Segundo um pronunciamento do TikTok, informado nesta última Quarta-Feira (15/02), que no período entre 8 e 15 de janeiro desse ano, época em que se aconteceu os ataques em Brasília, a empresa removeu por volta de 10 mil conteúdos de cunho golpista, todos relacionados aos ataques em Brasília no Domingo do dia 8 de janeiro de 2023.
Representantes do TikTok não compartilharam mais detalhes específicos sobre essas postagens deletadas, mas destacou que entre os números de remoção de conteúdo que infligiram leis da plataforma, houveram:
– 1.304 vídeos violando a política de extremismo violento;
– 5.519 vídeos violaram a política de “desinformação com riscos de danos no mundo real”, ou seja, Fake News;
– 3.614 vídeos que violaram a regra de desinformação sobre as eleições, ou seja, mais Fake News.
“Por meio do canal exclusivo que tinhamos para receber do TSE extrajudicialmente conteúdos que eventualmente violassem nossas políticas, entre 15 de fevereiro e 31 de dezembro recebemos do tribunal para análise 128 links, dos quais removemos 106, um total de 82,8%. Ressaltamos que se trata de uma média de menos de 12 por mês.” – disse a empresa em nota.
“O TikTok cumpriu 90 ordens judiciais recebidas, que determinaram a remoção de 222 links no total. Foram 52 ordens do TSE, determinando a remoção de 182 URLs, e 38 dos tribunais regionais eleitorais, determinando a exclusão de 40 URLs.” – completa.
Atos golpistas em Janeiro de 2023 (Foto: Reprodução / SCC10)
As ordens judiciais vindas do Supremo Tribunal Federal (STF) ao Tik Tok determinou a exclusão de 5 links. Porém, nenhum representando do STF confirmou a informação nem salientou se outras redes sociais receberam as mesmas ordens quanto ao conteúdo golpista.
“Apesar de política e notícias ocuparem apenas uma pequena porcentagem do conteúdo no TikTok, reconhecemos que estes temas podem ter um impacto maior em períodos como eleições“, disse o diretor de políticas públicas Brasileiras do TikTok, Fernando Gallo.
Ainda de acordo com o diretor, Gallo ressalta que entre 16 de agosto e 31 de dezembro de 2022, a empresa já havia removido mais de 66.020 vídeos com fake news envolvendo as eleições: “91,1% foram detectados proativamente e 79% foram removidos sem que tivessem uma única visualização“, completou Gallo.
Permanece a dúvida quanto as ordens do STF vieram com algum conhecimento prévio da quantidade de publicações de conteúdo golpistas.
Foto Destaque: Logo da TikTok (Reprodução / G1)