Enquanto a guerra na Ucrânia ainda continua já à um ano, o presidente Biden mostra o apoio prometido do governo Americano para com o país de Volodymyr Zelensky ao anunciar nesta quarta-feira (25/01), o envio de 31 tanques de combate M1 Abrams para o país. A previsão é que os tanques cheguem a Ucrânia em questão de meses, uma necessidade que pode ajudar a virar a guerra para os Ucranianos com Biden afirmando sobre os tanques: “Melhorar sua capacidade de manobrar em terreno aberto“.
A decisão também serviu para por fim a um impasse diplomático que existia entre os Estados Unidos e a Alemanha sobre qual seria melhor forma de apoiar Kiev contra a Rússia, com Biden agradecendo ao governo Alemão pelo apoio ao também decidirem enviar tanques de batalha Leopard 2 à Ucrânia, e celebrando a união entre os países na Europa ao dizer: “A expectativa por parte da Rússia é que vamos nos separar, mas estamos totalmente, total e completamente unidos.”
De acordo com funcionários do governo americano, Biden teria conversou ao longo do mês de Janeiro com o chanceler alemão, Olaf Scholz sobre fornecer assistência à Ucrânia. Biden também teve conversas com outros aliados próximos, Rishi Sunak, o primeiro-ministro britânico, e o presidente francês, Emmanuel Macron.
“O anúncio de hoje realmente foi um produto de boas conversas diplomáticas como parte de nossas consultas regulares e contínuas com aliados e parceiros sobre assistência de segurança à Ucrânia“, disse uma autoridade.
Remessa de Tanques Abrams (Foto: Reprodução / G1)
Previamente, o governo Biden mostrava resistência com a ideia de fornecer tanques para a Ucrânia, principalmente Abrams que são de difícil manutenção, com um único tanque Abrams valendo mais de US$ 10 milhões em manutenção, incluindo ainda custos de abastecimento e treinamento de uso.
Mas após a Alemanha anunciar que enviará seus tanques Leopard 2, foi a ação que ajudou os Estados Unidos a tomarem a decisão de enviar os Abrams, que são mais adequados para a situação da Ucrânia.
Os tanques serão fornecidos pelo governo dos Estados Unidos através do fundo conhecido como Iniciativa de Assistência à Segurança da Ucrânia, um meio que permite que o governo possa comprar armas direto da indústria, ao invés de tirá-las dos estoques militares de armamento dos EUA.
“Isso não é uma ameaça ofensiva à Rússia“, disse Biden ressaltou sobre a decisão.
Mas Dmitry Peskov, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, ressaltou que o envio de uma remessa de Abrams seria um desperdício financeiro ao dizer:
“Tenho certeza de que muitos especialistas entendem o absurdo dessa ideia. O plano é desastroso em termos de tecnologia”, disse. “Mas, acima de tudo, superestima o potencial que adicionará ao exército ucraniano. (…) Esses tanques queimam como todos os outros“.
Enquanto isso, o governo Ucrâniano celebrou o apoio Americano e Alemão, com o chefe de administração presidencial da Ucrânia, Andriy Yermak, declarando:
“O principal é que este é apenas o começo. Precisamos de centenas de tanques (…) É um dia histórico. Um desses dias que determinará nossa vitória futura”, disse Yermak em seu post no Telegram titulado “Os EUA nos darão 31 Abrams”.
A decisão final sobre a entrega os Abrams ainda deve levar meses, de acordo com informações dos altos funcionários do governo, descrevendo a decisão como uma forma de prevenir e fornecer uma defesa a longo prazo par a Ucrânia, o que deverá incluir ainda o treinamento de membros das forças armadas ucranianas para manejarem o Abrams, o que em si deve ser levado a mais custos a serem analisados.
Foto Destaque: Tanque M1A1 Abrams do Exército dos EUA (Reprodução / G1)