Nesta terça-feira (6), um grupo conservador acionou a Justiça federal dos Estados Unidos para que se torne pública os registros de imigração do príncipe Harry, que argumenta que o pedido de visto foi concedido apesar de ele ter admitido que consumiu drogas no país.
A ação está sendo movida pela Heritage Foundation, com sede em Washington DC, na qual os advogados solicitam ao Departamento de Segurança Nacional (DHS, na sigla em inglês) a entrega dos registros em virtude da Lei de Liberdade de Informação (FOIA). No processo, a fundação questiona se o governo examinou adequadamente o príncipe Harry e seguiu os procedimentos adequados quando o admitiu no país.
“Obviamente, trata-se de um caso sobre o príncipe Harry“, disse o advogado da Heritage Foundation na audiência Samuel Dewey. “Mas é, na realidade, sobre o DHS e o cumprimento da lei“.
O príncipe mudou-se para os Estados Unidos em janeiro de 2020, depois que se afastou da família real britânica anunciando a decisão de que ele e sua esposa, Meghan Markle, renunciariam aos deveres reais.
O Duque de Sussex admitiu publicamente “[…] uma série de crimes envolvendo drogas nos Estados Unidos e no exterior. A lei americana normalmente desautoriza essas pessoas a entrar no país“, diz o recurso da fundação.
Livro do Príncipe Harry.(Foto: Reprodução/CNN)
O príncipe Harry escreveu em seu livro de memórias do príncipe admitindo o uso de maconha, cocaína e cogumelos alucinógenos no Reino Unido, Lesoto e Estados Unidos, lançado em janeiro, na qual o recurso se baseia.
Em 2002, “na casa de campo de alguém, durante um fim de semana de caçada, me ofereceram uma carreira [de cocaína], e usei mais algumas vezes desde então“, escreveu Harry em “O que sobra”, ele também relata que consumiu cogumelos alucinógenos em Los Angeles durante uma festa em 2016.
“As drogas psicodélicas também me fizeram bem. Usei por diversão durante vários anos […] e depois com fins terapêuticos e medicinais“, acrescentou ele.
Um juiz federal de Washington realizará uma audiência a um pedido da Heritage Foundation. A audiência do tribunal federal acontecerá em Washington DC na terça-feira e será aberta à mídia.
Foto Destaque: Príncipe Harry. Reprodução/G1