Senado argentino rejeita Decreto Nacional de Urgência de Milei

Gabriela Bita Por Gabriela Bita
3 min de leitura
Javier Milei (Reprodução/CEDOC/Perfil/Buenos Aires Times)

Na última quinta-feira (14), o Senado argentino reprovou o decreto econômico do atual presidente Javier Milei. O Decreto Nacional de Urgência (DNU) agora segue para a votação na Câmara dos Deputados, onde pode ser definitivamente derrubado.

A sessão de votação foi convocada pela vice de Milei, Victoria Villarruel, sem o aval do presidente e durou mais de sete horas. Apesar do resultado, a medida ainda continua vigente – é necessária a rejeição em duas casas para que seja derrubada – e esta é a primeira vez que um DNU de um governante ainda em seu posto é rejeitado.


Senado argentino durante votação do DNU de Milei (Foto: reprodução/Augustin Marcarian/Reuters)

Decreto Nacional de Urgência

Também chamado de “decretaço”, o DNU é semelhante a uma Medida Provisória brasileira e foi assinado por Milei em 20 de dezembro de 2023. O Decreto prevê a desregulamentação de mais de 600 leis do país, como a eliminação de políticas de controle de preços das leis de Abastecimento e de Aluguéis e a privatização de empresas estatais.


Victoria Villarruel, a esquerda, e Javier Milei, a direita (Foto: reprodução/Matias Baglietto/Reuters)

A votação foi convocada por Villarruel sem o conhecimento de Milei; este, por sua vez, não desejava que o processo acontecesse, segundo os jornais argentinos. De acordo com os veículos, a relação entre o presidente e a vice, que também preside o Senado, já não era das melhores desde a formação do gabinete presidencial.

Reação do governante

Após a rejeição do Decreto, o gabinete do governo publicou uma nota na rede social X (antigo Twitter), que relembra um discurso do presidente para os legisladores. O texto diz que foram apresentadas duas alternativas por Milei, sendo elas: o acordo ou o confronto.

Chegou o momento da classe política decidir de qual lado da história quer ficar“.

Javier Milei em declaração publicada no X

O presidente afirmou, ainda, que a votação mostrou “quem são os que estão contra os argentinos“, quando questionado pelos veículos nacionais sobre a derrota.

Redatora no site In Magazine; Estudante de Jornalismo na Unesp; amante de moda, cultura e temas sociais
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