O ex-primeiro ministro do Paquistão Imran Khan foi preso neste sábado, 05, após ter sido condenado a três anos de prisão por não ter declarado dinheiro oriundo da venda ilegal de objetos recebidos como presente de Estado oferecidos por líderes de outras nações. Os presentes recebidos são da época em que Imran Khan esteve como primeiro-ministro do país, entre os anos de 2018 a 2022.
Condenado por corrupção
O líder do partido Paquistão Tehreek-e-Insaf (PTI), Imran Khan teve seu veredicto neste sábado, onde foi condenado a três anos de prisão por corrupção. Nas investigações, foi apontado que Khan se aproveitou do cargo que ocupava como primeiro-ministro paquistanês para receber e vender itens super valiosos recebidos como presente de estado dado por líderes estrangeiros. Com as operações de venda ilegal, estima-se que o ex-premiê conseguiu arrecadar cerca de R$ 3 milhões de reais com a venda de anel, um par de abotoadoras e relógios Rolex.
Após ter sido proferida a decisão condenatória, tanto os advogados do ex-primeiro ministro, como do partido PTI informaram que já ingressaram com os devidos recursos, visando reverter a decisão condenatória de Khan. “É uma decisão muito lamentável que foi tomada às pressas. Não fizeram Justiça, e o direito de defesa não foi concedido”, afirmou Gohar Khan, membro da equipe jurídica do ex-líder.
Imran Khan é detido após condenação por corrupção. (Foto: reprodução/
Ainda de acordo com sua equipe jurídica, Khan foi preso em sua residência, na cidade de Lahore. Porém, o chefe de polícia da cidade disse que o político foi transferido para a capital do país, a cidade de Islamabad. Na decisão, está previsto que Khan deve cumprir pena na Penitenciária Adiala, na cidade de Rawalpindi, localizada nos arredores da capital paquistanesa.
Fora das próximas eleições
Considerado como o principal candidato de oposição a Shehbaz Sharif, atual primeiro-ministro do Paquistão, Khan pode ficar de fora da próxima corrida eleitoral no país, pois, no Paquistão aquele que tiver qualquer condenação fica impedido de participar das eleições.
Como a decisão deste sábado ainda cabe recurso, ainda não se pode cravar que Imran Khan ficará impedido de disputar as próximas eleições para primeiro-ministro. Logo, explica-se a corrida tanto de seu partido, como de seus próprios advogados, em reverter a atual decisão nas instâncias superiores do país.
Foto destaque: O ex-premiê paquistanês Imran Khan foi condenado a 3 anos de prisão por corrupção. Reprodução/LIVEMINT
