Entenda a operação que prendeu o filho do ex-governador Sérgio Cabral

João Victor Oliveira Por João Victor Oliveira
3 min de leitura

Nesta semana, a Polícia Federal desarticulou parte de uma quadrilha, na qual José Eduardo Neves Cabral, filho do ex-governador Sérgio Cabral, fazia parte. Os envolvidos movimentavam milhões de reais com vendas ilegais de cigarros no Rio de Janeiro.

De acordo com as investigações, parte do grupo era formado por policiais militares de diferentes batalhões do estado do Rio de Janeiro. José Eduardo é acusado de fazer parte de uma organização criminosa que gerou um prejuízo de R$ 2 bilhões para a União. Segundo as investigações, a quantidade exuberante de dinheiro, deve-se a sonegação de impostos com a venda ilegal de cigarros. Além disso, o esquema feito pela quadrilha envolve ameaças, violência, pagamento de propina e conta com a participação de policiais que fazem parte do grupo.

Os investigadores da operação Smoke Free alegam que a organização criminosa é conhecida como: “Banca da Grande Rio”, devido ao nome da escola de samba de Caxias e que alguns integrantes da escola tiveram envolvimento com a quadrilha.

A fabricante de cigarros Sulamericana está localizada em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Adilson Oliveira é um dos administradores. Neste local são produzidos os cigarros da marca Club One. Além de que, em Caxias opera outra empresa ligada à organização: a Adiloc, uma distribuidora de cigarros de Adilson Oliveira.


Filho do ex-governador Sérgio Cabral, Zé Cabral (Foto: Reprodução/Wikiwand)


Esquema da quadrilha:

Adilsinho está no topo e Zé Cabral, o filho do ex-governador Sérgio Cabral, era um dos gerentes da quadrilha.

A Polícia afirma que Zé Cabral fazia pagamentos, emitia notas fiscais falsas, mandava os seguranças extorquirem dinheiro e ameaçarem comerciantes. Além do mais, enviava dinheiro ao exterior. A quantia chegava a R$ 1,5 milhão por mês.

As defesas de José Neves Cabral e de Adilson Oliveira afirmaram que as acusações são “absurdas” e que ambos devem ser inocentados. Além disso, foi acrescentado que todo trabalho feito por eles foi de forma lícita em relação a distribuição de cigarros de comercialização autorizada pela Anvisa. O advogado de Adilson, concluiu que a afirmação de que o grupo possui vinculação com qualquer organização criminosa e contrabandeado é inverídica.

Ao saber que seu filho seria preso, o ex-governador Sérgio Cabral desmaiou e precisou ser atendido no ambulatório da prisão. Posteriormente, Sérgio Cabral foi medicado e retornou à cela. Zé Cabral provavelmente será conduzido para o mesmo presídio onde está seu pai, o BEP (Batalhão Especial Prisional da PM). A unidade de Niterói recebe policiais militares e detentos com direito à prisão especial.

 

Foto Destaque: Zé Cabral, filho do ex-governador Sergio Cabral. (Reprodução/ Agência O Globo)

Deixe um comentário

Deixe um comentário