Os casos de Zika Virus no Brasil cresceram bastante em relação ao ano passado. Até oito de julho deste ano, contando desde janeiro, o país registrou 8.499 casos, 44% a mais em relação ao mesmo período do ano passado, que teve 5.910 registrados. A região que mais teve aumento foi o Sudeste, com 1.633% de aumento; o Nordeste teve queda de 40%, registrando 2.937 casos.
Aedes Aegypti
Transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti, o vírus tem semelhança de sintomas com a Dengue e a Chikungunya, também carregadas pelo mosquito. Porém, traz um risco ainda maior para grávidas, por estar associado a complicações como a microcefalia, que é quando a cabeça de um recém-nascido acaba sendo menor do que o comum, gerando inumeras complicações a ele. De acordo com epidemiologistas, as crianças com síndrome de Zica congênita tem 11 vezes mais chances de morrer, e é necessário redobrar a atenção para as grávidas.
Aedes Aegypt, mosquito da Zika. (Foto: Reprodução/Lauren Bishop)
Primeira crise
O Brasil teve um surto de Zika Vírus em 2015, o que também aumentou os casos de microcefalia, na época. O vírus, que surgiu em 1947, apareceu pela primeira vez no país, durante a Copa do Mundo de 2014, já que sediou e, consequentemente, aumentou o fluxo de estrangeiros. Entre 2015 e 2020, 19.622 casos suspeitos foram notificados, e 3.577 foram confirmados, e em 2016 a Organização Mundial da Saúde (OMS) chegou a declarar Emergência de Saúde Pública.
Recentemente, o congresso brasileiro chegou a aprovar um projeto de lei que concede indenização de 50 mil reais e pensão vitalícia a vítimas do Zika Vírus e a microcefalia. A autora da lei, a senadora Mara Gabrilli (PSD-SP), afirmou que houve omissão do Estado na contenção da epidemia, e que as vítimas não devem arcar com os custos.
Foto destaque: Ilustração do Zika Virus. Reprodução/Kateryna Kon/Shutterstock