“Justiceiros” de Copacabana são investigados pela Polícia Civil

Malu Corecha Por Malu Corecha
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A Polícia Civil do Rio de Janeiro começou, nesta quarta-feira (6), a intimar e identificar os moradores de Copacabana, bairro da zona sul do município, que convocaram a atuação de justiceiros locais pelas ruas da região.


O empresário Marcelo Benchimoto

O empresário Marcelo Benchimoto, 67, após prestar queixa pela agressão sofrida (Foto: reprodução/Cleber Rodrigues/CNN)


A investigação

Os policiais da 12ª Delegacia de Polícia – DP (Copacabana) e da 13ª DP (Ipanema), analisam imagens de câmeras e conversas vazadas de grupos de WhatsApp, além de postagens feitas via Instagram.

Segundo os delegados, até o momento o que foi apurado é que os homens têm suas convocações feitas via grupos de WhatsApp, e discutem como agir. Em uma das conversas às quais o jornal Metrópole teve acesso, um homem afirma que levaria corda e fita crepe para prender os criminosos, mas recebe como resposta que é “perda de tempo” e que o mais prático é simplesmente espancar as pessoas e deixá-las no chão. Outro separou soco inglês e a maioria vai armada com os próprios punhos e pedaços de pau.

Ao analisarem o perfil dos justiceiros já investigados, os policiais descobriram que são, em sua maioria, homens que praticam lutas ou simplesmente moradores dos bairros interessados em “colocar as coisas em ordem”. Tais homens, se tiverem a participação em “atos de justiça” confirmadas, podem ter prisão de quinze dias a um mês ou multa, segundo o artigo 345 do código penal brasileiro, que discorre sobre a prática de justiça com as próprias mãos, além de terem que cumprir também a pena correspondente à agressão cometida.


<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”pt” dir=”ltr”>Homem é agredido e roubado em Copacabana.<br><br>Crédito: Reprodução<a href=”https://twitter.com/hashtag/ODia?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw”>#ODia</a> <a href=”https://t.co/a2JuwUxfJL”>pic.twitter.com/a2JuwUxfJL</a></p>&mdash; Jornal O Dia (@jornalodia) <a href=”https://twitter.com/jornalodia/status/1731664037098745914?ref_src=twsrc%5Etfw”>December 4, 2023</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>

Homem é agredido em Copacabana após tentar parar assalto (Reprodução/Twitter/@jornalodia)


Como começou

Não é a primeira vez em que há um levante de grupos de justiceiros na cidade do Rio de Janeiro. Entre os anos de 2015 e 2017, foi muito comum a presença de tais grupos nas ruas da cidade.

A ressurgência dessas pessoas se deu após imagens de arrastões no horário de saída da praia serem divulgados, além do caso que ficou famoso, envolvendo a agressão ao empresário Marcelo Rubim Benchimol, de 67 anos, que ficou desacordado na calçada após levar um soco no rosto enquanto tentava defender uma mulher que estava sendo assaltada e agredida por um grupo.

Foto destaque: policiais patrulham ruas de Copacabana após aumento nos crimes na região (Reprodução/Renan Areias /Agência O Dia)

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