Promotor revela que delator executado pelo PCC não entrou em programa de proteção

Vinicius Gritzbach teria fechado um acordo de delação premiada em março

Mateus Zago Por Mateus Zago
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Foto destaque: o empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach é assassinado no aeroporto de Guarulhos–SP (reprodução/Instagram/@omundoecapitais)

O promotor do Ministério Público do Estado de São Paulo, Lincoln Gakiya, disse em entrevista ao “Em Ponto”, do canal GloboNews, nesta segunda-feira (11), que o delator executado Antonio Vinicius Lopes Gritzbach alegou que não precisaria do programa de proteção oferecido, afirmando que poderia cuidar da própria segurança. Caso aceitasse o programa, teria que se mudar, deixando sua casa e a convivência com sua família. A informação foi confirmada pela defesa de Vinicius, ao programa Fantástico, da Rede Globo.


Promotor falando sobre execução de Vinicius (Vídeo: reprodução/YouTube/Band News)

Relatos do promotor sobre Vinicius

Ao relatar que Vinicius não aceitou o programa oferecido para sua segurança, o promotor Lincoln explicou como funcionaria esta proteção, contando também sobre o que ele teria de abdicar, como a moradia, o trabalho e a convivência com família e amigos próximos.

“Ele precisa romper todos os laços com a sua vida, inclusive com o envolvimento com o crime. Ele deixa sua moradia, seu trabalho, os laços familiares e vai para o programa, mas ele se recusou a ir para esse programa”

Lincoln Gakiya, explicando o programa de proteção.

Vinicius Gritzbach estava respondendo a um processo por duplo homicídio, quando teria mandado matar um ex-chefe do PCC, “Cara Preta”, junto de seu motorista, em dezembro do ano de 2022, junto de outros processor por lavagem de dinheiro, estando em liberdade por um habeas corpus do STJ.

Execução de Vinicius Gritzbach

No seu desembarque no aeroporto de Guarulhos, tendo chegado de Maceió, Vinicius foi executado, enquanto carregava mais de R$ 1 milhão em joias e pertences em sua bagagem. Ele não estava com nenhum de seus quatro seguranças particulares, que eram policiais militares contratados.

Segundo o promotor, a execução num horário como o que aconteceu, na luz do dia, no aeroporto mais cheio do Brasil, teria sido um recado do crime organizado.