levou ao governo alemão, voltar de mansinho a reativar as velhas usinas de carvão. Estendendo assim a vida útil de cada uma delas. Para isso fechou um acordo com a empresa de energia RWE em meados de outubro, visando em oito anos compensar o aumento na produção, garantindo uma fonte de energia para o país.
Lutzerath tornou se símbolo da luta e interesse de muitos ativistas defensores do clima que defendem uma bandeira por um futuro menos poluente.
Para eles não se trata apenas de salvar a cidade, mas manter o carvão no solo, uma vez que, a queima do carvão é um grande vilão do clima. De acordo com eles a queima indiscriminada do produto fará com que a Alemanha ultrapasse suas metas de emissões de CO2. Prejudicando assim um acordo firmado entre Instituto alemão de Pesquisa Econômica (DIW) e Paris. No qual, o país se comprometeu a manter a elevação da temperatura global abaixo de 1,5°C. ainda segundo eles o carvão encontrado na localidade de Lutzerath, não atenta a demanda energética da Alemanha. Este processo apenas iria agredir o meio ambiente e levar ao reassentamento de alguns fazendeiros que ainda encontram se no local.
No entanto os argumentos dos manifestantes não convenceram, nem tão pouco sensibilizou as autoridades, políticos ou tribunais.
Foto destaque: Escavadeira gigante de mina em Garzweiller com Lutzerath. REPRODUÇÃO/Wolfgagn rattay/ Reuters.