Eduardo Bolsonaro sofre abertura de processo pelo conselho de ética da câmara

Julio Amaral Por Julio Amaral
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O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foi acusado de desrespeitar o senador Humberto Costa (PT-PE), e fazer uso de deboche contra a jornalista Miriam Leitão, pela tortura sofrida durante o período da ditadura militar, de modo que foi aberto processo disciplinar pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (4).


Eduardo Bolsonaro durante discurso (Foto: Reprodução/Getty Images)


Com a mensagem “drácula da Odebrecht”, postada em sua rede social, a representação destacou que o ato configurou quebra de decoro parlamentar. A primeira acusação foi feita pela representação do PT sobre o fato ocorrido em 26 de abril.

No que se refere à segunda acusação, tiveram como representantes: PCdoB, PT, Psol e Rede. Em seu Twitter, Eduardo Bolsonaro debochou da tortura implacável e covarde que a jornalista e apresentadora, Miriam Leitão, sofreu durante a ditadura militar. “Ainda com pena da [cobra]”, destacava o Tweet que fazia alusão a jiboia colocada na cela da jornalista, que, na ocasião, era gestante, para a realização de tortura psicológica. Para tal representação, o deputado é acusado de apologia à tortura e, também, quebra de decoro parlamentar.

Num apontamento do PCdoB, é dito que “O parlamentar do PL fez verdadeira apologia à tortura, na medida em que o réptil a que fez referência, foi instrumento de tortura psicológica, cruel e que revela a mente sádica de quem a praticou, bem como de quem consegue extrair do fato, o que julga humor, galhofa, motivo de piada, aliás, a publicação do parlamentar revela muito sobre seu caráter, ou melhor, a falta dele”, conclui a representação do partido.

Além do filho de Jair Bolsonaro, outros oito deputados, de diferentes partidos, tiveram processos disciplinares instaurados pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar nesta quarta-feira (4), dentre eles: Carlos Jordy (PL-RJ), Carla Zambelli (PL-SP), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Talíria Petroni (Psol-RJ), Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Heitor Freire (União-CE), Bia Kicis (PL-DF) e Kim Kataguiri (União-SP).

 

Foto Destaque: Eduardo Bolsonaro cedendo entrevista. Foto: Reprodução/Getty Images

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