Nesta última terça-feira (30), o governo dos Estados Unidos designou um painel de especialistas em saúde para discutir sobre a utilização da pílula anticovid da Merck em pacientes adultos de alto risco que estão dentro do intervalo de cinco dias desde que sentiram os primeiros sintomas do coronavírus.
A votação ocorreu após um dia de debates, que foram transmitidos ao vivo. Ao todo, foram 13 votos a favor da autorização da nova pílula e 10 votos contra. Porém, a recomendação do painel é apenas consultiva e o decreto final deve ser decidido pela agência americana de medicamentos (FDA).
Segundo um ensaio clínico, o molnupiravir (medicamento experimental para o tratamento da gripe) foi autorizado no Reino Unido e mostrou capacidade na redução do índice de mortes e hospitalizações entre pacientes de alto risco, quando tomado logo depois da contaminação da covid-19.
Resultados das pílulas da Merck contra covid-19 foram significativos (Foto:Reprodução/KenaBetancur/GettyImages)
O comitê foi convocado pela Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA), que deve permitir o uso emergencial da pílula em breve. Isso significa que a medicação será estocada em grandes quantidades nas farmácias para pacientes com prescrição médica.
Segundo dados de ensaios clínicos publicados pela Merck na semana passada, entre 1.400 pessoas, a pílula conseguiu reduzir 30% de mortes e hospitalizações. Um resultado bastante significativo, mas abaixo dos 50% anunciados anteriormente em uma análise com metade dos pacientes. A expectativa é de que a pílula da Merck seja o primeiro tratamento oral para covid-19 licenciado nos Estados Unidos.
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O ensaio clínico mostra que o tratamento é seguro, com leves possíveis sintomas, como tonturas e diarreias, com níveis parecidos nos grupos que tomaram o medicamento e o placebo. O tratamento é feito com doses de quatro comprimidos, duas vezes ao dia, durante cindo dias. Totalizando 40 comprimidos.
Foto destaque: Reprodução/Merck & Co