Jair Renan vira réu por lavagem de dinheiro e falsidade ideológica 

Sofia Souza Por Sofia Souza
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Jair Renan, filho 04 de Bolsonaro, é acusado de realizar empréstimos bancários em nome de identidades laranjas. Reprodução/Joédson Alves/Agência Brasil

Nesta quarta-feira (27), Jair Renan, filho do ex-presidente Bolsonaro, virou réu e responderá pelos crimes de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e uso de documento falso. A investigação, feita pela Polícia Civil do Distrito Federal (DF), foi denunciada pelo Ministério Público do DF e encaminhada a 5° Vara Criminal de Brasília. O processo caminha sob sigilo de justiça. 

Além do filho 04 de Bolsonaro, o instrutor de tiro de Jair Renan, Maciel Alves de Carvalho, também se tornou réu da investigação. Outros quatro acusados também são citados no processo, porém não tiveram seus nomes revelados. 


Jair Renan Bolsonaro é acusado de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e uso de documento falso. (Foto: Reprodução/Evaristo Sa/AFP)

A investigação

Jair Renan Bolsonaro é acusado de realizar empréstimos bancários utilizando documentos fraudados. O Ministério Público do DF acusa o filho do ex-presidente de falsificar os dados de faturamento da empresa RB Eventos e Mídia para conseguir empréstimos. Segundo a investigação, em 2022, Jair Renan teria conseguido um empréstimo de R$ 157 mil e, em 2023, teria realizado mais outros dois que, somados, ultrapassam a casa dos R$ 540 mil. 

Ainda de acordo com a acusação do MP, esses valores não teriam sido pagos aos bancos que forneceram os empréstimos. Além disso, suspeita-se que eram usados nomes laranjas para abrir contas bancárias. Segundo a investigação, Antônio Amâncio Alves Mandarrari era a identidade laranja que constava como proprietário das empresas.

Em agosto de 2023, Jair Renan foi alvo de busca e apreensão em seus dois endereços oficiais, em Balneário Camboriú e Brasília. A operação Nexum também realizou mandatos na casa do instrutor de tiro, Maciel Alves de Carvalho, outro alvo da investigação. 

“Os investigados forjam relações de faturamento e outros documentos das empresas investigadas, utilizando-se de dados de contadores sem o consentimento destes, inserindo declarações falsas, com o fim de alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante, bem como mantêm movimentações financeiras suspeitas entre si, com o possível envio de valores para o exterior”, descreve trecho da nota da Polícia Civil do DF sobre a operação Nexum. 

A defesa de Jair Renan

A defesa de Jair Renan declara que seu cliente teria caído em um “golpe” orquestrado por uma figura “conhecida pela polícia e pela Justiça”. Admar Gonzaga, advogado do filho 04 de Bolsonaro, não revelou quem seria essa pessoa, mas declarou que todas as provas serão apresentadas durante o andamento do processo e garantiu o esclarecimento da inocência de Jair Renan.

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