O projeto idealizado por uma start-up de Israel, Imagindairy, arrecadou cerca de setenta e dois milhões e meio de reais para iniciar o projeto no qual a empresa pode produzir leite sem que vacas façam parte da produção. Com previsão para estar disponível em lojas em 2023, a empresa explica que o processo é complicado, porém não impossível, já que para realizar o proposto, insere-se na produção: instruções de DNA para se produzir soro de leite e caseína em micro-organismos, acrescenta-se também gordura vegetal, água e açúcar, sem animais e metano, tornando o produto consciente.
O metano causa um sério problema climático, segundo o Programa Ambiental da ONU (Pnuma), responsável por 30% do aquecimento global. A criação da start-up Imagindary surgiu da união do professor Tamir Tuller, do Departamento de Engenharia Biomédica da Faculdade de Engenharia da Universidade de Tel Aviv com o empresário de tecnologia de alimentos, Dr. Eval Iffergan. O laboratório de Tuller tem trabalho há uma década.
(Imagem: Reprodução/Plant Based News)
“Nossa startup também inclui engenheiros e especialistas em alimentos da Strauss Company. Atualmente, eles estão tentando tirar proteínas do leite de levedura e fazer queijo com elas. É um longo processo de melhoria: produtividade, sabor e, claro, preço. Este produto não é um substituto do leite como bebidas vegetais de amêndoa ou soja. Planejamos produzir laticínios que serão idênticos aos produtos que vêm de animais, introduzindo o genoma da levedura, os genes que codificam o desenvolvimento do leite nas vacas”, com explanações cedidas pelo Agrolink.
O CEO da Ramot, empresa de transferência de tecnologia da Universidade de Tel Avid, disse: “A tecnologia inovadora do professor Tuller pode revolucionar a indústria de laticínios como a conhecemos“. Por cerca de uma década, o laboratório do professor Tuller na Universidade de Tel Aviv tem se especializado na modelagem usando simulações biofísicas, como também, modelagem computacional.
Imagem em destaque: Reprodução/The Guardian.