Considerado culpado pelo júri do Tribunal de Delaware por mentir sobre uso de drogas no formulário de aquisição de armas, Hunter Biden pode ser sentenciado a até 25 anos de prisão e pagar 4 milhões em multas. A decisão foi divulgada nesta terça-feira (11), após o veredito do júri, porém, a sentença ainda não foi determinada pelo tribunal e deverá ser despachada pela juíza responsável, Maryellen Noreika, daqui a 120 dias.
Apesar do caso de Hunter Biden ter ocorrido em 2018, ele foi considerado culpado, nesta terça (11), por três crimes ao mentir sobre o uso de drogas ilícitas para poder adquirir a arma. Como ele é réu primário, a penalidade pode ser menor.
O que aconteceu
A declaração emitida por ele em 2018, segundo a acusação, foi assinada sob a afirmativa de que Hunter não consumia drogas, apesar de naquele momento ser usuário de crack e outras substâncias ilegais.
Hunter Biden é acusado por crime de 2018, sobre porte de arma ilegal (Foto: reprodução/Getty Images embed)
O depoimento da cunhada, que também foi sua ex-namorada, reforçou o caso aos promotores com o relato de ter encontrado a arma na caminhonete de Hunter Biden, junto com restos de crack. A aquisição e porte de arma de fogo, quando era usuário, violou a Lei Federal americana, estabelecida no “Gun Control ACT” (Lei de Controle de Armas), de 1968.
A cláusula diz que é ilegal para usuário ou viciado em quaisquer substâncias controladas, comprar ou possuir arma de fogo. Essa restrição se aplica a todas as substâncias controladas: drogas ilícitas, medicamentos prescritos e álcool. A violação da lei pode resultar em série de penalidades legais.
Presidente Joe Biden se pronuncia
Pela primeira vez na história dos EUA, um filho de presidente em exercício é julgado e condenado criminalmente. A instância federal na qual o crime tramita poderia ser perdoada ou comutada (poupar de cumprir sentença) pelo pai. “Aceitarei o resultado deste caso e continuarei a respeitar o processo judicial enquanto Hunter considera uma apelação”, comentou Joe Biden, sobre o caso, na última semana. Ou seja, o presidente dos Estados Unidos não deverá anistiar o filho.