MP pede que influenciador Hytalo Santos perca acesso às redes
O Ministério Público da Paraíba (MPPB) entrou, nesta terça-feira (12), com uma ação civil pública na Justiça solicitando que o influenciador Hytalo Santos, de 28 anos, perca o acesso às redes sociais, seja proibido de ter contato com menores de idade citados nas investigações e tenha a monetização de seus conteúdos suspensa. A medida é […]
O Ministério Público da Paraíba (MPPB) entrou, nesta terça-feira (12), com uma ação civil pública na Justiça solicitando que o influenciador Hytalo Santos, de 28 anos, perca o acesso às redes sociais, seja proibido de ter contato com menores de idade citados nas investigações e tenha a monetização de seus conteúdos suspensa. A medida é motivada por denúncias de exposição sexual e adultização de adolescentes em vídeos publicados por ele desde 2020.
A promotora Ana Maria França, responsável pela ação em Bayeux, também requer que todo o material já disponível seja desmonetizado, impedindo que gere retorno financeiro ao influenciador. Outro inquérito, conduzido pelo promotor João Arlindo, em João Pessoa, apura as mesmas acusações e deve ter relatório finalizado na próxima semana.
Investigações apontam favorecimentos e emancipações
Segundo o MP, cerca de 17 adolescentes participaram dos vídeos gravados por Hytalo Santos. Grande parte deles era emancipada, o que permitia a presença em conteúdos com teor sexual e de “namoro”. Depoimentos indicam que famílias teriam recebido celulares, pagamento de aluguel e mensalidades escolares em troca da liberação dos jovens para gravações, embora a relação direta entre os “presentes” e as emancipações, ainda esteja sob apuração.
Hytalo Santos se pronuncia sobre denúncia do Felca (Vídeo: reprodução/Instagram/@hytalo_santous_)
A denúncia ganhou repercussão nacional após o youtuber Felca publicar um vídeo denunciando a exploração de menores, com destaque para Kamylinha Santos, de 17 anos, que começou a gravar com Hytalo aos 12 e foi adotada por ele. O influenciador nega as acusações.
Empresa de rifas e sorteios também é alvo
Paralelamente, o MPPB, o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Polícia Civil solicitaram à Loteria do Estado da Paraíba (Lotep) a suspensão da empresa de rifas de Hytalo. A acusação é de uso irregular da imagem de adolescentes para fins promocionais, exploração de trabalho infantil e violação do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Até ser suspensa, a conta do influenciador no Instagram tinha mais de 17 milhões de seguidores. A defesa de Hytalo não respondeu aos contatos da reportagem até a última atualização.
