A hanseníase ainda é um grande problema na saúde do Brasil

Andrea Loureiro Por Andrea Loureiro
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Uma das mais antigas doenças da história da humanidade, a hanseníase continua sendo um grande problema de saúde pública. No Brasil, em 2021, foram diagnosticados 15.155 novos casos, conforme informação baseada nos dados preliminares fornecidos pelo Ministério da Saúde. O Brasil tem o segundo maior número de casos novos, ficando apenas atrás da Índia. 

O termo “lepra”, como era também conhecida a doença, foi abolido desde 1995 pela Lei nº 9.010, devido ao termo associado a doença. 

A hanseníase é contraída através de uma bactéria de nome Mycobacterium Leprae. Essa bactéria afeta os nervos periféricos e a pele. A doença pode ter complicações e causar incapacidade física. Mãos, olhos e pés são os principais alvos. 

Manchas avermelhadas ou brancas, perda do tato, da sensação de calor, de dor, assim como formigamento, dormência e perda de força física, são os sinais mais frequentes da doença. 


Mãos de uma paciente com hanseníase. Foto: Reprodução / br.depositphotos.com

A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera a hanseníase uma doença negligenciada, devido as condições de desigualdade e baixos investimentos de pesquisa. 

A doença pode apresentar quadro clínico agravado se o diagnóstico for tardio. O paciente pode desenvolver uma condição clínica conhecida como eritema nodoso, que é uma reação inflamatória aguda. Foi o caso de Patrícia, que tinha os sintomas mas teve demora em diagnosticar a doença, pois os médicos não suspeitavam que podia ser hanseníase. Esta demora fez com que Patrícia chegasse ao estágio da doença conhecido como eritema necrotizante, com bolhas de água meio sanguinolentas. A paciente chegou a achar que não teria cura e precisou de muito tratamento com medicação, enfermeiros e fisioterapeutas  para que pudesse melhorar seu quadro. Hoje Patrícia esta curada e atua como coordenadora nacional do Movimento de Reintegração de Pessoas Afligidas pela Hanseníase (Morhan), criado em 1981. 

A hanseníase é tratada com a associação de três antibióticos ( rifampicina, dapsona e clofazimina) indicados conforme a condição do paciente. O tratamento leva em média seis meses a um ano. Rezuz as complicações e acaba com a transmissão da doença, melhorando assim, a qualidade de vida das pessoas.

Foto destaque: Consulta médica. Reprodução / site cnn.brasil.com.br


 

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