Nesta quinta-feira (09), foi anunciado oficialmente o racionamento elétrico na Costa Rica por conta da extrema seca que o país tem vivido, afetando a capacidade das usinas hidrelétricas que apresentam níveis críticos e insuficientes para manter todo funcionamento normal.
A ICE, empresa de eletricidade do país, alega que a principal causa da seca se deve ao fenômeno conhecido como El Niño, que altera a temperatura das águas superficiais do mar, ocasionando em impactos no clima global e desequilíbrio com enchentes, secas e outros extremos em vários locais.
O diretor de eletricidade da ICE Roberto Quiros, também revelou atrasos nas entregas das contratações feitas para usinas privadas, o que agrava não deixou outra alternativa senão decretar o racionamento elétrico.
Maior seca registrada em 50 anos
A Costa Rica é um país conhecido pela beleza de suas praias, responsáveis por parte do ecoturismo e não passava por uma seca há pelo menos 5 décadas -“Esta é uma seca que não víamos há 50 anos”, como informou a especialista em hidroclimatologia do ICE, Berny Fallas.
O último racionamento elétrico registrado no país aconteceu em 2007 também em decorrência do fenômeno El Niño. A partir de segunda-feira (13), a programação para cortes de energia terá duração de até três horas diárias e não afetará os principais serviços como indústrias, hospitais e outros com alta tensão. A Companhia elétrica também tem sinalizado aos usuários para que diminuam ao máximo o consumo de energia.
O presidente Rodrigo Chaves também fez um apelo a população enfatizando o momento atual e a dificuldade de conseguir a tempo outras usinas de forma privada, frisou ainda que tem rezado todos os dias por chuvas para que os problemas sejam reduzidos.
Impactos regionais da falta de chuva
Enquanto a Costa Rica declara o racionamento elétrico por conta da seca, países vizinhos como o México, Colômbia e Equador, passam por problemas semelhantes atribuídos a ondas de calor e falta de chuva nos locais, além de padrões imprevisíveis de ventos que tem afetado os parques eólicos.
Além disso, há um enorme desequilíbrio entre os fenômenos climáticos e o aumento significativo na demanda em 9% se comparado ao mesmo mês do ano passado, comprometendo totalmente a capacidade das usinas em atender 100% das necessidades.
A medida de racionamento não tem prazo para terminar e vai se basear nas chuvas que virão com temporadas entre maio e novembro.