A defesa do ex-presidente Donald Trump, envolvido em quatro processos em jurisdições distintas, alega que está enfrentando um ataque coordenado e uma perseguição política, apontando para um suposto duplo padrão de justiça. Contudo, as chances de três dos quatro processos criminais não serem julgados antes das eleições parecem crescer esta semana.
O processo em Nova York, centrado no suposto esforço de Trump para encobrir um caso amoroso, tem proporcionado momentos constrangedores. No entanto, os detalhes deste caso, não relacionados diretamente à sua presidência ou aos seus esforços para anular as eleições de 2020, parecem pertencer a um contexto diferente.
Trump se declarou inocente em todas as acusações. Entretanto, a demora nos julgamentos levanta questões sobre a eficácia do sistema judicial.
O que dizem os documentos
No caso dos documentos confidenciais, o julgamento foi adiado indefinidamente, enquanto a juíza Aileen Cannon enfrenta críticas pela demora em tomar decisões e pelo deferimento aos pedidos de adiamento por parte de Trump.
O mesmo padrão se repete no caso federal em Washington DC, onde a Suprema Corte dos EUA interferiu no processo, recusando-se inicialmente a acelerar a revisão da alegação de imunidade absoluta de Trump e, posteriormente, expressando interesse em questões que prolongam ainda mais o julgamento.
Caso da Geórgia e de Nova Iorque
Na Geórgia, Trump busca desqualificar a promotora Fani Willis, criando um impasse legal que adia o julgamento. O único caso em andamento, em Nova York, relacionado ao suposto caso com a atriz Stormy Daniels, apresenta uma batalha jurídica prolongada.
Apesar das acusações sérias e do contexto político, a condenação em qualquer um desses casos pode não ter um impacto significativo nas eleições deste ano, que estão previstas para o fim de 2024. Isso destaca as complexidades do sistema judicial dos Estados Unidos e a estratégia da defesa de Donald Trump de adiar os processos.