Na última terça-feira (22), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial de duas vacinas bivalentes contra a Covid-19 produzidas pela Pfizer. Serão utilizados em pessoas com mais de 12 anos de idade.
As fórmulas dos imunizantes são chamadas de segunda geração e já foram aplicadas em outros países. Essas vacinas foram desenvolvidas para oferecer proteção extra contra a ômicron e subvariantes e são indicadas como dose de reforço para pessoas com mais de 12 anos de idade. Ou seja, podem ser aplicadas três meses após a aplicação do esquema primário completo.
“Os dados permitem concluir que as vacinas bivalentes atualizadas irão resultar em benefício clínico, com o aumento de proteção e da duração da proteção contra a variante e as subvariantes da ômicron, quando administradas como dose de reforço”, afirmou o gerente-geral de Produtos Biológicos da Anvisa, Fabrício de Oliveira.
Variante da ômicron descoberta no Brasil (Foto: Reprodução/G1)
Segundo Fabrício os resultados demonstraram que a maioria das reações adversas foram de leves, moderadas e de curta duração. As reações mais comuns foram dor no local da injeção, dor de cabeça, dor muscular, fadiga, calafrios, dor nas articulações, febre, inchaço e diarréia.
“Não se teve nenhuma situação de preocupação adicional das vacinas bivalentes quando comparadas ao perfil de segurança da vacina monovalente original”, completou.
A relatora do processo na Anvisa, Meiruze Sousa Freitas as vacinas bivalentes podem colaborar com brasileiros para evitar doenças graves ou a morte, principalmente os vulneráveis. “Mas destaco que a aprovação da bivalente não desautoriza o uso das vacinas monovalentes aprovada pela Anvisa ou adquiridas por meio do Covax Facility”, complementou Meiruze.
Na nota oficial, a Pfizer afirmou que espera que as vacinas BA.1 e BA.4/BA.5 cheguem ao país nas próximas semanas. O contrato atual de fornecimento de vacinas da Pfizer ao Brasil inclui a entrega de potenciais vacinas adaptadas às novas variantes para diferentes faixas etárias.
Foto destaque: Frascos e seringa na frente de logotipo da farmacêutica Pfizer. Reprodução/G1