Nesta quarta-feira (13), o ministro Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações Institucionais, recebe no Palácio do Planalto a deputada Erika Hilton (PSOL-SP), autora da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propõe a redução da jornada de trabalho máxima vigente, que atualmente segue a escala 6×1 – seis dias de trabalho seguidos por um único dia de descanso.
A proposta de Erika Hilton ganhou grande força nas redes sociais e gerou debates sobre a viabilidade de adotar uma semana de trabalho de quatro dias, com três dias de folga (4×3). Esse modelo vem sendo discutido como uma alternativa à jornada tradicional. Além de Hilton, o ministro Alexandre Padilha também receberá o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), que apresenta uma PEC em tramitação no Congresso, que visa promover mudanças na carga horária de trabalho no Brasil.
A PEC da deputada Erika Hilton recebeu um grande apoio nas redes sociais, gerando discussões e movimentações amplas em torno da proposta. Segundo um auxiliar do presidente Lula, essa mobilização digital teve um impacto positivo no governo, especialmente nos debates no ambiente virtual. A avaliação interna é que a proposta tem sido amplamente abraçada pelos aliados do governo, ao mesmo tempo, em que tem gerado críticas de seus adversários políticos.
Quais partidos tem deputados apoiando a PEC?
- PSOL: 13 assinaturas = 100% da bancada
- Rede: 1 assinatura = 100% da bancada
- PCdoB: 7 assinaturas = 100% da bancada
- PT: 67 assinaturas = 99% da bancada
- PV: 3 assinaturas = 60% da bancada
- PDT: 7 assinaturas = 39% da bancada
- PSB: 4 assinaturas = 28% da bancada
- Solidariedade: 2 assinaturas = 40% da bancada
- Podemos: 1 assinatura = 7% da bancada
- Avante: 3 assinaturas = 43% da bancada
- MDB: 4 assinaturas = 9% da bancada
- PSD: 5 assinaturas = 11% da bancada
- PSDB: 2 assinaturas = 15% da bancada
- União: 8 assinaturas = 13% da bancada
- PP: 4 assinaturas = 8% da bancada
- Republicanos: 2 assinaturas = 4% da bancada
- PL: 1 assinatura = 1% da bancada
- Novo: 0 assinatura = 0% da bancada
- Cidadania: 0 assinatura = 0% da bancada
- PRD: 0 assinatura = 0% da bancada
Governo não deve gastar capital político com proposta
Auxiliares do Lula avaliam que as chances de aprovação da PEC que propõe o fim da jornada de trabalho 6×1 no Congresso Nacional são quase nulas. No Palácio do Planalto, a análise é de que a configuração atual da Câmara dos Deputados e do Senado dificulta a aprovação de projetos que envolvam o aumento de direitos trabalhistas. Diante disso, o governo decidiu não investir seu capital político na aprovação desta PEC no momento, considerando a baixa probabilidade de sucesso e a necessidade de focar em outras prioridades legislativas.