Cientistas norte-americanos utilizaram engenharia genética em uma pesquisa que traz respostas reveladoras para o Alzheimer. O estudo apresenta uma possível reversão no quadro da doença.
A doença de Alzheimer é caracterizada pela perda progressiva da memória e de funções cognitivas. No Brasil, cerca de 100 mil pessoas são diagnosticadas com a doença anualmente, apresentando sinais, geralmente, a partir dos 65 anos. Em média, 26,8% da população brasileira morre pela causa, segundo dados da Our World In Data.
Mais de 35 milhões de pessoas são afetadas pela doença, diz a OMS. (Foto:Marcelo Camargo/Agência Brasil)
A análise estadunidense realizada na Universidade de Illinois revelou que a elevação na produção de neurônios tem grande chances de contribuir para o armazenamento de memórias, de forma que elas sejam recuperadas ao sistema neurológico.
O estudo divulgado pelo Journal Experimental Medicine (JEM) explica que nos laboratórios de pesquisa foram utilizados camundongos para realizar os experimentos do projeto científico. O fato dos roedores possuírem material genético semelhante aos dos seres humanos se torna um ponto positivo para a comprovação das hipóteses.
A engenharia genética aplicada no estudo fez com o gene relacionado à morte das células-tronco fosse “desligado”. Assim, com a elevação de neurônios – processo chamado neurogênese – em camundongos portadores de Alzheimer, obteve-se a criação de novas células cerebrais.
Representação dos resultados obtidos na pesquisa. (Foto:Divulgação/JEM)
As células podem se incorporar aos circuitos neurais e recuperar a função de armazenamento de memórias, segundo os estudiosos. Os animais passaram em dois testes diferentes, atestando que as falhas na memória em decorrência do Alzheimer podem estar associadas a erros na neurogênese.
Ao desativarem os neurônios recém-formados dos camundongos com Alzheimer, os cientistas perceberam que houve perda dos benefícios da elevação da neurogênese. Dessa forma, impedindo qualquer tipo de melhora na memória dos animais.
Foto Destaque: Pesquisa sobre o Alzheimer descobre forma de restaurar a memória. Divulgação